Benfica e Belenenses disputavam hoje no Seixal um dos jogos mais aguardados da prova, que colocou frente a frente o líder – Benfica – e o quarto classificado Belenenses, a lutar ponto a ponto com o Estoril para marcar presença directa na 2ª Fase da prova. Na primeira volta, um empate a dois golos verificou-se no Restelo, com Sancidino Silva a fazer por duas vezes, o gosto “à cabeça”. O técnico Bruno Lage não apresentou grandes mexidas no onze inicial, com a “baixa” Pedro Dias a estar na bancada, e Toni Silva a estrear-se nos convocados (ver caixa).
O Belenenses apresentou-se numa estratégia de contra-ataque, com o Benfica a procurar através de triangulações ofensivas atingir o último reduto dos visitantes. Acabaria por ser, contudo, num lance de bola parada que as “águias” estiveram perto de abrir a contagem. André Costa bateu um canto da direita, Miguel Herlein, solto de marcação, ao segundo poste, ficou perto do golo. O jogo estava a desenrolar-se a um ritmo alto, com uma das figuras do Belenenses, o guardião Elói, a mostrar-se bastante nervoso em algumas intervenções, o que acabaria por ter consequência directa aos 17 minutos, no primeiro golo do jogo. Novo canto, Bruno Gaspar bateu traiçoeiro e Elói defendeu mal, aproveitando Sancidino Silva para abrir o placar.
Sancidino Silva parte para o ataque
O avançado guineense estava a realizar uma exibição de qualidade, bem demonstrada com os fantásticos pormenores técnicos, verdadeiras “maldades” que foi fazendo aos seus adversários. O Benfica mostrava boa ligação de sectores, embora tenha criado, no primeiro tempo, poucas ocasiões de golo. Já a caminhar para o intervalo, André Costa encheu o pé e obrigou o guardião visitante a defender para canto.
Com maior colectivismo, resultado poderia ter sido mais dilatado
Vantagem curta ao intervalo, situação essa que o técnico Bruno Lage tentou inverter, fazendo duas alterações para a etapa complementar. Gonçalo Dias foi rendido por Gerson Fidalgo. Miguel Herlein, a postos com uma arreliadora constipação, foi substituído por Rui Silva que regressa à competição depois de uma lesão.
Não poderia ter começado melhor o Benfica. Dois minutos da segunda metade, em contra-ataque, Sancidino Silva apareceu sobre a esquerda, flectiu e ultrapassou dois adversários com bons gestos técnicos e de pé esquerdo colocou no poste mais distante, contando com a contribuição de um defesa contrário a completar o “serviço”. O Benfica entrava na sua melhor fase do jogo, contribuindo para esse ascendente Rui Silva, a realizar uma óptima entrada em campo. Numa combinação com André Costa, teve tudo para aumentar a vantagem mas, Elói respondeu com uma grande intervenção, a negar o golo ao jovem “encarnado”.
André Costa disputa o lance com um adversário
O Belenenses procurava em contra-ataque assustar e chegou mesmo a fazê-lo, quando um Avançado dos Azuis apareceu sozinho na cara de Hernâni Abreu mas o guardião benfiquista defendeu superiormente. O Benfica teve um susto que poderia ter-se traduzido num crescimento dos visitantes e tratou de evitar males maiores, quando 5 minutos volvidos, Bruno Gaspar, num belo remate cruzado, decidiu a partida, num golo muito festejado.
A partir desse momento, o Benfica procurou desenvolver bom futebol mas com excessivos lances individuais, o que fez com que as “águias” não tivessem as oportunidades necessárias para aumentar a vantagem. Vitória justa, sem discussão, com o Benfica a manter o primeiro lugar neste que seria um jogo muito complicado.
Bruno Gaspar parte para a ofensiva
Apreciação Individual:
Hernâni Abreu (7) – Sem trabalho de maior, acabou por evitar o golo do Belenenses que colocaria o resultado em 2-1. Bom jogo.
Pedro Almeida (7) – Não sabe jogar mal, realizando hoje mais uma exibição de qualidade. Não teve muitas oportunidades para subir pelo flanco, concentrado os seus esforços em termos defensivos.
Fábio Leite (7) – Teve uma falha no momento em que o jogador do Belenenses apareceu isolado para facturar – valeu Hernâni. Na globalidade, apenas errou uma vez, realizando uma exibição sem falhas.
João Santos (7) – Decisivo e com a classe de sempre, vai espalhando qualidade em todos os momentos. Está um senhor jogador.
