Nós só queremos Benfica campeão!

Sem categoria

O Benfica deslocou-se ao Freixieiro, num pavilhão lotado mas sem condições nenhumas, com um calor abrasador e as pessoas “à molhada na bancada”, num jogo em que encontrou um adversário a jogar com 7, pois os Srs. José Ramos e António Teixeira protagonizaram aquele que ficará conhecido como um dos maiores roubos do futsal português. Como se não bastasse, o treinador da casa e respectiva família estiveram em destaque pela negativa, ao envolverem-se em conflitos com adeptos do Benfica. Em suma, um Benfica categórico num jogo num pavilhão sem categoria, com árbitros sem categoria, e com um treinador adversário sem categoria. Mas falemos de futsal...

Início arrasador esbarra em Toni

Começando com Bebé, Gonçalo, Zé Maria, Costinha e Ricardinho, o Benfica cedo se apresentou como a grande equipa do jogo, sempre à procura do golo. Nos primeiros minutos, o Benfica viu o golo ser negado por Toni (como pesa menos a camisola do Freixieiro...), primeiro num remate de Gonçalo Alves, depois numa jogada de ressalto na área dos visitados. Do outro lado, Bebé começava o seu espectáculo pessoal, que seria interrompido aos 6 minutos, quando o Freixieiro chegou ao golo, através de Dan-Dan, que teve um minuto em campo completamente arrasador, criou muito perigo e marcou num ressalto a um remate do próprio. Na jogada anterior, Ivan tinha rematado de longe à barra.

O empate surge... à 7ªfalta!

Com as equipas rapidamente a ficarem com 4 faltas (algumas delas completamente absurdas e só vistas pelos 4 olhos da “dupla de arbitragem”), o Benfica podia ter chegado ao golo num livre estudado, mas Israel tirou a bola sobre a linha de golo. E numa altura em que o Benfica tinha a bola nos pés e o speaker do Pavilhão gritava Freixieiro, Freixieiro, tanto berrou que o Freixieiro fez a 5ªfalta, com apenas 11 minutos de jogo. Pouco depois, André Lima foi ceifado por Ivan, e aquela que seria 6ªfalta (e livre 10 metros para o Benfica), virou cartão amarelo a André (que viria a ser decisivo mais tarde) por simulação de falta. Não satisfeito, o Freixieiro fez nova falta, desta vez marcada. Estrela saltou do banco para marcar de forma brilhante o 1-1. Não tremeu o jogador do Benfica, isto sem antes o árbitro ter feito mais um número de circo ao amarelar Gonçalo e Wilson, insatisfeito com o seu posicionamento no livre. Realmente inacreditável esta nomeação do CA da FPF, continua ano após ano a cometer as mesmas barbaridades.

Mar e mar, há ir e... marcar!

Nos minutos seguintes só deu Benfica, mas a lucidez ofensiva não imperou, valendo-se por isso o Benfica do contra-ataque: a 2 minutos do intervalo, Ivan quis inventar quando era o último homem, Zé Maria ganhou no corpo a corpo, Ricardinho roubou a bola e seguiu disparado, entregando a bola a Sidnei para o 1-2. Até ao intervalo, 3 boas oportunidades: 1º Estrela atirou ao lado novo livre de 10 metros, 2º André falhou por pouco o golo numa emenda a um remate de Gonçalo e por último Ivan atirou um livre de 10 metros ao lado.

6 minutos de apagão


Os primeiros 6 minutos da 2ªparte foram de pesadelo para o Benfica. Completamente encostado à sua defensiva, viu o Freixieiro criar muito perigo. Wilson teve mesmo 2 grandes oportunidades de golo, mas a bola não entrou, caprichosamente. Israel também esteve perto do golo, mas Bebé opôs-se de forma brilhante, segurando o Benfica nestes minutos. Neste período também, os árbitos puseram o Benfica com 4 faltas, 2 delas inexistentes, sendo uma delas hilariantes, quando Amandus foi atropelado (para derrubar o gigante, só de atropelo!) e a falta foi marcada... a Amandus!

O mágico chama-se Ricardinho

E eis que Ricardinho tira o Benfica do “aperto”. Aos 27 minutos, num lance brilhante, surge de costas para a baliza isolado por um passe longo de um companheiro. Com um subtil toque de calcanhar, deixou Toni pregado no chão e fez golo. Não satisfeito, no recomeço da partida, após André Lima ter ganho a bola no ataque, entregou a Ricardinho, que em vez de fazer a assistência para André, atirou sem olhar para a baliza, deixando mais uma vez Toni pregado, fazendo o 1-4, que deixava o Benfica muito seguro de si.

