Garra e união levam Benfica à terceira final da Taça consecutiva

Um Benfica positivo

Com um ambiente escaldante (os adeptos do Benfica foram incansáveis, funcionando com um sétimo jogador e abafando o forte apoio vindo de Guimarães), a equipa do Benfica cedo mostrou ter entrado com uma atitude e uma garra inabaláveis e que foram a base de uma brilhante vitória. Agressivo no serviço (por vezes demais!), com um Carlos Teixeira perfeito na recepção, com o bloco a funcionar muito bem, e com um ataque poderoso, o Benfica chegou a liderar o 1ºset por 20-11, não restando dúvidas que iria vencê-lo, como fez, por 25-17.

A reacção do Azenha

Sempre provocador e provocado, Pedro Azenha é sem dúvida um grande jogador, foi ele que liderou a revolta do Guimarães, através dos seus espectaculares passes. Mas é óbvio que só teve 1 jogador a quem dar a bola, Hugo Gaspar, visto que os atacantes do Guimarães, quer Eurico, quer Durigati, quer Paschoal Martins, estiveram mal, o que mostra que esta equipa do Guimarães sente e muito a falta de Flávio Cruz... No 2ºset, o Benfica esteve a perder 10-14 e conseguiu fazer o 14-14, mas um erro de Lukianetz marcou o set, num ataque que podia dar o 15-16, o atacante benfiquista tocou na rede antes da bola contactar o solo, e o marcador foi para os 14-17. O Benfica não desistiu, mas o set caiu para o Guimarães, com 23-25.

Ninguém Pára o Benfica!

O terceiro parcial decidiu-se após o primeiro tempo técnico. De 8-7, uma série impressionante do Benfica, onde funcionou o serviço, a defesa, o ataque e o bloco, e claro, sempre impulsionado pelo seu público, os jogadores do Benfica dispararam o marcador para 15-7, vantagem que se manteve até ao fim do set, que fechou aos 25-17!

Rumo a Resende!

Galvanizado, ante um adversário a cometer erros, o Benfica conseguiu fechar o jogo no 4ºset, um set decidido na altura em que as equipas chegavam à casa dos 20 pontos, num lance que deixou adeptos e jogadores do Guimarães a fazerem protestos ridículos e exagerados, sem razão nenhuma. Objectivamente, foi um ataque irregular de Eurico Peixoto (o jogador realizou transporte quando fez o remate), uma falta clara e óbvia, que despertou protestos de pessoas que ou não sabem ver voleibol, ou então não sabem perder. O Guimarães morreu ali e Eurico Peixoto culminou a sua péssima exibição ao servir para a rede e dar o 25-22 que coloca o Benfica na final da Taça em Resende, dia 25 de Abril, esperando agora a outra meia-final, entre Castêlo da Maia e Sp.Espinho.

Ficha de jogo
Taça de Portugal, Meias-Finais
Pavilhão EDP, Lisboa. Cerca de 900 espectadores.
SL BENFICA 3 – 1 VITÓRIA SC (25-17, 23-25, 25-17 e 25-22).
Árbitros: Arnaldo Rocha e Hélio Ormonde.

Benfica: Joel Perosa, André Lukianetz, Aurélio Silva, Marcílio Silva, André Lopes e João Dias; Carlos Teixeira (líbero). Carlos Fidalgo.
Não jogaram: Pedro Fiúza, André Cabacinha, António Silva e Marco Ferreira.
Treinador: José Jardim

Guimarães
: Pedro Azenha, Paschoal Martins, Allan Cocato, Hugo Gaspar, Eurico Peixoto e André Santos; Filipe Cruz (líbero). João Malveiro, Fábio Durigati, Diogo Frada, Mário Pinto e Fernando Ribeiro.
Treinador: Marco Queiroga