«Jogar no Benfica é um sonho»

Nome Completo: Carlos Miguel Lopes Correia
Idade: 18 (1989-01-02)
Nacionalidade:  português
Peso: 67 kg
Altura: 180 cm
Posição: Avançado Ala



Carlos Correia, conhecido por "Carlitos", é um jogador ofensivo da equipa de Juniores do Benfica. Capaz de desempenhar qualquer posição ofensiva do meio-campo, actua também como jogador solto na frente de ataque. Talentoso, tem uma boa técnica individual e um excelente poder de finta. Sob as ordens do Departamento de Optimização do Rendimento Desportivo, elevou as suas capacidades não só técnicas, mas sobretudo físicas onde passou a ser bem mais forte nos despiques individuais.

Um jogador promissor, que este ano terá uma época decisiva rumo à sua afirmação no Sport Lisboa e Benfica.

Como começaste a jogar futebol?
Desde sempre que gostei de jogar futebol, mas jogava no ringue ou na rua com os meus amigos. Tinha um amigo que jogava no Amora Futebol Clube e que um dia – quando tinha 10 anos - me perguntou se eu queria ir com ele fazer uns treinos. E lá fui eu todo contente (risos).

Deixaste então a rua e dedicaste-te a algo mais sério. Como foram os primeiros tempos?
Os primeiros tempos foram complicados porque tinha de me habituar a respeitar posições e tácticas do treinador. Comecei por entrar para as escolas de formação onde apenas fiquei durante duas semanas tendo transitado para a competição, onde aí sim, já era mais a sério, digamos que um futebol com objectivos.

Afirmaste-te no clube?
Sim, tive uma afirmação rápida. Joguei três épocas no clube e marquei perto de 180 golos.

Saíste então para o Vitória de Setúbal. Foi uma opção pessoal, ou tiveste novo convite?
O meu mister do Amora, Luís Salvado, mudou-se para o Vitória de Setúbal e convidou-me para o acompanhar.

«O Benfica é um grande clube, o clube do coração»

Integraste-te bem no Vitória? Quais as principais diferenças relativamente ao Amora?
Ao início voltou a ser complicado. Ia sozinho e não conhecia ninguém, por vezes senti-me um pouco “posto” de parte. Mas ultrapassei as dificuldades e consegui novamente integrar-me bem. As grandes diferenças foram sobretudo as condições. De pelado para sintético muda muita coisa, e claro, também a dimensão do clube porque na altura o Vitória era um clube Europeu.

Em que altura surgiu o primeiro contacto do Benfica?
No último ano de Juvenil o Sr. Bruno Maruta ligou-me e perguntou-me se estava interessado em jogar no Benfica. Ao início até pensei que era alguém a brincar comigo (risos) … mas depois percebi que era a sério e fiquei contente com o interesse do Benfica. É um grande clube e para além do mais é o clube do coração, é complicado não ficar contente!

Vieste então para o Benfica. Novamente uma mudança de clube, novamente uma surpresa pelas diferenças encontradas?
Obviamente. Se do Amora para o Vitória de Setúbal já foi o que foi, então na altura foi ainda mais. As condições eram completamente diferentes, ainda para mais logo no ano de estreia do Centro de Estágio. Tudo praticamente perfeito.



«Era muito novo para ir para o Sporting»

Tiveste algum convite de outro clube até à entrada no Benfica?
Na altura em que ainda jogava no Amora fui convidado para ir para o Sporting mas tive de rejeitar. Era muito novo e para além disso o meu pai não queria que eu fosse sozinho para Lisboa.

Como correu a tua primeira época no Benfica? Correspondeu às expectativas?
A integração foi a mais fácil comparativamente à que tinha tido nos clubes anteriores, até porque já conhecia alguns jogadores. Em termos de jogo foi um pouco mais complicado porque até então estava habituado a ser sempre escolha e no Benfica isso não aconteceu, tendo de aproveitar todos os minutos em que surgia uma oportunidade. Mas foi bom, tínhamos uma equipa bastante competitiva e com muitos bons jogadores. Daí surgir a dificuldade de jogar com regularidade, mas no geral foi bom.

