<font color=000000>F.C.Porto 2 - 0 S.L. Benfica : Ainda se fosse a primeira vez...</font>

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A equipa do Benfica deslocou-se uma vez mais ao campo do eterno rival e desta feita, num jogo a contar para a prova a que deram o nome de SuperLiga. Pois talvez antes do início do campeonato já se adivinhasse a quantidade de erros cometidos pelas equipas de arbitragem ao longo da época, fazendo com que esta Liga, se tornasse uma «SuperLiga» dos erros. Mas passemos então ao filme do jogo.

O Benfica entrou em campo com Moreira na baliza; Miguel, Argel, Luisão e Ricardo Rocha no sector defensivo. No meio-campo, o técnico espanhol optou pela dupla habitual ao centro, constituída por Petit e Tiago, enquanto que na esquerda alinhou Simão Sabrosa. Ao contrário do que se aguardava, João Pereira não alinhou de início, sendo que Sokota teve a missão de descaír sobre o corredor direito. Na frente do ataque, o húngaro Fehér, foi apoiado pelo «capitão» Zlatko Zahovic.

A turma de Camacho preparou ao longo de toda a semana, o esquema a utilizar nas Antas e á partida, os pupilos de Camacho demonstraram que a lição estava bem estudada. Aos 2 minutos de jogo, já os jogadores «azuís-e-brancos» começavam a travar em falta os jogadores da turma da Luz, até que aos 11 minutos Petit colocou a bola na grande área portista, onde Argel recebeu e com um pontapé de bicicleta tentou surpreender Baía, mas o guarda-redes do F.C. Porto defendeu.

A tentar responder, o Porto criou perigo, mas {mostrarimagem("portobenfica06.jpg","right","Petit lutou bastante a meio-campo")}Moreira esteve atento e aliviou. A equipa do Benfica continuava no entanto, a mostrar serviço, mas nem sempre com êxito devido a faltas cometidas por jogadores da turma de Mourinho, merecedoras de uma amostragem da cartolina, a não serem correspondidas por Lucílio Baptista, que não desempenhou bem a tarefa que lhe compete, na dita «SuperLiga».

Á passagem do minuto 20, Zahovic faz o passe para Sokota, que tenta entrar na área, mas Ricardo Carvalho, de uma forma impecável, corta o lance. Mas as faltas duras sucediam-se e o árbitro a tentar evitar - e mal - mostrar cartões amarelos. Pois os jogadores do F.C. Porto não praticaram futebol. Só aos 26 minutos é que Lucílio Baptista mostrou o cartão amarelo a Ricardo Carvalho por ter travado em falta, Simão quando este seguia isolado para a área. Falta merecedora de artão vermelho, uma vez que Simão ficava isolado perante Vítor Baía, em zona frontal à baliza. Esteve mal, uma vez mais, Lucílio Baptista.

Num lançe de infelicidade para Miguel, o Porto chegaria ao golo, aos 30 minutos de jogo por intermédio de Derlei. O cruzamento foi de Maniche, Miguel atrapalha-se e «oferece» a bola a Derlei, que não desperdiça a oportunidade de marcar. Miguel nem queria acreditar no erro e ficou deitado no chão. Os colegas tentaram dar-lhe apoio. Estava feito o 1-0 para os da casa, resultado este injusto perante a exibição da turma da Luz.

{mostrarimagem("portobenfica20.jpg","left","Luisão realizou o seu primeiro clássico")}Mas o golo não parece ter baixado a moral dos benfiquistas que dois minutos após criavam perigo para Vítor Baía. Féher tenta o cabeceamento, mas o guarda-redes da casa salta mais alto e agarra a bola. Aos 37 minutos, Jorge Costa vê pala primeira vez, ser-lhe mostrado o cartão amarelo, quando esta devia ser a 2.ª vez. Jorge Costa comete falta sobre Simão, quando o jogador do Benfica avançava para a área. De facto, Simão Sabrosa foi o jogador mais fustigado pelas faltas.

O jogo chegaria pouco depois ao intervalo com um 1-0 favorável aos «azuis-e-brancos», resultado algo injusto pelo trabalho realizado pela turma da Luz no decorrer dos primeiros 45 minutos. O Porto por sua vez, jogando pouco, soube aproveitar o erro cometido pelo lateral-direito. Para o segundo tempo, previa-se uma resposta das águias.

