Al Ahly 2-1 Benfica

O Benfica deslocou-se ao Egipto para disputar novo jogo de preparação nesta pré-temporada. No primeiro jogo da era “pós Simão”, as “águias” saíram derrotadas por duas bolas a uma frente à equipa de Manuel José. Os “encarnados” entraram bem no encontro, a tomar conta das operações apesar de apresentar um futebol lento, facilmente compreensível devido ao imenso calor e ao entrosamento entre todos os sectores que ainda não é o melhor. 

No entanto, logo aos 5 minutos, de um cruzamento da direita por parte de um jogador egípcio, surge uma grande penalidade que à primeira vista apenas o árbitro a conseguiu descortinar. Flávio aproveitou ter ganho posição dentro da área para cair, conseguindo conquistar uma grande penalidade que foi superiormente cobrada por Shady. O Benfica reagiu bem ao golo e tomou conta das operações, apesar de encontrar alguns problemas para fazer chegar a bola aos elementos mais avançados.

Não foi por isso de estranhar que apenas aos 26 minutos tenha surgido o primeiro remate à baliza defendida por Amir, que a cabeceamento de Léo, defendeu de forma segura. O alemão Butt, apesar de ter pouco trabalho, mostrou-se sempre atento e pouco tempo depois “tirou” o golo a um avançado egípcio que se preparava para ficar em excelente posição para desferir um remate. Foi aos 32 minutos que talvez tenha aparecido o melhor lance colectivo do Benfica. Num lance bem desenhado pelo flanco esquerdo, Léo, sempre activo, deixou a bola para Bergessio que com um excelente movimento rematou fortíssimo, bastante colocado, respondendo superiormente o guarda-redes do Al-Ahly com uma defesa para canto. 

Foi então que o Benfica encontrou o seu melhor momento de jogo quando num espaço curto criou duas boas ocasiões de golo. Primeiro o inevitável Léo cruzou ao segundo poste, encontrando um defesa contrário a retirar a bola de zona perigosa onde já se encontrava Cardozo. O avançado paraguaio, pouco tempo depois, em excelente movimento aproveitando um cruzamento da direita, rematou forte para defesa, mais uma, de Amir. 

Benfica marca, sofre e despede-se do Egipto 

Com a entrada de Rui Costa para a posição de interior, a equipa portuguesa começou a desdobrar o seu esquema num 4-3-3 em missões ofensivas com Nuno Assis e Fábio Coentrão a caírem sobre os flancos. A diferença foi notória e a capacidade organizativa e toda a qualidade que o “maestro” oferece à equipa ficou ontem bem clara. Foi do seu pé direito que aos 54 minutos, surgiu um passe mortífero para Nuno Assis que com uma boa execução empatou a partida. 

O Benfica estava mais forte mas, numa desatenção de Nelson, que com um mau passe deixou à bola à mercê de um jogador egípcio, viu Hossny “tirar” Quim do lance e rematar forte para o fundo das redes, resultado com que se viriam a despedir os encarnados do jogo. Nos últimos minutos ainda se assistiu a um “pressing” forte do Benfica mas os jogadores portugueses não foram capazes de assustar as redes do Al-Ahly.

O Benfica não realizou a melhor das partidas mas assistiu-se a bom futebol em alguns espaços do jogo, tendo já na próxima sexta-feira outro excelente teste, frente ao Bétis de Sevilha, jogo que marca o início do Torneio triangular do Guadiana. 

André Sabino