Iniciados A - Fase Final: Benfica 0-1 Boavista

Benfica 0-1 Boavista

Glorioso sem chama diz adeus ao título

Nacional de Iniciados
Fase Final
4ª Jornada


Local do jogo: Caixa Futebol Campus (Seixal)

Assistência: Cerca de 1200  pessoas.

BENFICA
Fábio Reis, Aurélio Silvério (Rui Silva, 47’), Tiago Ribeiro, Ruben Nunes, João Job, Marco Oliveira, Diogo Caramelo, José Graça (Tiago Romeira, int.), Nelson Cunha (Diogo Mateus, 54’), Ruben Pinto e Diogo Coelho.
Treinador: Bastos Lopes

BOAVISTA
Cavadas, João Viana, Bruno Valente, João Paulo, Alexandre, Miguel, Eduardo, Rafael, Ruben (Baptista, 67’), Kaby e Bruno Cunha (Roberto, 42’).
Treinador: Manuel Branco

Árbitro: Nuno Borba (Setúbal)
Árbitros assistentes: Mário Dionísio e João Lisboa.

Resultado ao intervalo: 0-0
Marcadores: Eduardo (45’)

Depois do positivo empate em Alcochete, os Iniciados A do Benfica receberam o Boavista para disputar a quarta jornada do Nacional de Iniciados. Seria um jogo extremamente decisivo para ambos os conjuntos, pois quem perdesse, ficava irremediavelmente afastado das contas do título.

O Benfica fez-se apresentar com a mesma equipa que iniciou o jogo na semana passada frente ao Sporting, com apenas uma alteração, saindo Rui Silva e entrando Diogo Caramelo para o seu lugar.

Numa primeira parte sem grandes ocasiões de golo, foi o Boavista que assustou pela primeira vez a baliza de Fábio Reis. Aos 8 minutos, Kaby de livre atirou forte mas Fábio Reis respondeu bem, encaixando o esférico.



O Benfica mostrou-se mais liberto a partir do quarto de hora e, com bons lances colectivos, ia chegando com perigo à baliza do Boavista. Aos 16 minutos, depois de uma jogada de entrosamento ofensivo, Diogo Caramelo primeiro e Nelson Cunha depois não conseguiram balançar as redes, encontrando pela frente o guardião “axadrezado” a responder a grande altura.

Os encarnados estavam a pressionar bem e Tiago Ribeiro, de livre, obrigou Cavadas a aplicar-se. A partir daqui, os jogadores encarnados acusaram demasiado a ansiedade de chegar ao golo, não conseguindo desenvolver lances da forma que desejavam.

Já perto do intervalo, José Graça ultrapassou um adversário com um bom drible e cruzou de forma bastante traiçoeira a pedir um desvio. Nem Diogo Caramelo nem Aurélio Silvério conseguiram o toque final.

Chegou-se assim ao intervalo com o Benfica a realizar dez minutos de boa qualidade, mas na maioria do tempo, a assistir-se a um futebol algo passivo de ambas as equipas, sem a criatividade necessária no seu futebol para alcançar o golo.



Tanta vez o cântaro foi à fonte que alguma vez haveria de lá ficar

Ao intervalo, o técnico Bastos Lopes colocou em campo Tiago Romeira para substituir José Graça.

O Benfica até começou bem, com Aurélio Silvério a rematar muito forte do meio da rua mas Cavadas defendeu bem. Um minuto depois, o Boavista intensificou a sua pressão e teria uma flagrante ocasião para marcar.

Depois de uma falha de Fábio Reis, Bruno Cunha com tudo para fazer o golo, falhou o alvo. Os “axadrezados” estavam com outra pedalada e pouco tempo depois, Kaby, de fora da área, rematou fortíssima ao ferro da baliza do Benfica.

O jogador do Boavista estava a mostrar pormenores extremamente interessantes e dois minutos volvidos, numa jogada de insistência, fabricou um lance que seria culminado em golo por Eduardo que só teve de desviar de Fábio Reis.



O Benfica sentiu o golo e tentou ir para cima do seu adversário, que em vantagem, geriu de forma defensiva o resultado, tentando em lances de contra-ataque ampliar a vantagem conquistada.

Os encarnados lutaram muito mas voltaram a mostrar falta de criatividade, factor já referenciado em outras partidas, para atingir com perigo as imediações da área adversária. Aos 56’, Ruben Pinto bateu um canto e Ruben Nunes, de cabeça, atirou ao lado.



O Boavista de contra-ataque criou imenso perigo quando dez minutos volvidos, Roberto, completamente isolado, rematou de forma displicente para fora. Já em cima do apito final, Kaby rematou de fora da área mas a bola saiu por cima.

O Benfica está assim afastado da luta pelo Campeonato Nacional, restando-lhe agora dois encontros frente a Sporting e Porto para tentar tirar algo de positivo desses dois encontros. O Boavista está na luta!



Análise

Depois de uma primeira fase de grande nível, os Iniciados realizaram uma segunda fase interessante, frente a adversários complicados, com resultados dignos de registo. A derrota caseira frente ao Porto na segunda jornada da fase final acabou por ser um balde de água fria para a equipa, que na semana passada realizou um bom jogo em Alcochete mas não teve a sorte e o engenho suficiente para conquistar os três pontos.

No dia de ontem sofreu uma derrota, que até poderia ter sido por números mais elevados, e que colocam o Benfica fora das contas do título. Esta equipa demonstra problemas ao nível da criatividade nos flancos.

Falta sem dúvida um criativo, um jogador rápido e estonteante. Esta equipa tem jogadores de valia considerável, sendo Ruben Pinto, José Graça e Diogo Coelhos os que em melhor nível se têm exibido nos desafios a “doer”.

Marco Oliveira, Ruben Nunes, Nelson Cunha e Tiago Ribeiro integram o lote de atletas que para o ano, se tudo correr dentro do previsto, devem ter lugar nas escolhas iniciais dos Juvenis B, reservando o futuro um possível lugar na equipa principal de Juvenis para alguns deles.

Em relação aos restantes, só temos de os apoiar pois têm a próxima temporada para mostrar todo o seu talento e potencial. Faltou a esta equipa maior regularidade exibicional nesta fase final, não conseguindo melhorar o seu nível qualitativo, o que obrigatoriamente teria de ter acontecido para conseguir vitórias nos jogos até ao momento disputados.



O Benfica acabou por perder um jogo (3-2 frente ao Porto) que complicou seriamente as contas. Ontem foi um dia não, a equipa despediu-se do título, mas certamente terão ainda muitas alegrias para nos oferecer no futuro.

Reportagem de André Sabino, Serbenfiquista.com.