2.ª Parte: A mesma história com os mesmos protagonistas...

Se no primeiro tempo, os 45 minutos foram repletos de faltas, nem sempre assinaladas a favor do Benfica, no segundo tempo a história repetiu-se e com os mesmos protagonistas, tendo Lucílio Baptista como figura principal. A turma da Luz regressou do intervalo algo nervosa e os jogadores não rematavam à baliza.

Ao minuto 49, de novo um cartão amarelo e de novo para o F.C. Porto, desta feita para Costinha, por falta cometida sobre Simão. O Porto tentava criar perigo e a defesa do Benfica, voltava a cometer erros. Agora por intermédio de Luisão que podendo aliviar a bola da sua zona, preferiu agarrar Derlei, o que lhe valeu um cartão amarelo.

{mostrarimagem("portobenfica12.jpg","right","F.Aguiar pouco de novo trouxe ao Benfica")}Na sequência de um pontapé de canto, aos 52 minutos, o Porto adiantava-se ainda mais no marcador, perante um Benfica incrédulo e com algum azar à mistura. Argel, tenta desviar de cabeça e coloca a bola na própria baliza. Estava feito o 2-0 nas Antas e se até aqui o resultado era injusto, agora muito mais. Camacho tentava então dar mais algum ânimo à equipa e colocou em campo o jovem João Pereira, que no nosso entender foi uma boa opção, mas algo tardia. Além disso, o técnico benfiquista fez saír um ponta-de-lança, no caso, Fehér quando eram preciso golos para a sua equipa.

A entrada do «miúdo» começou então a dar frutos, até que aos 61 minutos surgiu uma boa ocaisão para o Benfica. Cruzamento de João Pereira na direita, Sokota cabeceia, mas a bola bate no poste. De novo o azar do lado dos «encarnados». A entrada de João Pereira deu mais força ao ataque do Benfica, que criava mais perigo junto à baliza do F.C. Porto.

Os minutos passavam e as faltas sucediam-se, mas sem intervenção de Lucílio Baptista, prejudicando sempre de forma clara o clube da águia. Aos 68 minutos, Zahovic tentou colocar a bola em João Pereira, mas Vitor Baía antecipou-se. No minuto 71, o Benfica via um dos seus melhores jogadores em campo, caír mal no relvado, após uma disputa de bola, no caso Tiago, que apresentou queixas no joelho esquerdo, sendo substituído por Fernando Aguiar, que pouco de novo trouxe à equipa.

Para além das constantes conversas entre Mourinho e o fiscal de linha, o jogo ficou também marcado pelo minuto 76, quando Maniche comete falta sobre Petit, tendo o jogador da casa pisado Petit. Na sequência da falta, o Benfica apontou um livre perigoso à entrada da área, cobrado por Simão. O remate é forte, mas sai por cima da baliza.

Como se não bastasse todas as atitudes tomadas ao longo da partida, o árbitro viria ainda expulsar Ricardo Rocha por falta inexistente sobre Deco, tal como provam as imagens da SporTv. O defesa do Benfica, quando percebeu que ia ser expulso, atirou a camisola para o chão.A falta sobre Deco não existiu, mas a atitude do jogador do Benfica, apesar de não ser a mais correcta, é compreensível, quando estamos perante alguém que comete atitudes, dignas de tirar alguém do seu estado consciente. O Benfica ficou reduzido a dez unidades e Camacho colocou Cristiano para colmatar a ausência de Ricardo Rocha. Zahovic cedeu o lugar ao camisola 5 da turma da Luz.

{mostrarimagem("portobenfica17.jpg.jpg","left","Moreira evitou o 2.º golo de Derlei")}
Até ao final da partida, resta destacar apenas algumas jogadas do Benfica por intermédio de João Pereira e algumas intervenções de Moreira que foi no nosso entender, o melhor elemento em campo, numa partida que ficou, uma vez mais, marcada pela arbitragem, algo a que os benfiqusitas já estão habituados, sempre que ali se deslocam.

Reportagem de: Rafael Santos
Fotos: Tomás Paulo