Daniel Martins (6) – Não errou, mas também não deslumbrou. Acabou por subir pouco pelo flanco, embora tenha realizado uma exibição positiva.
Marco Grilo (7) – Não esteve tão interventivo em termos ofensivos como em outros jogos, realizando uma exibição de qualidade, sobretudo pelo preenchimento dos espaços e a cultura posicional que ofereceu ao jogo.
Gonçalo Dias (6) – Lutou e trabalhou, embora não tenha estado nos seus melhores dias. De qualquer forma, tem muita qualidade.
André Costa (8) – Um dos melhores. Esteve muito forte em todos os momentos do jogo. Em força ou na qualidade de passe, apareceu a fazer boas combinações com os companheiros, conseguindo visar a baliza em algumas ocasiões.
Bruno Gaspar (8) – Grande jogo, merecidos aplausos (de pé) dos adeptos. Hoje foi pau para toda a obra. Apareceu preferencialmente na direita, mas não foram poucas as vezes que desceu ao lado oposto para oferecer outras linhas de passe. Marcou mais um golo de belo efeito.
Miguel Herlein (6) – Adoentado, fez o que podia. Rápido e lutador, não conseguiu, no entanto, soltar o seu futebol. Saiu ao intervalo.
Sancidino Silva (8) – Melhor em campo. Marcou dois golos, fez outras tantas boas jogadas, juntando os grandes pormenores técnicos com que brindou os espectadores. Hoje, no entanto, facilitou em algumas ocasiões. Tem de manter a mesma obrigação competitiva em todos os momentos de jogo. Muito Bem!
Suplentes:
Gerson Fidalgo (6) – Correu e trabalhou, sendo decisivo para uma maior ligação do sector intermediário ao ataque. Tem qualidade.
Rui Silva (7) – Entrou bem. Rápido e objectivo, entrou destemido em resolver os lances quando a bola lhe chegava aos pés. Ia marcando no primeiro remate, viu Elói negar-lhe nova intenção. De regresso depois da lesão, a equipa precisa do Rui na sua melhor forma. É uma peça preponderante! Força!
Toni Sá (6) – Muita vontade, o que lhe valeu algumas perdas de bola. Posicionou-se como Médio Interior a fugir para Extremo Esquerdo. Bom pé esquerdo, boa compleição física.
Martim Águas (6) – Jogou pouco tempo para fazer mais. A bola ganha, no entanto, outra alegria quando chega aos seus pés. Com mais minutos, vai exponenciar certamente a sua qualidade.
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Flash-Interview com o Mister Bruno Lage:
Acabou por ser, na globalidade, uma exibição positiva…
“Sim, não conseguimos ser perfeitos na nossa exibição. Acaba por ficar o resultado, o que nos deixa muito satisfeitos. A quatro jogos do fim mantemos a liderança, com os mesmos pontos do Sporting mas com a vantagem directa, e acabar em primeiro é o objectivo que pretendemos para esta primeira fase. Em relação ao jogo, não conseguimos ser perfeitos. Há alguns Médios Interiores que estão a ganhar as rotinas que outros que não estiveram cá já têm, estamos também a incluir novos atletas no grupo, e vamos tentar que o mais rapidamente possível eles adquiram as nossas rotinas ofensivas para podermos, durante mais tempo, jogar com grande qualidade.
Houve momentos do jogo que tivemos bem, sobretudo no início das duas partes, mas, por momentos, sentimos que estamos também um pouco cansados, porque os jogadores estão a fazer todo um trabalho de hipertrofia à parte dos treinos, mas temos treinado para eles serem uma equipa mais adulta, mais inteligente – que é o que se pretende para a 3ª fase – e hoje acabámos por não o conseguir fazer. Estamos a ganhar por dois, por três, temos de ser uma equipa mais inteligente, ter mais vezes a bola, com maior qualidade na posse de bola e não o conseguimos fazer. Compreende-se, fomos um bocadinho “gulosos”, fomos à procura dos golos, quer em termos individuais como colectivos, mas fica o resultado que nos deixa muito satisfeitos.”
O que é que se pode esperar dos reforços Toni e Bacari?
“É tentar conhecer o mais rapidamente possível os jogadores, perceber onde é que eles podem tirar maior rendimento e ajudar-nos, e da parte deles, eles perceberem a nossa maneira de jogar, quais são as nossas rotinas de jogo. Mas, claro, duas contratações, nesta altura da época, têm de ser dois jogadores com grande qualidade. Não se trata de reforçar no imediato, mas sim por serem jogadores com a perspectiva de um longo futuro com as cores do Sport Lisboa e Benfica.”
