Manhã enconberta no Estoril em jogo de fraco interesse.

A equipa do Benfica não fez um grande jogo. Entrou bem na partida, mas sem conseguir criar grandes oportunidades. O benfica apesar de dominar territorialmente tinha alguma dificuldade em criar lances de perigo. A luta a meio campo era intensa e era pouco o espaço nessa zona do terreno para se conseguir penetrações. Nos flancos, o lado direito do Benfica criou sempre mais problemas que o flanco esquerdo, apesar da desinpiração de Aurélio Silvério. Tiago Romeira é um perigo constantes para os defesa, tanto pelas tabelinhas constantes como pela velocidade inata que apresenta. Frequentemente também conseguiu fazer diagonais para o centro criando desiquilíbrios na defesa contrária.
Aos 10 minutos uma boa combinação entre Diogo caramelo e Rubén Pinto permitiu que este ganhasse espaço no lado esquerdo da área, mas o remate não saiu como pretendido, permitindo uma defesa ao guardião estorilista.
Cinco minutos mais tarde numa jogada de insistência Diogo Caramelo controla a bola na área e com um toque subtil com a biqueira da bota coloca a bola junto ao poste sem hipóteses para o Guarda-redes. Estava feito o 1-0, e a partir daqui o jogo tornou-se ainda mais calculista.

Até ao final da primeira mais nenhuma jogada de relevo a destacar.

Na segunda parte o Benfica entrou outra vez a dominar o jogo, mas mais uma vez as oportunidades de golo rareavam. A melhor jogada aconteceu na esquerda junto à linha final onde Rubén pinto com dois toques de classe passa por dois jogadores adversários e tenta o remate que acaba por sair à figura. À medida que a segunda parte ía avançando o estoril ía equilibrando a partida até que no ultimo minuto dispôs de um livre frontal junto à área. Sem tempo e com um livre frontal que poderia mudar o resultado do encontro criou-se grande expectativa. O livre foi cobrado de forma indirecta, com um remate forte e colocado, acabando a bola por passar ligeiramente ao lado.

Terminou assim o encontro com uma vitória justa, mas num jogo sem grande brilhantismo.

Apreciação individual:

Fábio Reis: Muito seguro entre os postes e nas saídas a cruzamentos. Jogador a estar atento.

Aurélio: Muito desinspirado. As fintas raramente saiam e as arrancadas frequentemente acabavam em perdas de bolas, de qualquer maneira impulsionado pelo seu colega de flanco acabou por ajudar na criação de algumas boas combinações de ataque.

Diogo Azevedo e Ruben Nunes: Os centrais mostram qualidade técnica e vantagem no jogo aéreo, mas denotam alguma falta de velocidade. Em um ou dois lances sentiram dificuldades com a velocidade, de qualquer maneira muitos são os centrais que fizeram carreira sem serem rápidos. Vamos ver como se comportam na fase final do campeonato.

Mauro: Certinho a defender, mas sem grande pendor ofensivo. Mostrou qualidade, mas nunca criou desiquilíbrios no seu flanco.

Marco Oliveira: Um excelente jogador a nível competitivo e técnico. Ganha bolas de cabeça apesar da baixa estatura e nunca dá espaços no meio campo. Tenho pena que um jogador deste nível técnico esteja com tão pouca vocação ofensiva. Na posição em que se encontra no terreno, poderá usar a técnica para coordenar todo o jogo da equipa, mas muitas vezes temendo comprometer não arrisca e assim limita as suas prestações a níveis muito inferiores ao que pode render.

Tiago Romeira: Jogador que mostra classe em todos os toques que dá na bola. Nas recepões, nas tabelinhas e nas fintas mostra qualidade técnica e cultura de jogo muito evoluídas para a sua idade. Tem jogadas típicas que usa em vários momentos do jogo e que lhe permitem ter sempre soluções independentemente de onde se encontra. Penso que terá de melhorar no uso do pé esquerdo e no remate, podendo assim estar pronto para voos muito altos.

José graça: Não esteve muito bem no jogo, mas em conjunto com o Rubén Pinto dominavam territorialmente o Estoril. Um pouco lento sobre a bola, compensa com boa qualidade tecnica e força. Tem óptima qualidade de remate e de cruzamento e tem qualidade para continuar a ser peça fundamental nesta equipa.

Rubén Pinto: Um jogador de quem espero muito, esteve um pouco apagado na primeira parte. Na única oportunidade de golo que dispôs não conseguiu rematar bem. Na segunda parte esteve mais em jogo, mas mesmo assim não esteve ao nível do que é capaz. De qualquer maneira uma das melhores jogadas do jogo nasceram dos seus pés, passando por dois jogadores junto à linha e tentando marcar apesar do pouco ângulo.

Diogo Caramelo: No segundo jogo pela equipa A marcou o seu 4º golo. Nada se pode apontar à sua eficiência. Apesar disso pareceu-me bem controlado pelos defesas adversários e poucas bolas conseguiu ganhar. Veremos se após a suspensão de Nélson Cumnha regressa aos B's ou mantém-se na equipa A.

Diogo Coelho: Jogador muito rápido, mas que em termos físicos perde para a maioria dos adversários. Rende mais em relvados mais amplos e a responder aos passes nas costas da defesa, onde poderá fazer uso da sua velocidade. Num campo pequeno e sob marcação intensa dos adversários poucos desiquilíbrios causou.