Juvenis A: Benfica 2-0 CAC Pontinha

Benfica 2 – 0 CAC Pontinha
Pupilos do Exército
Árbitro: Nuno Vaz (Lisboa)

1. Fábio Pereira - 7
2. Tiago Ribeiro - 7
3. Ricardo Semedo - 6
4. André Campos - 6
5. Pedro Ferreira - 7
6. Roderick Miranda - 6
7. Toumany Sambú - 8
8. Ruben Pinto - 8
9. Nelson Oliveira - 6
10. Lassana Camará - 7
11. André Delfino - 6

14. Abdel Vieira - 6
16. Nelson Cunha - 6
17. Artur Lourenço - 6

Golos: Toumany Sambú (16’ e 37’).

Substituições: Artur Lourenço por Roderick Miranda (40’), Nelson Cunha por Nelson Oliveira (55’) e Abdel Vieira por Lassana Camará (63’).

Melhor em campo: Toumany Sambú

Manhã de sol nos Pupilos do Exército para receber a 13ª jornada do Nacional de Juvenis. O segundo classificado, Benfica, recebeu o sétimo CAC da Pontinha naquele que seria um jogo importante para os “encarnados” de forma a pressionar o Sporting que tinha uma complicada recepção ao quinto da prova, Estrela da Amadora (4-1 a favor dos “leões”).


Em cima, esq. para a dir.: Fábio Pereira, André Campos, Roderick Miranda, Pedro Ferreira, Nelson Oliveira e Tiago Ribeiro.
Em baixo, esq. para a dir.: Toumany Sambú, Ruben Pinto, Ricardo Semedo, Lassana Camará e André Delfino.


As “águias” apresentaram-se no seu habitual sistema de 4-3-3 com as principais novidades a recaírem sobre o tridente ofensivo, jogando Nelson Oliveira e Ruben Pinto nos flancos, num apoio próximo ao ponta-de-lança Toumany Sambú. O jogo era importante, as bancadas não faltaram à chamada e registou-se uma boa assistência para receber este desafio.

O Benfica entrou mais forte, com Tiago Ribeiro a cruzar largo para uma cabeçada de André Delfino que obrigou o guardião do CAC a estar atento para evitar o eventual perigo do lance ofensivo “encarnado”. A equipa visitante entrou algo apática, factor que o Benfica aproveitou para registar um maior ascendente nos minutos iniciais. Foi Toumany Sambú que aos 10 minutos cabeceou para defesa apertada do guardião visitante. Nelson Oliveira, no minuto seguinte, solto de marcação, atirou perto do travessão da baliza do CAC. Estavam dados mais do que avisos, pelo que ao minuto 16, os “encarnados” acabaram mesmo por se adiantar no marcador. Toumany Sambú foi bem lançado, ultrapassando com mestria o guarda-redes visitante e depois de temporizar, atirou sem hipótese para o abrir do placar.


Toumany Sambú

O CAC tentou reagir, sobretudo através de lances de bola parada ou de jogadas pelas laterais, onde o seu extremo, José Ferraz, assumia papel decisivo nos lances ofensivos dos amarelos. O Benfica baixou um pouco o ritmo, embora continuasse a exercer o controlo da partida. Ruben Pinto ia pegando na partida e dava outra vivacidade ao futebol atacante do Benfica. Deu o primeiro aviso num remate por cima depois de passe de Lassana Camará, efectuando aos 23’ um grande remate, ao poste contrário, obrigando o guardião Mário a lançar-se para a defesa da manhã.

O CAC não encontrava o antídoto para travar o criativo do Benfica e Ruben Pinto estava inspirado, quando aos 35 minutos, cruzou largo para André Delfino atirar um pouco ao lado. Não foi aos 35’, foi dois minutos volvidos que o Benfica aumentaria a vantagem. Novamente Ruben Pinto, pela direita, efectuou um belo cruzamento para uma cabeçada triunfal de Toumany Sambú que elevou a contagem.

Segunda metade com pouca qualidade


Tiago Ribeiro

Quem esperava mais golos, saiu desiludido desta segunda parte. O Benfica baixou o ritmo, estava com dificuldade em ligar sectores e os visitantes acabaram por se galvanizar, conseguindo controlar a partida. No entanto, eram os “encarnados” quem conseguiam criar efectivo perigo. André Delfino trabalhou bem no flanco esquerdo, cruzando para André Campos que em excelente posição cabeceou muito perto do poste.

