Miguel: «Fiquei contente por saber que o treinador contava comigo»

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Como é habitual após os treinos, dois jogadores deslocam-se à sala de imprensa improvisada no hotel Monte Castillo, em Jerez de La Frontera, localidade espanhola, onde a equipa do Benfica se encontra a estagiar até à próxima quarta-feira. Esta manhã, foi a vez do estreante Alex e do agora defesa-direito, Miguel.

Apesar de se tornar já cansadtivo, o tema da braçadeira continua a marcar presença nas conversas entre jogadores e jornalistas. Miguel não fugiu à regra e afirmou que «rer capitão é uma responsabilidade muito grande. Não digo que não esteja preparado mas não me fascina neste momento ser capitão. Tenho outras metas.»

Miguel abordou o tema abertamente e explicou a decisão dos jogadores em mudar os métodos de eleição. «Nos últimos dois anos mudaram o sistema e foi o treinador ou a Direcção a escolher o capitão. Este ano achámos por bem, não quer dizer que o Simão e o Drulovic tenham desempenhado mal as funções, que deveríamos ser nós jogadores a escolher o capitão e foi o que se passou.»

Apesar deste tema continuar a fazer capa nos jornais, o jovem jogador lembra que este é um tema encerrado para o plantel. «Penso que isso já passou, que as pessoas estão mais calmas e já encararam as coisas da melhor maneira. As pessoas começaram a encarar as coisas de outra maneira e se calhar a pensar mais no grupo do que neles próprios. O Simão desde que na época passada desempenhou o papel de capitão fê-lo bem, tanto dentro de campo como fora, mas penso que se calhar o passado contou um pouco. O passado do Hélder no clube e por ser um dos mais velhos do grupo pesou um pouco na decisão.»

Miguel desvaloriza então, a problemática originada em redor deste tema e «Penso que o Simão, pela pessoa que é, vai aceitar o cargo de sub-capitão e as coisas vão para a frente.»

A cerca de um ano de terminar contrato com o Benfica, Miguel pensa que «depois do estágio as coisas se vão resolver. Está tudo bem encaminhado», diz o internacional português sobre a prorrogação do vínculo aos encarnados.

Quanto aos clubes apontados no defeso, como possíveis clubes para onde iria jogar, o camisola 23 do clube da Luz lembra que passou ao lado porque sente-se bem no Benfica. «A minha intenção é ficar no Benfica. Estou num grande clube. Eu e a minha família somos de Lisboa e tudo isso é suficiente para querer continuar no Benfica. Fiquei contente por saber que o treinador contava comigo e que queria que eu continuasse no clube. Isso fez com que eu tenha mais vontade de lhe agradecer dentro de campo.»

O facto de actualmente ser um dos jogadores mais antigos do clube da Luz, já foi mesmo um dos temas de conversa entre o plantel. «Há dois dias estávamos a almoçar e a conversar, eu e o Carlitos, e olhámos à volta. Só estamos nós e o Bossio. Desde que entrei para o Benfica somos os únicos que restamos. O clube achou que era melhor trazer jogadores novos e que nós devíamos continuar e isso é bom.»

Para já reforços só um, chama-se Alex e veio do Moreirense. Miguel deseja boa sorte ao seu novo companheiro: «O Alex é um jogador jovem que fez um bom campeonato e integrou-se bem no grupo. Espero que ele venha a sentir a camisola do Benfica, pois quando ele o sentir será uma coisa muito forte. A dada altura da época eu e o Geovanni já nos entendíamos perfeitamente e já sabiam-mos os movimentos um do outro. Isso facilitou. Agora está aqui o Alex, que é um novo extremo-direito, e espero que tanto um como o outro nos entendamos dentro que campo.»

A finalizar, o jovem jogador assumiu-se defenitivamente como um novo defesa-direito. «Posso-me considerar definitivamente um defesa-direito», diz o internacional português que se habituou bem ao lugar e que só pensa em fazer melhor.

«A minha intenção é cada vez dar mais e mais. Espero que este ano consiga fazer igual ou melhor que na época passada. Estou-me a preparar para isso e quando começar espero estar em condições para arrancar para uma boa época. Foi uma aposta de um treinador que, infelizmente, já não está cá, mas o mister Camacho achou que devia dar continuidade e eu também gostei da posição. Achámos que seria bom continuar nessa posição e até agora tem-me agradado imenso. Não só porque na época passada ter feito vários jogos como titular mas também porque é novo e dá-me uma certa liberdade. Quando subo sinto-me mais à vontade», diz.

O camisola 23 das águias adaptou-se às novas funções e já tem referências: «Neste momento há poucos mas posso dizer dois nomes. Cafu e o outro, que é meu colega de selecção e da minha idade, que é o Paulo Ferreira. Ele tem algum tempo a mais nessa posição e gosto de ver a maneira dele jogar. É muito regular.»

Mudou de posição mas não vai mudar o número da camisola: «Sempre fui o 23 e na brincadeira os meus colegas diziam que era o Michel Jordan, agora o Beckham tem o 23 e também vou continuar.»

Declarações recolhidas pelo MaisFutebol.iol.pt