Reportagem de André Sabino, Serbenfiquista.com.
O Belenenses apresentou-se numa estratégia de contra-ataque, com o Benfica a procurar através de triangulações ofensivas atingir o último reduto dos visitantes. Acabaria por ser, contudo, num lance de bola parada que as “águias” estiveram perto de abrir a contagem. André Costa bateu um canto da direita, Miguel Herlein, solto de marcação, ao segundo poste, ficou perto do golo. O jogo estava a desenrolar-se a um ritmo alto, com uma das figuras do Belenenses, o guardião Elói, a mostrar-se bastante nervoso em algumas intervenções, o que acabaria por ter consequência directa aos 17 minutos, no primeiro golo do jogo. Novo canto, Bruno Gaspar bateu traiçoeiro e Elói defendeu mal, aproveitando Sancidino Silva para abrir o placar.
Sancidino Silva parte para o ataque
O avançado guineense estava a realizar uma exibição de qualidade, bem demonstrada com os fantásticos pormenores técnicos, verdadeiras “maldades” que foi fazendo aos seus adversários. O Benfica mostrava boa ligação de sectores, embora tenha criado, no primeiro tempo, poucas ocasiões de golo. Já a caminhar para o intervalo, André Costa encheu o pé e obrigou o guardião visitante a defender para canto.
Com maior colectivismo, resultado poderia ter sido mais dilatado
Vantagem curta ao intervalo, situação essa que o técnico Bruno Lage tentou inverter, fazendo duas alterações para a etapa complementar. Gonçalo Dias foi rendido por Gerson Fidalgo. Miguel Herlein, a postos com uma arreliadora constipação, foi substituído por Rui Silva que regressa à competição depois de uma lesão.
Não poderia ter começado melhor o Benfica. Dois minutos da segunda metade, em contra-ataque, Sancidino Silva apareceu sobre a esquerda, flectiu e ultrapassou dois adversários com bons gestos técnicos e de pé esquerdo colocou no poste mais distante, contando com a contribuição de um defesa contrário a completar o “serviço”. O Benfica entrava na sua melhor fase do jogo, contribuindo para esse ascendente Rui Silva, a realizar uma óptima entrada em campo. Numa combinação com André Costa, teve tudo para aumentar a vantagem mas, Elói respondeu com uma grande intervenção, a negar o golo ao jovem “encarnado”.
André Costa disputa o lance com um adversário
O Belenenses procurava em contra-ataque assustar e chegou mesmo a fazê-lo, quando um Avançado dos Azuis apareceu sozinho na cara de Hernâni Abreu mas o guardião benfiquista defendeu superiormente. O Benfica teve um susto que poderia ter-se traduzido num crescimento dos visitantes e tratou de evitar males maiores, quando 5 minutos volvidos, Bruno Gaspar, num belo remate cruzado, decidiu a partida, num golo muito festejado.
A partir desse momento, o Benfica procurou desenvolver bom futebol mas com excessivos lances individuais, o que fez com que as “águias” não tivessem as oportunidades necessárias para aumentar a vantagem. Vitória justa, sem discussão, com o Benfica a manter o primeiro lugar neste que seria um jogo muito complicado.
Bruno Gaspar parte para a ofensiva
Apreciação Individual:
Hernâni Abreu (7) – Sem trabalho de maior, acabou por evitar o golo do Belenenses que colocaria o resultado em 2-1. Bom jogo.
Pedro Almeida (7) – Não sabe jogar mal, realizando hoje mais uma exibição de qualidade. Não teve muitas oportunidades para subir pelo flanco, concentrado os seus esforços em termos defensivos.
Fábio Leite (7) – Teve uma falha no momento em que o jogador do Belenenses apareceu isolado para facturar – valeu Hernâni. Na globalidade, apenas errou uma vez, realizando uma exibição sem falhas.
João Santos (7) – Decisivo e com a classe de sempre, vai espalhando qualidade em todos os momentos. Está um senhor jogador.
Daniel Martins (6) – Não errou, mas também não deslumbrou. Acabou por subir pouco pelo flanco, embora tenha realizado uma exibição positiva.
