Iniciados C: Benfica 3-1 Mafra

Benfica 3-1 Mafra

Águias garantem importante triunfo

Distrital de Iniciados
1ª Jornada – Fase Final


Local do jogo: Caixa Futebol Campus (Seixal)

Assistência: Cerca de 250 pessoas.



BENFICA: Hernâni Abreu, Hugo Rocha, João Racha, Diogo Lemos, Pedro Mendes, Iuri Santana, Tiago Silva, Gerson Fidalgo, Hélio Cruz (Ivan Cavaleiro, 49’), Carlos Oliveira (Malam Jaquite, 58’) e Paulo Matias (André Pinto, 49’).
Treinador: Renato Paiva

MAFRA: Hugo, Ruben, Guilherme, Hugo Camões, Filipe, Filipe Leal, Lucas (João Rolo, 60’), Gonçalo (Eurico, 50’), Tiago, Tiago Alexandre e André (Wilson, 60’).

Resultado ao intervalo: 1-0
Marcadores: João Racha (10’ e 55'), Hugo Rocha (48’).

Encarnados ao ataque

O Benfica entrou muito forte na partida, criando logo no primeiro minuto uma ocasião de golo. João Racha, isolado, não conseguiu ultrapassar o guarda-redes adversário.



Na bonita tarde de hoje, assistiu-se a um grande apoio vindo das bancadas do Caixa Futebol Campus, o que tem sido raro nesta época, mas que será com certeza para manter.

O Benfica chegou ao primeiro golo aos 10 minutos, quando Gerson Fidalgo efectuou um grande passe para João Racha, que à saída do guarda-redes do Mafra, atirou para o fundo da baliza, inaugurando o marcador.

O Benfica estava a realizar um excelente início de partida e as oportunidades de golo sucediam-se. Primeiro Paulo Matias isolado não conseguiu o tento, seguindo-se Diogo Lemos a cabecear ao ferro.



O Benfica voltou a dispor de nova ocasião flagrante de golo, aparecendo Paulo Matias, novamente isolado, na cara do golo, não conseguindo bater o guarda-redes Hugo.

O Mafra respondeu bem, criando uma ou outra boa situação para marcar, estando o guarda-redes Hernâni muito atento.



As oportunidades iam-se sucedendo e Pedro Mendes, depois de um livre rapidamente cobrado, atirou contra o corpo de Hugo, desperdiçando a última ocasião de golo no primeiro tempo.

Mafra assustou mas as águias voaram na direcção certa

Ambas as equipas vieram do balneário com um futebol algo passivo, com o Mafra a conseguir marcar o golo da igualdade ao minuto 44. Tiago, lançado por um companheiro, foi mais rápido que a defesa encarnada e à saída de Hernâni apontou o golo do Mafra, que ditava a igualdade no marcador.



Os jogadores encarnados sentiram o toque e não foi preciso esperar muito até que Hugo Rocha cabeceasse de forma certeira para o segundo golo do Benfica. Antes disso, já a bola tinha sido enviada ao ferro, depois de um livre de Tiago Silva.

O Benfica estava claramente por cima, e voltou a ter ocasiões flagrantes para facturar. Pedro Mendes com um excelente cruzamento da direita, “deu” o golo a Diogo Lemos que não conseguiu desviar para o fundo das redes.

As Águias praticavam um futebol de boa qualidade, sempre pautado pelo pequeno médio centro dos encarnados, Tiago Silva. Foi dos seus pés que se iniciou a jogada do terceiro golo. Depois de um grande passe para Carlitos, também ele um excelente jogador, o esquerdino efectuou um belo passe para João Racha que com um audacioso chapéu, fechou as contas do marcador e levou o Seixal ao rubro!



Ainda antes do final do encontro, destaque para uma excelente iniciativa individual de Carlos Oliveira (Carlitos), que depois de se isolar, não conseguiu marcar, atirando ao lado.

O Benfica festejou uma importante vitória, somando até ao momento vitórias em todos os jogos disputados esta época. Verdadeiramente fantástico. A fase final está aí, para apurar quem subirá de divisão.

Destaque também para a rotação existente na grande maioria dos plantéis do Sport Lisboa e Benfica, estando a maioria dos treinadores de parabéns pela grande rotação que fazem dos seus plantéis, dando aos jogadores, sobretudo nas idades mais jovens, uma verdadeira lição de vida, mostrando que todos são importantes para se chegar ao sucesso. Isto sim, é formar jogadores!



Flash-Interview com o técnico Renato Paiva:

“O jogo já sabíamos que ia ser difícil pois esta fase de apuramento ditou estas quatro equipas, Benfica, Tenente Valdez, Mafra e Fonte Grada. Foram equipas que ao longo da primeira e segunda fase quase não perderam, o Mafra salvo erro teve uma derrota e nós sabíamos que ia ser complicado. Jogando contra jogadores um ano mais velhos, tendo a nossa equipa todos os jogadores de primeiro, com excepção do João Racha, nós sabemos as dificuldades que temos a esse nível. Entrámos bem, depois deixámo-nos embalar pelo golo e em vez de embalarmos para uma boa exibição acabámos por facilitar. Às vezes o público a puxar pela equipa é um pau de dois bicos, como se costuma dizer. Às vezes motiva, outras vezes envaidece, e criou-se um pouco esta situação. A equipa facilitou um bocadinho e foi o que lhes disse ao intervalo. O Mafra merecia estar empatado ao intervalo mais por demérito nosso porque nós demos argumentos para que eles subissem. Na segunda parte com algumas correcções, e apesar de não termos entrado bem, a qualidade técnica e a boa organização fez a diferença. Depois de eles perceberem que a jogar contra uma equipa que vinha disposta num 4x5x1, que nunca tinha acontecido, e eu alertei para esse facto, depois de alguns acertos, acabámos por criar algumas boas oportunidades para além dos golos e penso que esta vitória é justa.”

Esta equipa tem vitórias em todos os jogos efectuados. Qual é a receita para o sucesso?

“Já me perguntaram qual era a fórmula, mas não anda por fórmulas nem por receitas. Anda sim pela capacidade dos jogadores quererem aprender, evoluir, treinarem com a qualidade que treinam e perceberem que para estar neste clube tem de ser assim, treinar no máximo todos os dias para poderem evoluir e aprender para ficarem melhores jogadores. Nessas etapas, que nós estipulamos para estas idades, são fundamentais para a evolução deles, e toda essa evolução, juntamente com a qualidade deles, porque é como eu digo, para estar aqui não é qualquer um, e depois isto tudo junto, dá para que a equipa tenha este sucesso entre aspas de nunca ter perdido nem empatado, e digo a eles e a toda a gente, que é um sucesso pouco influente. O que me interessa é que eles evoluam como jogadores e voltando uns meses atrás, quando começou a época, e chegando hoje ao ponto que chegámos, o sucesso é precisamente eles serem melhores jogadores, estarem mais evoluídos técnica, táctica e fisicamente para que consigam fazer um percurso neste clube o mais longo possível”

Reportagem de André Sabino.