Entendes então que foi uma época positiva. O trabalho realizado com o Mister Bruno Lage correspondeu inteiramente aquilo que esperavas?
Não conhecia o Mister Bruno Lage, não tendo propriamente uma ideia do que seria o trabalho realizado. Mas foi um treinador com quem gostei muito de trabalhar porque mostrou sempre confiança em nós, jogadores, e sobretudo no colectivo. Integra-se no grupo como treinador e como amigo.

«Temos muito trabalho pela frente»

Quais as suas principais qualidades?
Como treinador analisa bem os jogadores que tem à disposição e coloca-os a jogar no local onde têm mais potencialidade. Incentiva quando é preciso, mas também é severo quando é necessário “acordar”. Dá bons conselhos.

A época apenas começou no Sábado mas já consegues avaliar o trabalho até agora realizado? Como tem sido o trabalho com o Mister João Alves?
Tem sido bom, a equipa tem correspondido ao que o Mister João Alves tem pedido. Trouxe métodos novos, porque nenhum treinador é igual e tem a mesma forma de trabalhar. Espero que os seus métodos dêem frutos para fazermos uma excelente campanha este ano. A época apenas começou no Sábado, temos ainda um longo caminho pela frente, o que significa muito trabalho.

Ser campeão é a principal meta...
É a meta que todos pensamos atingir. Temos de trabalhar para lá chegar.



«Jogar no Benfica é um sonho»

Quais os teus principais objectivos no futebol?
A curto prazo, claramente trabalhar para ser titular e conseguir oferecer utilidade à equipa. Isso inclui ser campeão. A longo prazo, poder tornar-me um jogador profissional e actuar num bom clube. Esse é o sonho de qualquer jogador.

Jogar a nível profissional no Benfica é para ti um sonho?
Claramente. Qualquer jogador que tenha o Benfica no coração, como eu tenho, tem esse sonho.

Quais as tuas ambições para os primeiros anos como Sénior? Esperas vingar imediatamente no Benfica?
Até lá chegar muita coisa pode acontecer mas tenho a perfeita consciência que vingar de imediato no Benfica é muito complicado. Se não tiver a sorte de o conseguir, espero encontrar nos primeiros tempos um bom clube onde possa jogar com regularidade e conseguir a experiência de Sénior. Parecendo que não, é um grande salto.

«Tento aprender com os que tiveram sucesso»

Como tem sido a tua vida até aqui? Tens encontrado dificuldades pelo caminho?
A partir do momento em que temos como objectivo ser jogador profissional e estamos num clube com a dimensão do Benfica temos de abdicar de muitas coisas. Quando assumimos este compromisso, temos de nos mentalizar que é assim que terá de ser. Se queremos atingir os objectivos propostos, é esse o caminho.

A tua família sempre acompanhou a tua carreira desportiva? Quem mais te acompanhou e quais os conselhos que te deu?
Sim, a minha família sempre esteve do meu lado e acompanha-me em todos os sentidos. Os conselhos que me dão são para tentar melhorar em tudo, sobretudo no que sou menos bom, e olhar para as pessoas que têm sucesso no futebol, seguindo o seu exemplo, tentando aprender com eles.

Qual a situação mais engraçada a que assististe na tua vida desportiva?
Foi no último ano de Juvenil em Setúbal em que muitos árbitros me chamavam o Liedson de Setúbal por ser franzino e jogar basicamente na mesma posição do jogador do Sporting. No final do jogo pediam-me sempre desculpa porque eu rematava logo: “Chamo-me Carlitos, não Liedson!” (risos).



Costumas visitar o Serbenfiquista, ou já tinhas conhecimento do mesmo? Como encaras o acompanhamento que é feito aos jogadores?
Só conheci o site no ano passado. Acho muito bom o acompanhamento que se faz dos jogadores e penso que é uma forma das pessoas conhecerem a equipa sem terem a oportunidade de a acompanhar. No entanto, recomendo a verem a equipa pessoalmente e a dar-nos o vosso apoio. Tirarão mais conclusões!

Para golo:

Sonho: Ser Profissional
Principal dificuldade: Mundo do futebol cada vez mais competitivo
Maior alegria: Ter vindo para o Benfica
Paixão: Família
Benfica: Grande não chega. ENORME GLORIOSO!
Futebol: Paixão (uma das razões de viver)
Ídolo: Ronaldo (Fenómeno), Mantorras e Jorge Andrade (primo)
Filme: De acção
Comida: Pizza

Entrevista realizada por André Sabino, Serbenfiquista.com.