No minuto seguinte, Nelson Oliveira tentou o chapéu, mas errou na trajectória. Os visitantes realizaram uma boa segunda metade e foram mesmo os jogadores do CAC quem criaram boas oportunidades para facturar. Fábio Pereira ia-se exibindo a bom nível e não permitia o golo, como ficou bem patente aos 52’ numa bela intervenção a um remate cruzado.


Ruben Pinto

O Benfica não conseguia reagir, apresentava-se com pouca criatividade para penetrar no último reduto do CAC e apenas a espaços, ou em contra-ataques – como aconteceu com Nelson Cunha já a caminhar para o final da partida – o perigo voltava a rondar as redes do Cultural.

Foi sem surpresa que o resultado não mais seria alterado e a partida terminasse com o resultado fixado na primeira metade. O nulo no segundo tempo penalizou uma etapa complementador com pouca inspiração por parte dos “encarnados” na segunda metade onde não conseguiram por em prática tudo aquilo que são as suas capacidades.

Apreciação Individual:

Fábio Pereira (7) – Teve apenas uma falha durante todo o encontro, já a caminhar para o final do jogo, onde ficou demasiado tempo com o esférico na sua posse dentro da grande área. De resto, uma exibição sem falhas, sem muito trabalho, é verdade, mas, sempre que chamado a intervir, não desiludiu e rubricou mais uma boa exibição.

Tiago Ribeiro (7) – Teve pela frente, na primeira metade, o melhor jogador do CAC o que o obrigou a fixar-se mais no sector defensivo. Subiu de produção na segunda parte, a dinamizar bem o flanco, ora com boas combinações, ou com bons cruzamentos.

André Campos (6) – Assustou já a terminar o desafio quando num lance dividido saiu magoado. Realizou uma exibição sem grande trabalho, mostrando-se acertado na maioria dos lances que abordou.

Ricardo Semedo (6) – Boa exibição. Esteve muito seguro a defender, com boas intervenções, mas pode fazer melhor quando tem de sair a jogar.

Pedro Ferreira (7) – Boa surpresa à esquerda. Fez o que se lhe pediu, esteve exemplar a defender e interventivo q.b. a atacar.

Roderick Miranda (6) – Esteve bem no capítulo do passe, mas algo lento nas transições de jogo. Saiu ao intervalo.


Fábio Pereira

Toumany Sambú (8) – Melhor em campo. Temível a finalizar, hoje voltou a mostrar o porquê de ser, há dois anos consecutivos, um finalizador nato das equipas de Juvenis do Benfica. Grande instinto de baliza, estava na zona certa, na altura certa, para dar dois golos e uma vitória ao Benfica!

Ruben Pinto (8) – Primeira parte de muita qualidade. Sempre forte, ora sobre a esquerda ou sobre a direita, mostrou-se muito forte na criatividade que ofereceu ao ataque do Benfica. É certo que caiu um pouco na segunda parte, talvez por isso a equipa tenha tido um pouco mais de dificuldade em jogar bom futebol. Bom jogo!

Nelson Oliveira (6) – Não foi o Nelson de outros encontros. Apesar da velocidade, não esteve tão seguro a finalizar, tendo algumas dificuldades para fazer as diagonais que tanto gosta. Melhores jogos certamente virão!

Lassana Camará (7) – Primeira parte desinspirada. Esteve sem a clarividência que habituou os adeptos, mas quando soltou o seu futebol, foi sempre temível para a defensiva do Cultural. Não sabe jogar mal e mais uma vez comprovou-o.

André Delfino (6) – Boa exibição, a espaços, embora tenha caído um pouco de produção no segundo tempo. De qualquer forma, é sempre um elemento importante na estrutura.

Suplentes:

Abdel Vieira (6) – Veio dar mais força ao meio-campo, na altura do tudo por tudo do Cultural. Simples de processos, não claudicou.

Nelson Cunha (6) – Teve pouco jogo, tendo lutado muito entre a defensiva do CAC.

Artur Lourenço (6) – Jogou toda a segunda metade, mas raramente conseguiu soltar o seu futebol.

Flash-Interview com o técnico João Couto:

"Não jogámos bem. Na primeira parte tivémos alguns apontamentos interessantes, os golos foram interessantes, fizémos algumas boas jogadas. Na segunda parte não tivémos ideias mas vamos tentar corrigir."

O que pode ajudar a equipa a melhorar?

"Temos de ter calma. Procurar organizar o jogo e colocar no processo de jogo aquilo que treinamos. Estamos a treinar coisas simples e é isso que pretendemos fazer. Foi um mau jogo, e esperamos melhorar!"

Reportagem de André Sabino, Serbenfiquista.com.