Benfica 1-2 Vit.Setúbal: Faltou o apoio "Dos Santos" numa das mais fracas finais

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Depois de alcançado o título nacional no passado fim-de-semana, o Benfica tinha este domingo a missão de defender a Taça alcançada na época transacta. Forçado a fazer uma alteração na defesa, Geovanni Trapattoni aproveitou o balanço e fez mais duas. Depois de consumada a lesão de Luisão, o que levou Alcides a fazer parte do «onze», o técnico italiano decidiu recolocar Moreira na baliza e Fyssas no lugar de Dos Santos.

Os da Luz apresentavam-se então no Jamor com Moreira, Miguel, Ricardo Rocha, Alcides e Fyssas na defesa; Petit, Manuel Fernandes, Geovanni e Simão Sabrosa no maio-campo. Nuno Assis e Nuno Gomes no ataque. Entravam bem os «encarnados» na partida até que aos 5 minutos Simão Sabrosa viria a inaugurar o marcador após a marcação de uma grande penalidade sofrida por Geovanni.

Estava feio o 1-0 para o Benfica e na resposta o Setúbal tentava o golo por Éder, mas a levar a bola por cima da barra. O Benfica acomodava-se ao resultado ao invés do Setúbal que esperava pelo golo da igualdade e bastou esperarem 21 minutos, já que após uma desatenção da defesa do Benfica, no seu lado esquerdo, originou o golo de Manuel José aos 26 minutos. A bola a tocar ainda em Ricardo Rocha antes de entrar na baliza, mas estava então feito o 1-1.

Resultado este que chegaria ao intervalo com o Benfica a regressar ao campo, no meio de alguma contestação, dado o ritmo a que os jogadores «encarnados» demonstravam em campo. O vitória de Setúbal foi um claro dominador do primeiro tempo.

2.ª PARTE: O apoio "Dos Santos" foi pouco para tão fraca exibição...

A segunda parte recomeçou com o mesmo «onze» do primeiro tempo, mas cedo Trapattoni mexeu na equipa. Dos Santos rendeu um Fyssas completamente desintegrado da restante equipa. Chegava finalmente o apoio de Dos Santos que ainda assim veio tarde, já que no primeiro muito se sentiu a sua falta, o que impossibilitou a subida de Simão pelo seu flanco.

Depois só aos 65 minutos o Benfica conseguia criar perigo para a baliza adeversária. Simão remata de fora da área contra um defesa, a bola sobra para Manuel Fernandes, que de pé esquerdo, consegue um excelente disparo, com Moretto a defender muito bem para canto.

Cinco minutos volvidos, os «encarnados» voltavam a carregar na defensiva setubalense. Livre de Petit na direita, com Alcides a surgir a desviar a bola na área. Moretto segura sem problemas.

Na resposta o Setúbal chegava ao golo da vitória por Meyong.
Ricardo Chaves aproveita algum espaço na zona frontal da área benfiquista para rematar de pé esquerdo, Moreira defende para a frente e Meyong, muito rápido, surge a fazer a recarga, dando vantagem aos sadinos.

O Benfica estava agora a perder e Trapattoni tentava dar a volta ao resultado, lançando Mantorras em deterimento de Nuno Assis, mas pouco de novo trouxe o angolano, ao contrário de Dos Santos que mal entrou, originou uma alteração do jogo benfiquista. Os «encarnados» passariam então a atacar mais com o defesa português em campo.

Até ao final houve ainda tempo para o Setúbal voltar a criar perigo para Moreira. Aos 84 minutos Meyong e Jorginho levam vantagem no flanco direito, com o brasileiro a colocar em Ricardo Chaves, que, à entrada da área, dispara muito por alto.

Chegava então o minuto 90 e o Benfica a renascer mas ainda assim fraquinho. Pontapé de canto marcado por Petit, gerando-se alguma confusão na área. O árbitro assinala falta sobre o guardião Moretto e mostra o cartão amarelo a Delibasic, que havia entrado para o lugar de Nuno Gomes, que também ele, esteve apagado durante toda a partida.

Paulo Costa concedeu ainda 4 minutos de compensação, mas insuficientes para o Benfica restabelecer a igualdade no marcador. O Vitória de Setúbal era portanto, um vencedor justo, numa final que deixou muito a desejar pelo futebol que se praticou durante os 94 minutos.

O Benfica sai então derrotado de um jogo em que se sentiu o peso dos festejos do título, e em que as alterações poderão ter causado alguma diferença no sistema de jogo habitual dos «encarnados». Dos Santos deveria ter jogado de início, mas Trapattoni assim não entendeu e colocou Fyssas. Os adeptos não entendem a opção do italiano, que poderá estar de partida para o seu país natal.

Reportagem no Jamor de: Isabel Cutileiro
Textos de: Rafael Santos