ÉPOCA 2003/2004: Balanço positivo

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O Benfica entrou para a Época 2003/2004 com uma participação nas provas europeias. Depois de conquistado o 2.º lugar da tabela na época anterior, já com o comando técnico de Camacho, os «encarnados» regressaram à Europa, ainda que fosse para a 3.ª Eliminatória da Liga dos Campeões. Frente à Lázio faltou-nos sorte e continuámos então a caminhada pela Taça UEFA até à recepção ao Inter de Milão.

Na SuperLiga, o Benfica entrou bem mantendo-se no topo da tabela mas atravessou um periodo menos bom, onde se perderam pontos naqueles jogos que eram completamente proibidos deslizes. Camacho chamou a atenção aos jogadores, sempre com o seu profissionalismo e educação. Os seus pupilos acataram e decidiram levantar os braços e lutar rumo a um objectivo, o título que já foge há já alguns anos da Luz.

Tudo era possível até ao momento em que a turma de Mourinho se começou a isolar na tabela e a derrota do Benfica nas Antas e o empate na Luz acabou por ditar uma vez mais o adeus ao titulo. Começava então a luta pela segunda posição da tabela. O Benfica estava bem, mas é afectado pela morte de um dos seus jogadores. Fehér cai inanimado no relvado do Estádio D.Afonso Henriques com a camisola do clube da Luz e Portugal vestiu-se de luto em memória do eterno Miklós Fehér. Foi a mais amarga vitória da história do clube.

Contudo a vida continuou e já em casa os jogadores quiseram homenagear o húngaro. Mas a vitória frente aos estudantes não seria o suficiente para esquecer Fehér. Jornada após jornada a ansiedade começava então em redor da 2.ª posição do campeonato e começava então o frente-a-frente entre Benfica e Sporting. Na Luz os leões empataram e já bem perto do final o Benfica foi vencer a Alvalade num jogo onde o empate era necessário para o clube do espanhol ascender ao lugar que dá de novo acesso à Liga milionária. Chegava então o final do campeonato e faltava a Taça de Portugal.

Frente-a-frente na final do Jamor estavam Benfica e F.C.Porto. Mas uma vez mais o clube da Luz viria a sofrer com mais uma morte. Desta feita, o jovem Bruno Baião, que após alguns dias em coma acabaria por dizer adeus ao mundo e ao seu clube do coração, o Benfica.

Visto então o panorama criado o plantel uniu-se com a máxima força e no passado dia 16 de Maio conquistou a Taça de Portugal frente aos que hoje se tornaram campeões europeus. Foi uma vitória justa por 2-1 dedicada a Fehér e Bruno Baião. Uma vitória merecida para um plantel abalado que lutou durante a época e remou contra tudo e todos. Foram eles que venceram o F.C.Porto. Foram eles que impediram o F.C.Porto de comemorar mais uma vitória e de levar assim mais uma Taça e afinal porque será?

Ficou então provado que o mosntro está a acordar e pronto para lutar contra aqueles que nos querem derrubar, até na secretaria.

Entretanto começaria mais uma novela em redor do comando técnico. O sai e não sai habitual quando se aproxima o fim de um contrato com o treinador. Amado por muitos, Camacho era o eleito pelos adeptos e direcção para liderar o Benfica na próxima época, mas o convite do Real Madrid, não o fez pensar duas vezes. Camacho diz então adeus ao Benfica, rumo a Madird, mas com a missão cumprida.

O espanhol colocou o Benfica no topo, devolveu-o à Europa e venceu a Taça de Portugal frente aos campeões europeus. Na despedida pediu a compreensão dos benfiquistas, aqueles que considera verdadeiros amigos. O espanhol chegou mesmo, a agradecer ao Benfica a maneira como foi tratado e disse mesmo que em Portugal só treinaria o Benfica, pois era impossível defender outras cores. Os adeptos estão também gratos pelo trabalho desenvolvido e desejam agora boa sorte ao «mister».

E agora que futuro? A resposta cabe ao tempo e à direcção do clube que recentemente esteve muito bem, na pessoa do seu presidente, Luis Filipe Vieira, que não hesitou ao entrar em directo num programa da SICNotícias, onde era anunciado que o clube estaria em risco de perder a Taça de Portugal e o 2.º lugar na SuperLiga, na secretaria, após uma irregularidade na contratação de Ricardo Rocha.

Sem papas na lingua o presidente provou com cópias dos contratos assinados que o problema não estaria do nosso lado e lançou-se uma vez mais em defesa daquele que é o clube de seis milhões de adeptos, daquele que apesar dos altos e baixos ao longo da época e dos momentos menos felizes, acaba por terminar uma época com um balanço positivo e capaz de enfrentar um futuro promissor.

Viva o Benfica!

Crónica de: Rafael Santos

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