Judo

Croissant

Citação de: fdpdc666 em 27 de Abril de 2024, 10:36Jorge Fonseca eliminado no Europeu de Zagreb.
Judoca do Sporting teve dificuldade em contrariar a tática do adversário para conseguir atacar como desejava e acabou por levar três castigos por passividade apesar do selecionador Pedro Soares tentar que alterasse a atitude.


Em busca da sua segunda medalha num campeonato da Europa de judo, Jorge Fonseca (-100 kg) viu-se logo eliminado, este sábado de manhã, no primeiro combate da edição de Zagreb-2024 ao perder frente ao italiano Gennaro Pirelli por castigos, após 4.44m de confronto.

Bronze em Praga-2020, Jorge (14.º do ranking), que na capital croata procurava igualmente pontos para o ranking de qualificação olímpica para Paris-2024, de maneira que chegue à capital francesa como cabeça de série, esteve sempre bastante passivo e permitiu que Pirelli (26.º), de 23 anos, fosse fazendo os seus ataques, muitos sem colocar verdadeiramente em perigo o português, mas eram ataques.

Atitude que, ajudada pelo constantes bracejar e pressionar do treinador italiano, para que o ex-bicampeão mundial fosse penalizado, fez com que o português entrasse já no prolongamento com dois shidos. Por mais que o selecionar nacional Pedro Soares procurasse que o seu pupilo mudasse de tática e tentasse projetar o adversário, o judoca do Sporting tinha dificuldade em ultrapassar o controlo de pegas de Gennaro.   

Jorge termina assim o seu 14.º Europeu logo na ronda inaugural contra um atleta que nunca defrontara antes. 

Miguel Candeias in A Bola

Fiquei preocupado com este combate porque vi um Jorge Fonseca mesmo em desespero sem conseguir ganhar a batalha das pegas e bloqueou por completo.
O italiano claramente queria empatar o máximo possível mas foi fazendo-o dentro no limiar da legalidade.

Croissant

Citação de: RPicareta em 27 de Abril de 2024, 20:44Rochele em 5º, com duas derrotas frente às Francesas presentes. Pensei mesmo que Rochele viesse com medalha.

Dia amargo para Patrícia Sampaio, que perde pela primeira vez este ano com Anna-Maria Wagner.
Contra a Tolofua foi uma derrota natural, é uma judoka muito forte. Contra a Fontaine podia ter feito melhor,, mas era equilibrado.

RPicareta

#2027
Citação de: Croissant em 29 de Abril de 2024, 09:45Contra a Tolofua foi uma derrota natural, é uma judoka muito forte. Contra a Fontaine podia ter feito melhor,, mas era equilibrado.

Contra a Fontaine está há quase um ano a "faltar um bocadinho assim". Acho que a Rochelle tem judo mais do que suficiente para a derrubar. Se calhar era treinar um bocado com alguns masculinos de +100...

Em -100, o Pirelli é muito inteligente na forma de lutar. Ele e o Eich vão andar a lutar por finais de Europeus no próximo ciclo Olímpico.


RPicareta

#2029
Continentais feitos, faltam três provas a sério. O facto de os continentais decorrerem ao mesmo tempo significou que muitos concorrentes directos não se estavam a encontrar na mesma prova. O Rodrigo sofreu, e muito, com isso.

-Europeu Zagreb 25-27 Abril (ou o Campeonato Africano, para a Djamila Silva, que decorre na mesma data)
-Grand Slam Dushanbe 3-5 Maio
-Grand Slam Qazqstan Barysy 10-12 Maio
-Mundiais Abu Dhabi 19-23 Maio

Como estamos agora?

Djamila Silva (-52):
Cimentou a posição na zona de qualificação continental. Mantém-se a querer pontos.

Telma Monteiro (-57):
Bom Europeu, mas desiste no combate de repescagem agarrada ao joelho. Está convocada para Dushanbe, o que quer dizer que terá desistido por precaução. Com o 7º no Europeu subiu para a zona de qualificação continental, estando assim mais perto do objectivo. Precisa de duas provas ao nível do Europeu para se aproximar da qualificação directa e dormir descansada.

Bárbara Timo (-63):
Os continentais puseram-na mais perto de sair da zona de qualificação do que do top-8, mas mesmo assim não é motivo para se perder o sono. Continua a ter de inventar na casa dos 900 pontos nas 3 provas que faltam. Ou seja, vai a todas e não acaba abaixo do 5º lugar.

Rochele Nunes (+78):
Confortável no ranking Olímpico e se os Jogos fossem amanhã, seria 7ª cabeça de série. Conseguiu o 5º lugar que cimenta essa posição. Terá de controlar, nem que seja à distância, as pontuações de Tavano, Zabic e Kamps. As duas primeiras competem em Dushanbe este fim de semana e veremos quão próximas estão na segunda feira.

Rodrigo Lopes (-60):
Fim de semana continental ingrato. Não fez uma má prova, pontuou ao nível do italiano, o que se traduziu em ganhos maiores, mas perde em todos os outros palcos. O Egípcio sagra-se vice-campeão continental e o Brasileiro campeão continental. A linha de apuramento directo está agora a 600 pontos.
Vai a Dushanbe como cabeça de lista, e se não aproveitar esse facto para fazer 5º lugar ou melhor (e pelo menos uma etapa à frente Michel Augusto), então a qualificação morre aqui.

Anri Egutidze (-81):
Não justificou fazer nem mais uma viagem que seja nesta qualificação Olímpica. Poupe-se o dinheiro gasto nele em atletas com mais foco. Pode ganhar as duas provas a que pode ir (não está convocado, e bem, para Dushanbe) que me recuso a tecer mais comentários sobre ele.

Do resto da Selecção Portuguesa:
Catarina Costa (-48) 5º lugar, um bocado roubada nos quartos, mas pontua forte e se os Jogos fossem amanhã seria cabeça de lista. Precisa de mais uma prova acima do 5º lugar para cimentar a posição.
Maria Siderot (-52) viu a margem para o contingente aumentar. Vai precisar de duas provas medalhada para sonhar com os Jogos.
Taís Pina (-70), não foi o Europeu que queria, mas se voltar às lutas por medalhas já este fim de semana, pode sonhar.
Patrícia Sampaio (-78) perdeu pela primeira vez este ano com Anna Maria Wagner e acabou a lutar por uma medalha de bronze... que não veio. À bica de ser cabeça de série, vai querer mais ou melhor no que falta.

Em masculinos João Fernando (-81) aproveitou uma conjugação de resultados para entrar na qualificação directa.
Jorge Fonseca (-100) desiludiu, mas não comprometeu a qualificação.

RPicareta

Telma cai ao segundo combate e fica ainda fora da qualificação directa.

Rodrigo em séptimo, comido e bem na repescagem. Fica duas à frente do italiano, mas a distância não encurta tanto assim.