Grupos C e D: Linha avançada em destaque na caminhada até Portugal

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Depois de ter-mos analisado os grupos A e B, hoje chegou a vez de falar-mos do grupo B que é constituído pela Bulgária, Dinamarca, Itália e Suécia, mas também do grupo D que é constituído pela Holanda, República Checa, Letónia e Alemanha.

Grupo C:

No grupo C deste Euro2004 o destaque vai para a Suécia que conta com jogadores que já representaram as cores do Benfica.

Suécia

Lembra-se de Shwartz, pois bem, o sueco já não joga futebol, mas representou as cores do Benfica à semelhança de Andersson que recentemente se transferiu para a turma de Belém. Ambos médios, ambos lutadores mas com estilos diferentes. Shwartz deixou amigos e sobretudo saudades em Portugal e como tal esta é uma das selecções que será também aperciada pelo futebol que praticam, contudo é a Itália que parte como favorita, apesar da Dinamarca e da Bulgaria, terem também uma palavra a dizer.

Grupo D:

Se no grupo C o destaque vai apenas para a selecção sueca, já no grupo D da prova, destacam-se duas selecções. A República Checa de Karel Poborsky e a Holanda de Van Hoidjonk

República Checa

Quem não se recorda do Euro96 e daquele chapéu a Vítor Baía, elaborado milimétricamente pelo checo Karel Poborsky? Pois ninguém poderá também esquecer a sua passagem pelo Benfica. Poborsky é um médio ala direito completo e com grandes capacidades de drible e poder de cruzamento que fazem levantar os estádios.

É o jogador checo com mais internacionalizações. Estreou-se pela selecção frente à Turquia em 1994, no primeiro jogo internacional desde a separação da Checoslováquia. Apesar de não ser um concretizador por excelência, é por um grande golo que é lembrado - um "chapéu", frente a Portugal, nos quartos-de-final do UEFA EURO96™, numa caminhada que só terminaria na final. Também ajudou a República Checa a alcançar a fase final do UEFA EURO 2004™, com uma actuação fantástica frente à Holanda.

{mostrarimagem("Andersson.jpg","right","$legenda")}Aquele que foi apelidado entre benfiquistas por «furacão checo», começou a jogar no SK Ceské Budéjovice, onde permaneceu três épocas, antes de alinhar no FK Viktoria Zizkov. Dez golos em 26 jogos, em 1994/95, valeram-lhe outra transferência, desta vez para o SK Slavia Praha. Ajudou o Slavia a sagrar-se campeão nacional e a alcançar a meia-final da Taça UEFA em 1995/96, com 11 golos em 26 jogos, antes de mudar-se para o Manchester United FC em 1996.

Comprado por 5.1 milhões de euros, manteve-se em Inglaterra durante 17 meses, apesar de nunca conseguir impor-se na equipa, numa altura em que David Beckham começava a despontar. Karel Poborsky começaria então o ano de 1998 com uma transferência no valor de 2.9 milhões de euros para o SL Benfica, conseguindo desde logo grandes actuações.

Em Portugal, marcou golos que ficaram na memória dos adeptos benfiquistas e chegou a ser eleito, o melhor jogador estrangeiro a actuar em Portugal. Contudo, a gestão danosa de Vale e Azevedo que não convidou o extremo-direito a renovar o seu contrato, originou uma falta de capacidade da recém entrada de Vilarinho, para manter o jogador que tinha já um pré-acordo com a Lázio. Nem o apêlo constante dos adeptos foi suficiente. Em Janeiro de 2001, assinou pela S.S. Lazio, num negócio que envolveu 1.1 milhões de euros. À partida o checo disse levar o Benfica no coração e chegou mesmoa afirmar ter recusado um convite dos leões, pois segundo o próprio, «em Portugal só o Benfica». Depois de um ano e meio em Roma, não conseguiu estabelecer-se, regressando ao AC Sparta Praha.

{mostrarimagem("pob.jpg","left","$legenda")}Esta contratação, a custo zero, foi um golpe de mestre do Sparta, com Poborsky a ajudar o clube na conquista do título. O checo marcou nos dois jogos frente ao FK Vardar, que valeram o acesso do Sparta à Liga dos Campeões, em 2003/04.

O checo foi uma das peças fundamentais de Karel Brückner na caminhada até Portugal. Foi um golo seu que colocou aquela que é uma forte candidata ao título. Além de Poborsky a selecção checa conta ainda com jogadores como, Milan Baros, Pavel Nedved, Tomas Rosicky, entre outros.

Holanda

Mas este grupo D é também constituído por uma outra selecção candidata ao título. Apesar de mais fragilizada que em tempos, continua contudo a ser a laranja mecânica como é conhecida. Nomes como os de Stam, Nistelroy ou até mesmo David e Cocu, não esquecendo claro está, Seedorf e Overmars, a Holanda de Van Hoidjonk é uma das adversárias de Poborsky e poderá ser uma das selecções que permanecerá mais tempo em Portugal.{mostrarimagem("van_hooijdonk.jpg","right","$legenda")}

O avançado Pierre Van Hoidjonk chegou à Luz pela mão de Vale e Azevedo, mas tal como o checo, a sua transferência para a Luz causou problemas aos cofres «encarnados». No princípio foi apelidado de tosco, mas rapidamente se impôs e chegoua competir com os melhores marcadores do campeonato português. No ano da sua afirmação em Portugal, diversos clubes mostraram interesse na sua aquisição e foi já a direcção de Manuel Vilarinho que o vendeu para o Feyenord, um negócio onde foram defendidos os interesse do Benfica, que lucrou com a transferência.

Foi também um jogador importante no Benfica em determinada altura e como tal também deixou amigos naquele país que agora visita para defender as cores do seu país.

Faltam menos de 3 semanas para o início da prova, tudo parece então, estar preparado para que este seja um bom Euro2004. Boa sorte Portugal!