Relatorio e Contas aprovadas em Assembleia Geral

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Comunicado retirado na íntegra do «site» oficial do clube

Os sócios do Benfica aprovaram esta quinta-feira, em Assembleia Geral Ordinária, por larga maioria (2800 votos a favor, 105 contra e 28 abstenções), o Relatório da Gestão e as Contas do exercício de 2003/2004, bem como o Parecer do Conselho Fiscal. Relativamente à proposta apresentada por um grupo de associados, admitida à discussão na reunião da Assembleia-Geral de 9 de Julho de 2004 e aceite pela Direcção, que tinha por objecto a instauração de processos disciplinares e/ou de inquérito ao antigo presidente João Vale e Azevedo e aos restantes órgãos sociais do Clube que integraram o mandato do triénio 1997- 2000, os associados, após proposta avançada pela Direcção, aprovaram apenas a aplicação de um processo disciplinar a Vale e Azevedo.


O relatório e contas da época desportiva 2003/04 apresenta um resultado negativo de 2.573.862 de euros, um valor, ainda assim, que ficou em menos de metade do saldo desfavorável do exercício anterior. A anterior Direcção do Benfica previa que o exercício fechasse com um lucro de 98.000 euros, mas tal não foi possível porque, segundo explicou o vice-presidente Rui Cunha, houve três processos distintos, todos relacionados com o futebol, que contribuíram para o agravamento do resultado: os custos referentes ao processo da Olivesportos, na ordem dos 1,266 milhões de euros, a indemnização ao Belenenses no valor de 700.000 euros no âmbito da transferência de Paulo Madeira e a provisão constituída para o processo com o antigo jogador de futebol Paulo Nunes, no montante de 666.700 euros. “Este não é o resultado que gostaríamos de apresentar mas é o resultado possível”, frisou Rui Cunha.

Antes da intervenção do vice-presidente, Luís Filipe Vieira fez o uso da palavra, perante 257 associados, para fazer o primeiro balanço do projecto de desenvolvimento concebido pela nova Direcção do Sport Lisboa e Benfica, o qual foi iniciado há quatro anos sob a Direcção do anterior Presidente Manuel Vilarinho. Depois de ter referido que a principal preocupação da Direcção a que preside, na fase inicial do seu mandato, “foi arrumar definitivamente a casa para rectificar um passado de má memória que tantos prejuízos causou ao clube em termos financeiros, desportivos e, sobretudo, de credibilidade”, Luís Filipe Vieira falou de um conjunto assinalável de êxitos verificados nos primeiros 12 meses da actual Direcção, alguns dos quais constituem já marcos históricos na vida do Clube.

Naturalmente a construção do novo estádio mereceu um destaque especial do presidente. “É uma obra que ao longo das próximas décadas irá provocar um enorme orgulho em todos os portugueses. É um exemplo máximo da grandeza do clube”, salientou. Prosseguindo na área do património, Luis Filipe Vieira também fez naturalmente referência aos dois novos e modernos pavilhões, à inauguração do complexo das piscinas e ao futuro centro de estágio no Seixal que, segundo realçou, será uma “peça fundamental na consolidação do futebol do Benfica”. O Presidente perspectiva que esta magnífica obra esteja concluída no decorrer do ano de 2005. Outra infra-estrutura que vai ser motivo de orgulho para a «família benfiquista» é o Museu do Benfica que, conforme garantiu Luís Filipe Vieira, vai ser “moderno, interactivo, funcional e servirá para retractar todos aqueles que contribuíram para a história gloriosa do Benfica”.



Relativamente aos êxitos na vertente económico-financeira, o líder da Direcção referiu que houve uma melhoria dos resultados correntes e líquidos, com os primeiros a registarem uma evolução favorável de 67 por cento e os segundos com uma melhoria superior a 50 por cento. Perante estes dados, e apesar de os resultados serem ainda negativos, Luís Filipe Vieira acredita que a “previsão de um resultado positivo para 2004/05 é exequível”. “Se não fossem as surpresas desagradáveis que encontrámos no clube quando chegámos, teríamos já neste exercício encontrado resultados positivos”, acrescentou.

No caminho certo

A área jurídica também mereceu uma referência positiva por parte do Presidente que destacou a “redução substancial do número de processos litigiosos, através da obtenção de acordos com os credores”. Em relação à parte desportiva, foi realçada a profissionalização do sector da formação, com Luís Filipe Vieira a salientar que a entrada de António Carraça foi um “marco importante”. Como não podia deixar de ser a vitória na Taça de Portugal foi igualmente destacada. “Já demos uma primeira alegria ao conquistarmos a Taça e Portugal, a primeira de muitas vitórias que espero até ao final do mandato. Assumimos que queremos ser campeões já esta época apesar de condicionalismos como por exemplo o que aconteceu nas últimas três jornadas. Estamos no bom caminho, mas há que enfrentar adversários que têm armas que não consideramos certas. Temos de estar unidos e atentos”, realçou.

Quantos às modalidades do clube, o responsável máximo do Benfica referiu que as mesmas “tendem, cada vez mais, a imporem-se no panorama desportivo nacional”. A este propósito, Luís Filipe Vieira apelou aos sócios para aderirem, em massa, à quota suplementar para as modalidades para que o Benfica reforce o nível competitivo das suas mais diferentes equipas.

A seguir, o nosso Presidente mencionou as próximas etapas no âmbito da estratégia delineada pela Direcção, tendo referido o novo cartão do Benfica (“os sócios receberão brevemente um impresso que lhe permitirá aderir ao cartão, o qual facultará um conjunto de regalias aos seus utilizadores”), a nova campanha de angariação de sócios, o novo jornal do Benfica (vai apresentar um conteúdo gráfico e editorial mais atractivo e deixará de ser uma fonte de prejuízo do clube) e a informatização das Casas do Benfica.

Perante todo este quadro, Luís Filipe Vieira não tem dúvidas que o Benfica está no caminho certo. “A credibilidade e a honra voltaram a estar na ordem do dia. O Benfica tem cumprido escrupulosamente com todas as suas obrigações fiscais, não temos ordenados em atrasos e honra os seus compromissos com os seus parceiros.
Nunca como agora estiveram criadas condições tão boas para voltarmos a colocar o nosso Clube como expoente máximo a nível nacional e mesmo em primeiro plano a nível internacional”.


Quanto ao segundo ponto em discussão na ordem de trabalhos, os sócios do Benfica aprovaram, também por larga maioria (2394 votos a favor, 1592 contra e 19 abstenções), a instauração de um processo disciplinar a Vale e Azevedo (sócio nº10375) e anular os processos de inquéritos aos restantes membros dos órgãos sociais, cujos nomes baixo indicamos:

- José Manuel Capristano dos Santos – 2747
- António Manuel Sala Mira Gomes – 12771
- José Manuel de Sousa Antunes – 6721
- Pedro Manuel de Resende Mendes Pinto – 10663
- Cândido Amílcar Madeira Bonifácio Gouveia – 23030
- Hélder José Gomes Mendes – 2068
- Gabriel Francisco Dias - 6203
- Francisco Manuel Duarte Gama Castanheira – 9785
- José Manuel de Macedo Leal – 7091
- José António Paiva Novo – 5385/1
- André Viana Roman Navarro – 2765
- Romão Rosa da Cruz – 7959
- Alexandre José de Canêdo Correia Leal - 8131


Fonte: slbenfica.pt