Defender 5 para 7, 4 para 7...


Depois do 1-4, surgiu o “natural”: 5ªfalta do Benfica. Baixando a pressão, o Benfica passou a criar perigo no contra-ataque e Amandus ameaçou o golo num remate forte que passou ao lado. Aos 31 minutos, a 6ªfalta, com Bebé a levar a melhor sobre Ivan de forma brilhante (para não variar). Pouco depois, André Lima caiu na área do Freixieiro, num lance em foi tocado pelo pé do guarda-redes do Freixieiro, isto apesar de já ter um ângulo apertado para o golo. Em vez de penalty, o árbitro marcou simulação e expulsou André, que viu assim 2 amarelos por simulações que não o foram e está fora do jogo da próxima semana. Os 2 minutos de inferioridade numérica foram uma demonstração de classe de Bebé, Zé Maria, Costinha e Sidnei, ou uma demonstração de falta de classe do adversário, dependendo do prisma de quem vê a partida...

Minutos finais

Foi já com o Benfica recomposto, que o Freixieiro criou mais perigo, com Júlio César a atirar ao poste, e com mais um livre de 10 metros, com desta vez a ser Israel a perder o duelo contra o gigante Bebé. O culminar da insistência dos locais seria o 2-4, a 5 minutos do fim, numa combinação brilhante de Wilson com um companheiro na ala, para finalizar no coração da área, sem oposição. Até ao final, a toada seria insistência do Freixieiro, mas só Wilson e Israel mostravam argumentos para desequilibrar. À entrada do derradeiro minuto, Ricardinho recebeu (mais um) passe longo, isolou-se pela direita, chamou o guarda-redes para si e entregou a Costinha, que de baliza escancarada confirmou o 2-5. Talvez demasiado entusiasmado, o mesmo Costinha facilitou na jogada seguinte, onde deixou que Israel levasse o seu genial trabalho individual até ao golo, o 3-5 final.

Confusão fora de horas

Após o fim do jogo, com vitória justíssima e muito difícil do Benfica, desenvolveram-se cenas lamentáveis na bancada, com a família directa do treinador do Freixieiro a funcionar como “rastilho” para uma confusão que terminou com a agressão de 7 agentes da autoridade a um adepto do Benfica, que acabou detido.

Miguel Almeida regressa ao Benfica


Entretanto, os sites oficiais do Playas de Castellón e da LNFS, confirmaram nesta sexta-feira, a rescisão amigável do contrato de Miguel Almeida com o clube espanhol e apontam ainda que o jogador está de regresso ao Benfica, de onde saiu em Janeiro de 2006.

Ficha de jogo

Play-Off do Campeonato Nacional da 1ªDivisão – Meias-Finais, 1ºjogo
AR FREIXIEIRO 3 – 5 SL BENFICA (1-2 ao intervalo)
Pavilhão do “Choradinho”, Perafita, cerca de 1000 espectadores (a abarrotar)
Artistas de circo: José Ramos e António Teixeira

Freixieiro: Toni; Ivan (cap), Israel (1), Miguel Mota e Wilson (1). Dan-Dan (1), Júlio César e Ricardo.
Não jogaram: Roque; Passarinho e Paulinho.
Cabeçudo: Joaquim Brito

Benfica: Bebé; Gonçalo Alves, Zé Maria, Costinha (1) e Ricardinho (2). Amandus, André Lima (cap), Estrela (1) e Sidnei (1).
Não jogaram: Zé Carlos; João Marçal e Jony.
Treinador: Nélito (por castigo de Adil Amarante)

Disciplina: Cartões amarelos a Ivan, Wilson e Ricardo; Ricardinho, Gonçalo Alves, André Lima (2), Amandus, Bebé e Estrela. Cartão vermelho a André Lima

Marcha do marcador: 1-0 Dan-Dan (6’); 1-1 Estrela (12’, 10 metros); 1-2 Sidnei (18’); 1-3 Ricardinho (27’); 1-4 Ricardinho (28’); 2-4 Wilson (35’); 2-5 Costinha (39’); 3-5 Israel (39’).