Marco Grilo (7) – Não esteve tão interventivo em termos ofensivos como em outros jogos, realizando uma exibição de qualidade, sobretudo pelo preenchimento dos espaços e a cultura posicional que ofereceu ao jogo.
Gonçalo Dias (6) – Lutou e trabalhou, embora não tenha estado nos seus melhores dias. De qualquer forma, tem muita qualidade.
André Costa (8) – Um dos melhores. Esteve muito forte em todos os momentos do jogo. Em força ou na qualidade de passe, apareceu a fazer boas combinações com os companheiros, conseguindo visar a baliza em algumas ocasiões.
Bruno Gaspar (8) – Grande jogo, merecidos aplausos (de pé) dos adeptos. Hoje foi pau para toda a obra. Apareceu preferencialmente na direita, mas não foram poucas as vezes que desceu ao lado oposto para oferecer outras linhas de passe. Marcou mais um golo de belo efeito.
Miguel Herlein (6) – Adoentado, fez o que podia. Rápido e lutador, não conseguiu, no entanto, soltar o seu futebol. Saiu ao intervalo.
Sancidino Silva (8) – Melhor em campo. Marcou dois golos, fez outras tantas boas jogadas, juntando os grandes pormenores técnicos com que brindou os espectadores. Hoje, no entanto, facilitou em algumas ocasiões. Tem de manter a mesma obrigação competitiva em todos os momentos de jogo. Muito Bem!
Suplentes:
Gerson Fidalgo (6) – Correu e trabalhou, sendo decisivo para uma maior ligação do sector intermediário ao ataque. Tem qualidade.
Rui Silva (7) – Entrou bem. Rápido e objectivo, entrou destemido em resolver os lances quando a bola lhe chegava aos pés. Ia marcando no primeiro remate, viu Elói negar-lhe nova intenção. De regresso depois da lesão, a equipa precisa do Rui na sua melhor forma. É uma peça preponderante! Força!
Toni Sá (6) – Muita vontade, o que lhe valeu algumas perdas de bola. Posicionou-se como Médio Interior a fugir para Extremo Esquerdo. Bom pé esquerdo, boa compleição física.
Martim Águas (6) – Jogou pouco tempo para fazer mais. A bola ganha, no entanto, outra alegria quando chega aos seus pés. Com mais minutos, vai exponenciar certamente a sua qualidade.
Vote Aqui
Flash-Interview com o Mister Bruno Lage:
Acabou por ser, na globalidade, uma exibição positiva…
“Sim, não conseguimos ser perfeitos na nossa exibição. Acaba por ficar o resultado, o que nos deixa muito satisfeitos. A quatro jogos do fim mantemos a liderança, com os mesmos pontos do Sporting mas com a vantagem directa, e acabar em primeiro é o objectivo que pretendemos para esta primeira fase. Em relação ao jogo, não conseguimos ser perfeitos. Há alguns Médios Interiores que estão a ganhar as rotinas que outros que não estiveram cá já têm, estamos também a incluir novos atletas no grupo, e vamos tentar que o mais rapidamente possível eles adquiram as nossas rotinas ofensivas para podermos, durante mais tempo, jogar com grande qualidade.
Houve momentos do jogo que tivemos bem, sobretudo no início das duas partes, mas, por momentos, sentimos que estamos também um pouco cansados, porque os jogadores estão a fazer todo um trabalho de hipertrofia à parte dos treinos, mas temos treinado para eles serem uma equipa mais adulta, mais inteligente – que é o que se pretende para a 3ª fase – e hoje acabámos por não o conseguir fazer. Estamos a ganhar por dois, por três, temos de ser uma equipa mais inteligente, ter mais vezes a bola, com maior qualidade na posse de bola e não o conseguimos fazer. Compreende-se, fomos um bocadinho “gulosos”, fomos à procura dos golos, quer em termos individuais como colectivos, mas fica o resultado que nos deixa muito satisfeitos.”
O que é que se pode esperar dos reforços Toni e Bacari?
“É tentar conhecer o mais rapidamente possível os jogadores, perceber onde é que eles podem tirar maior rendimento e ajudar-nos, e da parte deles, eles perceberem a nossa maneira de jogar, quais são as nossas rotinas de jogo. Mas, claro, duas contratações, nesta altura da época, têm de ser dois jogadores com grande qualidade. Não se trata de reforçar no imediato, mas sim por serem jogadores com a perspectiva de um longo futuro com as cores do Sport Lisboa e Benfica.”
Reportagem de André Sabino, Serbenfiquista.com.