Benfica 1-0 Sporting: "Sou do Benfica e isso me envaidece..."

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Minuto 83, Estádio da Luz ao rubro, ansioso pelo tão desejado golo que desse os três preciosos pontos para a turma da Luz, até que Luisão sobe à área e inaugura o marcador. Estava feito o 1-0, mas recuemos até ao apito inicial.

Paulo Paraty, o árbitro da partida dava então início ao jogo, precisamente às 19h45, com a equipa da Luz a entrar em campo com Quim na baliza, Miguel, Ricardo Rocha, Luisão e Dos Santos, na defesa; Geovanni, Petit, Manuel Fernandes e Simão Sabrosa no meio-campo; Nuno Assis e Nuno Gomes no ataque. O pontapé de saída coube mesmo aos da casa.

O Benfica entrou bem no encontro mas o Sporting também queria contrariar a vontade dos «encarnados». Foram portanto precisos 20 minutos para que surgisse o primeiro remate à baliza, e para o Benfica. Manuel Fernandes «enche» o pé fora da área e remata por cima da barra de Ricardo.

Dez minutos volvidos e Simão a isolar-se sosinho no ataque «encarnado», mas a sofrer falta de Miguel Garcia, mais uma, não assinalada por Paulo Paraty, que tornava-se então na figura principal do jogo. O Benfica era mesmo a equipa que mais atacava apesar de ter apenas três remates no primeiro tempo, a par do Sporting. Os «encarnados» trocavam melhor o esférico, mas pecavam na finalização, com muitas perdas de golo no momento certo, o que fazia desesperar os adeptos da Luz.

Quanto ao Sporting, parecia apostar no empate neste encontro, reservando assim forças para o embate da final da UEFA. Os leões mostravam-se muito lentos na transição entre o meio-campo e o ataque. O nulo justificava-se então, ao intervalo. Paulo Paraty acabaria mesmo por ser o centro das atenções pelo facto de terem ficado por mostrar alguns cartões amarelos, nomeadamente para jogadores da turma de alvalade.

2.ª Parte: Benfica rompante mata o jogo depois de muita batalha...

Para a segunda parte, Geovanni Trapattoni fez alinhar exactamente a mesma equipa do primeiro tempo. A equipa da Luz entrava de rompante, como que a querer chegar depressa ao golo. E de facto os jogadores de Trapattoni criaram oportunidades para tal, mas não as concretizaram da melhor maneira. O técnico José Peseiro respondia e fazia alterações na sua equipa, o Sporting reequilibrou o jogo, criou situações de perigo, mas também não teve arte e engenho para chegar ao golo.

Neste segundo tempo registam-se algumas situações. No minuto 9, já depois de um remate fortíssimo do Benfica por cima da trave leonina, Paulo Paraty silênciou por isntantes o Estádio da Luz, quando num gesto de reanimação a Miguel - que havia caído mal no relvado - fez lembrar por instantes momentos mais delicados, recentemente vividos. Tudo não passou de um susto e o Benfica voltava a criar perigo para a baliza do Baliza do Sporting.

O mesmo Miguel, teve ao minuto 16 duas oportunidades de golo seguidas, mas as duas com o mesmo fim, ou seja, remate torto para fora. Desgastado com o sucedido, o público da «Catedral» incentivava o camisola 23 dos «encarnados».

Aos 24 minutos do segundo tempo, já com o público a chamar por Mantorras, Quim é chamado a intervir com uma excelente defesa ao remate de Rochemback. No Benfica era Geovanni o homem em destaque. Era por ele que passavam todos os lançes de ataque dos da casa. O camisola 11 do Benfica ganha um canto aos 26 minutos e na cobrança o Benfica levaria de novo perigo para a área de Ricardo.

Num jogo de nervos, rodeado por tanta emoção, adivinhava-se que o golo só poderia surgir de lance de bola parada ou, então, num rasgo individual de qualquer jogador. E assim aconteceu: aos 83 minutos, Petit foi chamado a transformar um livre, Luisão surge na área leonina para o desvio de cabeça, salta com Ricardo e chega ao golo. O guarda-redes leonino fica estatelado no relvado, depois de não ter conseguido segurar a bola, mas não se vislumbrou falta do central encarnado, tanto mais que saltou de costas com Ricardo. Um golo importante que poderá ditar o título para o Benfica. Basta-lhe, para isso, um empate no Bessa, na última jornada.

O Estádio da Luz explodia de alegria o que obrigava a PSP a criar um cordão de segurança em redor do relvado. Foi nesta altura que os adeptos do Sporting acabariam por manchar o «fair-play», obrigando a PSP a intervir.

O final da partida chegaria 6 minutos para lá dos 90, com o público da Luz a contestar alguns lançes, por alegados erros de arbitragem e de facto houve muitos cartões por se mostrar, numa arbitragem que não foi positiva. Paulo Paraty esteve bem, no entanto ao expulsar Beto por palavras dirigidas ao fiscal de linha.

Apesar de ainda ser cedo para se festejar, os adeptos saíram para as ruas da capital a festejar estes três preciosos pontos. Agora falta apenas um.

Reportagem na Luz: Rafael Santos
Fotos: Isabel Cutileiro