A equipa do Benfica voltou ontem a vencer um jogo cheio de emoções. Uma equipa em crise, sem treinador ou qualquer perspectiva de futuro, orientada pelo internacional Luís Silva que conseguiu vencer o Ginásio Figueirense após dois prolongamentos por 112-106.
Os basquetebolistas «encarnados» conseguiram uma recuperação sensacional, após estarem a perder por 17 pontos (38-55) no início da segunda parte.
Foi o triunfo do coração, do querer, de um conjunto com os nervos à flor da pele e que representou com galhardia a chamada mística benfiquista. Por isso é lamentável que os responsáveis do clube continuem a esgrimir as suas lutas pessoais, se desgastem em intrigas palacianas e se esqueçam do que é essencial: salvaguardar o futuro de uma secção que já deu tantos títulos ao clube e alegrias aos associados. Mais do que repartir culpas, o que interessa é concentrar esforços e resolver o futuro.
Foi esta a mensagem que os atletas da Luz quiseram transmitir aos seus indefectíveis. A forma como deram a volta ao jogo e levaram a decisão para o «overtime» foi absolutamente notável, perante um conjunto modelar em termos de organização de jogo.
Luís Silva: «Urge, de uma vez por todas, decidir alguma coisa sobre o basquetebol do Benfica. Espero que esta situação seja resolvida já nos próximos dias. Foi um jogo de emoções. A vitória poderia ter caído para qualquer lado. Dedicamos este triunfo a todas as pessoas que nas últimas duas semanas saíram do clube. O Mário Gomes, o André Martins, o Pedro Miguel e o Jerome Robinson. Estou um bocado emocionado com tudo o que se passou.»
Orlando Simões: «O querer move montanhas nos desportos colectivos. Os treinadores podem filosofar muito, mas têm dificuldades em controlar este tipo de situações, marcadas pelas emoções. Ainda bem que a televisão deu este jogo. O sexto jogador, que é o público, foi decisivo no triunfo do Benfica. Foi o segundo jogo que disputámos no prolongamento. Alguns jogadores da minha equipa não aguentaram a pressão. O Benfica lidou melhor com este aspecto.»
A Direcção do Benfica volta hoje a discutir o futuro do basquetebol profissional no seio do clube. Comissão Instaladora da SAD e o «vice» José Santos, estarão novamente reunidos, esperando-se que se chegue a um consenso por forma a quebrar o actual impasse. Ontem, na Luz, as forças em litígio estiveram dos dois lados da... barricada.
O «vice» para as modalidades amadoras, José Santos, viu o jogo no camarote acompanhado do seu pai, Vítor Santos.
Do outro lado estava Pedro Miguel, ladeado por Fernando Tavares e Henrique Correia, membros da CI da SAD. Quem não conseguiu ir à Luz foi o demissionário técnico Mário Gomes, que preferiu ver o embate em casa e sofrer em frente ao pequeno ecrã. O futuro é já... hoje. É a vez dos dirigentes jogarem. E que o façam bem.
Fonte: Record
Os basquetebolistas «encarnados» conseguiram uma recuperação sensacional, após estarem a perder por 17 pontos (38-55) no início da segunda parte.
Foi o triunfo do coração, do querer, de um conjunto com os nervos à flor da pele e que representou com galhardia a chamada mística benfiquista. Por isso é lamentável que os responsáveis do clube continuem a esgrimir as suas lutas pessoais, se desgastem em intrigas palacianas e se esqueçam do que é essencial: salvaguardar o futuro de uma secção que já deu tantos títulos ao clube e alegrias aos associados. Mais do que repartir culpas, o que interessa é concentrar esforços e resolver o futuro.
Foi esta a mensagem que os atletas da Luz quiseram transmitir aos seus indefectíveis. A forma como deram a volta ao jogo e levaram a decisão para o «overtime» foi absolutamente notável, perante um conjunto modelar em termos de organização de jogo.
Luís Silva: «Urge, de uma vez por todas, decidir alguma coisa sobre o basquetebol do Benfica. Espero que esta situação seja resolvida já nos próximos dias. Foi um jogo de emoções. A vitória poderia ter caído para qualquer lado. Dedicamos este triunfo a todas as pessoas que nas últimas duas semanas saíram do clube. O Mário Gomes, o André Martins, o Pedro Miguel e o Jerome Robinson. Estou um bocado emocionado com tudo o que se passou.»
Orlando Simões: «O querer move montanhas nos desportos colectivos. Os treinadores podem filosofar muito, mas têm dificuldades em controlar este tipo de situações, marcadas pelas emoções. Ainda bem que a televisão deu este jogo. O sexto jogador, que é o público, foi decisivo no triunfo do Benfica. Foi o segundo jogo que disputámos no prolongamento. Alguns jogadores da minha equipa não aguentaram a pressão. O Benfica lidou melhor com este aspecto.»
A Direcção do Benfica volta hoje a discutir o futuro do basquetebol profissional no seio do clube. Comissão Instaladora da SAD e o «vice» José Santos, estarão novamente reunidos, esperando-se que se chegue a um consenso por forma a quebrar o actual impasse. Ontem, na Luz, as forças em litígio estiveram dos dois lados da... barricada.
O «vice» para as modalidades amadoras, José Santos, viu o jogo no camarote acompanhado do seu pai, Vítor Santos.
Do outro lado estava Pedro Miguel, ladeado por Fernando Tavares e Henrique Correia, membros da CI da SAD. Quem não conseguiu ir à Luz foi o demissionário técnico Mário Gomes, que preferiu ver o embate em casa e sofrer em frente ao pequeno ecrã. O futuro é já... hoje. É a vez dos dirigentes jogarem. E que o façam bem.
Fonte: Record