Em dia de homenagens, Benfica em noite não

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Após a noite mágica contra o Boavista, o Benfica falhou, frente ao Beira-Mar, mais uma oportunidade de se isolar no comando da Superliga. Face ao estilo de jogo apresentado pelos aveirenses, os encarnados não conseguiram furar o bloco e foram poucas as verdadeiras ocasiões de golo, acabando por sofrer dois tentos atribuídos a Tanque Silva.

A equipa foi praticamente a mesma que bateu o Boavista, mas desta vez não conseguiu ser eficaz e apresentar soluções de ataque efectivas. Sobre isso, Luisão, na conferência de imprensa após o embate referiu que “encontrámos muitas dificuldades, e a vontade não faltou, mas os jogadores não estiveram no melhor nível técnico. Entramos sempre em campo com a mesma atitude, mas hoje não correu bem”. Trapattoni, por sua vez, afirmou que “temos de aceitar a assobiadela”, confessando que a equipa não criou muitas ocasiões de golo. “O Beira-Mar jogou bem. Na 2.ª parte podíamos ter melhorado, mas era muito difícil mudar o resultado”. Sobre o jogo contra o Sporting, o treinador encarnado afirmou que será um jogo completamente diferente, e como tal, com uma atitude diferente.


Ficha do Jogo
Local: Estádio da Luz, em Lisboa (22/01/2005).
Árbitro: Paulo Baptista (Portalegre)
Assistentes: André Cunha (Portalegre) e José Braga (Portalegre)
BENFICA – Quim; Miguel, Ricardo Rocha, Luisão e Fyssas; Petit, Paulo Almeida (45’, Carlitos), Simão Sabrosa (cap.) e Geovanni; Nuno Gomes e Karadas (58’, Mantorras)
Treinador: Giovanni Trapattoni
BEIRA-MAR – Srnicek; Rui Óscar (24’, Ribeiro), Ricardo Silva, Ricardo e Mário Loja; Jorge Silva; Beto e Paul Murray (84’, Filipe); McPhee, Tanque Silva e Ali (66’, Kingsley).
Treinador: Luís Campos
Golos: Tanque Silva (35 e 66’)
Disciplina: Cartões amarelos para Beto (45’), Tanque Silva (60’), McPhee (76’) e Carlitos (80’). Cartão vermelho para Ricardo Silva (83’)
Ao intervalo: 0-1
Resultado final: 0-2

Mas nem só de futebol se fez esta noite, também marcada pela homenagem ao jogador Miklos Feher. Foram muitos os que se deslocaram à porta 18 para assistirem ao descerrar do novo busto do jogador húngaro, cerimónia à qual também assistiram os pais e irmã do malogrado jogador, visivelmente emocionados. Após breves palavras do presidente, a bandeira que cobria a estátua foi retirada, e ao lado da mesma encontram-se numa vitrine outros objectos relacionados com o jogador, como o último equipamento por este utilizado.
E as homenagens não acabaram por aí. Foram muitas as faixas, cartazes e camisolas dedicadas pelos adeptos ao nr 29, e até o voo da águia vitória, após alguns percalços antes do jogo, também seria dedicado ao jogador húngaro, e num agradecimento benfiquista, mais uma vez ecoou na Catedral, a uma só voz, o nome daquele que morreu vestindo a nossa camisola: Obrigado, Miklos Feher! Nunca te esqueceremos!

Texto e fotos de Isabel Cutileiro