Infantis C: Benfica 8-1 Foot 21

Depois de na temporada passada se terem sagrado Campeões Distritais de Escolas, esta geração de 1996 transitou para o escalão seguinte e compete agora nos Infantis “C” onde ao longo da temporada terão de encontrar atletas mais velhos, o que à partida, beneficiará a exigência competitiva que oferecerá índices competitivos mais altos.

Na partida de hoje, as “jovens águias” teriam pela frente um adversário muito complicado, até pela má experiência que já tiveram nesta pré-temporada quando o Foot 21 saiu vitorioso do confronto entre ambos. Também na época passada, o Foot 21 chegou à Fase Final do Distrital de Escolas e esteve na luta pelo título. Estavam assim reunidas todas as condições para se disputar uma boa partida de futebol.



O técnico Ricardo Manuel escalonou o seu sete inicial com Rafael Conceição na baliza; João Filipe e Ruben Santos no eixo da defensiva; André Horta jogou hoje em missões organizativas, com Gonçalo Guedes à direita e Filipe Ferreira à esquerda. Na frente de ataque actuou Martim Simões. No banco de suplentes estavam Rafael Lopes, Ivan Silva, Fernando Gonçalves, Sebastião Castela e Miguel Heleno. Daniel Gama ficou hoje de fora da lista por opção devido à rotação imposta pelo técnico Ricardo Manuel.

Entrada de luxo ofereceu tranquilidade necessária

A expectativa era de uma partida equilibrada mas sempre os “encarnados” fizeram questão de contrariar isso. A um ritmo elevado, logo aos 2 minutos, Filipe Ferreira atirou em cheio no ferro da baliza adversária depois de bom cruzamento de Gonçalo Guedes.

O Benfica estava bem, demonstrando muita facilidade para encontrar de forma regular o último reduto do adversário. Foi aos 4 minutos que o primeiro golo da partida surgiu, depois de excelente incursão de João Filipe a culminar a sua arrancada com um forte remate de pé esquerdo que só parou no fundo das redes da baliza adversária.


André Horta

Estavam iniciadas as hostes e não foi preciso esperar muito mais até a vantagem se ampliar. Filipe Ferreira ganhou o flanco, caindo na grande área depois de ser rasteirado por um adversário. Chamado à conversão, o mesmo Filipe Ferreira atirou para um lado, guarda-redes para outro, fazendo balançar novamente as redes contrárias.

O futebol praticado pelos pupilos de Ricardo Manuel estava a deixar sem capacidade de resposta os jogadores do Foot 21 e a verdade é que no primeiro tempo, só deu Benfica. Aos 9 minutos, Gonçalo Guedes arrancou muito forte pelo flanco direito, jogando atrasado em André Horta que num forte remate fez o terceiro golo da partida.


Miguel Heleno

O irrequieto jogador do Benfica ia demonstrando excelentes pormenores, esta época numa posição mais central onde mostrou ter todo um conjunto de características essenciais para desempenhar a posição de transição da melhor forma. André Horta jogava bem, esteve perto de marcar um “golaço” aos 20 minutos, mas acabaria por ser ele a marcar o canto que deu o quarto golo do jogo, ao recém entrado, Sebastião Castela.

O “matador” das “águias” mostrou o seu melhor cartão de visita pouco tempo volvido quando respondeu da melhor forma, num remate indefensável, a excelente lance de João Filipe no apoio ao ataque. Ainda antes do términos da primeira parte, Miguel Heleno num remate cruzado ampliaria a vantagem estabelecida agora nos seis a zero.

Intenso calor não ajudou, no entanto, Benfica não perdoou

A segunda parte trouxe um Benfica diferente, a trocar mais a bola e a guardar energias. Do banco de suplentes veio sempre a indicação para a equipa não parar e procurar sempre mais, o que foi bem entendido logo aos 35’ quando Miguel Heleno atirou ao lado, depois de grande lance de André Horta.


Filipe Ferreira

O hoje ‘6’ do Benfica ia enchendo o campo e aos 40 minutos, depois de ultrapassar dois adversários, tirou tinta ao ferro da baliza do Foot 21 depois de um forte remate de longe. Os “encarnados” queriam mais e chegariam ao sétimo golo na sequência de um lance de insistência de Gonçalo Guedes – a pressionar o guardião visitante – que deu origem a um ressalto bem aproveitado por Martim Simões.

Veio então um período de maior acalmia no jogo com o Foot 21 a procurar responder mas a boa organização dos caseiros a não permitir grandes veleidades aos atacantes contrários. Os visitantes acabariam por chegar ao tento de honra a dois minutos do final da partida num bom golo que alegrou as hostes do Foot 21.


Fernando Gonçalves

Felicidade essa que contrastou com novo momento de festa da parte do Benfica quando já em cima do apito final, Gonçalo Guedes, em contra-ataque, pegou na bola ainda no seu meio-campo, ultrapassou um adversário em velocidade, driblou outro, voltou a driblar e a colocar a bola ao jeito do seu forte pé direito que num remate seco e colocado colocou o marcador em oito a um, resultado final.

O Benfica realizou uma excelente primeira parte, onde realizou um forte pressing alto que culminou com bastantes recuperações de bola e intensa pressão em zonas de finalização. A equipa caiu um pouco já a caminhar para o final da partida mas o balanço final é claramente positivo, num jogo onde todos estiveram a bom nível.


Sebastião Castela

Reportagem de André Sabino, Serbenfiquista.com.