Académica 1-4 SL Benfica: A lição foi bem estudada

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Este Sábado, Académica e Benfica disputaram a 25ª jornada da SuperLiga, no Estádio José Bento Pessoa, na Figueira da Foz. Muita ansiedade em torno desta partida, dado que na jornada passada, a equipa da Luz perdeu uma partida pela primeira vez na era Camacho. O treinador do Benfica, José António Camacho colocou em campo, praticamente, o mesmo “onze” que jogou diante o F.C. Porto. Apenas a registar uma alteração: a entrada do lateral Armando, ocupando assim o lugar de Ricardo Rocha (castigado).

Assim sendo, Moreira jogou na baliza; Armando, Argel, Hélder e Miguel na defesa; Simão na ala-esquerda e Geovanni na direita; ao centro uma dupla formada por Tiago e Petit. Na frente do ataque «encarnado», Nuno Gomes foi apoiado por Zahovic. Foi sem dúvida um jogo com alguns lances polémicos, mas ainda assim, o Benfica venceu facilmente, a equipa orientada por Artur Jorge.

1ª Parte: Benfica determinado alcança objectivo...

O Benfica começou bem o jogo, mostrando vontade de marcar cedo, mas a Académica esteve sempre atenta aos ataques benfiquistas. Ainda assim, foi o Benfica que apareceu primeiro na partida, após um livre apontado por Simão que rematou à figura de Hilário, após uma falta cometida sobre Nuno Gomes. O jogo estava dinâmico e quer o Benfica, quer a Académica podiam ter chegado cedo aos golos. Paulo Paraty era o árbitro da partida e aos 10 minutos assinalou a marca de golo para os encarnados. Simão sobiu na ala esquerda onde colocou a bola para a desmarcação de Armando que entrou na área e colocou a bola entre as pernas de Hilário, terminando esta, no interior das redes. Estava inaugurado o marcador e a favor dos «encarnados».

A Académica tentava reagir ao golo benfiquista mas não tardou muito em aparecer mais um golo e para os da Luz. Aos 16 minutos, após a marcação de um canto curto, Zahovic coloca a bola nos pés de Simão Sabrosa, que á entrada da área remata para o interior das redes de Hilário, fazendo o 0-2 na partida e o 15º golo da sua conta pessoal. A equipa da casa não conseguia reagir e o Benfica tentava aproveitar da melhor maneira todas as jogadas de ataque. Apesar de alguns lances de contra-ataque da Académica, era o Benfica que dominava a partida, tal como nas bancadas, que registaram um maior número de adeptos do Benfica, do que da turma dos estudantes.{mostrarimagem("simaofinta.jpg","right","Simão obteve 15º golo na SuperLiga")}

Aos 32 minutos, a equipa visitante este de novo perto do golo, por intermédio de Simão Sabrosa, após a marcação de um livre de Zahovic à entrada da área, mas a bola acabou por passar junto ao poste da baliza defendida por Hilário. Aos poucos, a qualidade de jogo na primeira partia ia quebrando e apesar da vontade com que ambas as equipas entraram na partida, só o Benfica conseguiu ser mais agressivo e determinado nos ataques aos estudantes, que ao minuto 45 acabariam por sofrer mais um golo. Geovanni num lance de contra-ataque coloca a bola em Miguel no centro do terreno, que correu para a baliza, para à entrada da área rematar em jeito para o fundo das redes de Hilário. O Intervalo chegava então à Figueira da Foz com o marcador a apresentar um resultado favorável à turma orientada por Camacho. A equipa da Luz saia para os balneários com uma vitória, objectivo principal de Camacho.

2ª Parte: Académica reagiu, mas o Benfica garantiu mais 3 pontos...

Para o segundo tempo, o técnico José António Camacho, apostou nos mesmos jogadores, mas colocou em aquecimento os jogadores suplentes. O Benfica apresentou-se menos agressivo, e incapaz de decidir de imediato a partida, dada a reacção da Académica, que se apresentava no segundo tempo, com o objectivo de travar o Benfica, e aos 51 minutos, Carlos Manuel fugiu à defensiva benfiquista e esteve perto de reduzir a desvantagem do marcador, mas Hélder estava atento.

A Académica prometia para breve um golo e bastou 4 minutos, para que os estudantes aproveitassem uma falha de Moreira após a marcação de um pontapé de baliza. Dário correu para a baliza «encarnada» e reduziu para 3-1. A bola chegou a tocar nos pés de Argel que traiu Moreira, que no entanto não deixa de estar isento de culpas, dada a falha na marcação do pontapé de baliza.

A equipa da casa parecia então apresentar-se no segundo tempo, determinada a dar a volta ao marcador e alcançar três pontos. Aos 58 minutos Fredy esteve perto do golo. Os jogadores do Benfica pareciam estar à sombra da bananeira após a marcação do 3º golo e limitavam-se a ver jogar. Enquanto isto, Camacho tinha em aquecimento os jogadores suplentes.

Decorria o minuto 60 quando os benfiquistas pediram grande penalidade, no entanto, não assinalada por Paulo Paraty. A jogada começa no meio campo entre Miguel e Geovanni, com o brasileiro a colocar de calcanhar para o lateral direito que entra na área e faz um passe a rasgar para o extremo Simão que é carregado no interior da área por um defesa da Briosa. O árbitro da partida assim não entendeu, mas os adeptos e jogadores do Benfica reclamaram grande penalidade.

{mostrarimagem("BenficaPacos063.jpg","left","João Manuel Pinto entrou a tempo de marcar um golo")}Marco António, aos 65 minutos perde para Simão, no seu meio-campo. O jogador benfiquista aproveita o “brinde” e corre em direcção à área de Hilário, onde podia ter feito o seu 16º golo na SuperLiga, mas Hilário, atento negou o golo ao jogador com a camisola 20 do clube da águia. 4 minutos após, gritou-se de novo golo para o Benfica, mas Paulo Paraty não validou o tento, considerando que o autor do golo – Zahovic – estava em posição de fora-de-jogo. Ao minuto 70, o esloveno coloca a bola em Nuno Gomes que dentro da área sofre falta de Hilário. Mais um penalty não assinalado por Paulo Paraty.

Camacho realizou a primeira substituição aos 73 minutos. Colocou em campo Carlitos para o lugar do lesionado Geovanni. Dez minutos após, o técnico espanhol voltaria a mexer e desta forma, a esgotar as substituições colocando em campo João Manuel Pinto e Sokota para os lugares de Tiago e Nuno Gomes, respectivamente. Mal entrou, o croata teve nos pés o golo, mas acabou por rematar ao lado.

Mas o jogo não terminaria sem mais um lance polémico e aos 85 minutos, mais um penalty não assinalado, a favor dos «encarnados». Carlitos centra a bola para o coração da área onde estava Sokota que foi impedido de chegar à bola, sendo travado em falta, no entanto, não entendida pelo juiz da partida, que daria 4 minutos de compensação. Tempo suficiente para o Benfica marcar mais um golo, após um livre apontado por Zahovic que colocou a bola na cabeça de João Manuel Pinto que fechou a contagem em 4-1 para a turma da Luz que parecia assim, ter aprendido bem a lição.

O final da partida chegaria pouco depois, com um resultado final que indicava a vitória justa do Benfica. Camacho teve algum mérito nas substituições, corrigindo assim algumas falhas no alinhamento da sua equipa. No entender da equipa do SL-Benfica.com, Simão Sabrosa foi o melhor elemento benfiquista em campo.

Segue-se o Santa Clara, já no próximo sábado que marcará o adeus ao Estádio da Luz.

Reportagem de: Rafael Santos