Filme do jogo:
Alicerçado na sua enorme e entusiástica falange de apoio, o SL Benfica ganhou cedo um ligeiro ascendente (4-1), que lhe permitiu atingir o primeiro tempo técnico com uma vantagem de quatro pontos (8-4). Os lisboetas conseguiriam segurar essa vantagem até bem para lá de metade do set (18-14), através de um serviço agressivo e de um ataque rápido, as principais armas da equipa do Prof. José Jardim.
O Castelo da Maia Soneres conseguiu aproximar-se (16-18) e reduzir a distância para um ponto apenas (19-20 e 20-21). Um serviço directo de Luís Sousa equilibrou a contenda, mas o forte ataque de Marcílio Silva voltou a dar vantagem ao SL Benfica (23-21). Nova igualdade aos 23 pontos, novamente desfeita por Marcílio, autor de 7 pontos no ataque no primeiro parcial.
O SL Benfica não perderia mais a liderança do «score», tendo André Lopes fechado o set com um remate à linha que possibilitou o 25-23.
No segundo set, o SL Benfica voltou a entrar melhor (5-3), mas os maiatos igualaram aos 6 pontos por intermédio do capitão Nélson Brízida e colocaram-se pela primeira vez em vantagem (8-7) mercê de um bloco que anulou completamente o ataque de Lukianetz.
O Castelo cresceu (15-12 e 16-14) e desorientou momentaneamente o seu adversário, que, no entanto, conseguiu igualar (16-16) com um serviço directo do distribuidor Joel Perosa.
O equilíbrio manteve-se e os nervos fizeram com que houvesse uma série de três serviços falhados, dois para o Benfica e um para o Castelo. Aos 22-22, um ataque de Marcílio Silva, neutralizado com eficácia pelo bloco dos maiatos, permitiu o 23-22, anulado com um ataque de Lukianetz (23-23). Uma falta (invasão da área de jogo) do Castelo originou o 24-23 favorável ao Benfica, prontamente anulado pelo side-out do Castelo. Lukianetz fez o 25-24 e Castaldelli respondeu com o 25-25. Marcílio Silva fechou o set com um amorti e um remate indefensável. Mais emotivo era difícil...
O terceiro set foi muito diferente. O Castelo entrou completamente imparável e chegou aos 5-0. O Benfica reagiu e aproveitando a má recepção dos maiatos aos serviços de Carlos Fidalgo chegou aos 3-5. Um serviço directo de Marcílio Silva permitiu manter essa distância (5-7) e a igualdade aos 11 pontos voltou a equilibrar as forças, embora os benfiquistas conseguissem atingir o segundo tempo técnico em vantagem (16-15). Um remate de Lukianetz, que o bloco maiato não conseguiu suster, fez o 19-17 para o Benfica, mas a reacção do Castelo igualou aos 19 pontos. Carlos Fidalgo fez o 21-20 e Marcílio – sempre ele – o 22-20, Castaldelli o 22-21 e André Lopes o 23-21. Castaldelli deu novo fôlego à sua equipa (23-22), mas o serviço falhado de Oton França colocou o Benfica na hipótese de fechar o set. Marcílio, quem mais? Fechou o set com o 25.º da sua equipa... e o seu 22.º ponto no jogo.
Prof. José Jardim, Treinador do SL Benfica:
“Tivemos muitas dificuldades ao longo da época, com muitas lesões, como a do Joel Perosa, que se lesionou, reapareceu nos últimos jogos, lesionou-se novamente e não treinou mais até esta final, mostrando todo o seu profissionalismo. Nunca deixámos de ser o Benfica, lutámos sempre pelos nossos objectivos, que passam pela vitória. Não o conseguimos no campeonato, mas nos dois jogos com o Vitória lutámos sempre e estivemos em grande nível“.
Prof. Paulo Cunha, treinador do Castelo da Maia Soneres:
“Perdemos nos detalhes. Faltou-nos uma pontinha de sorte, que o Benfica acabou por ter. Se o ambiente pesou? Não. Nós gostamos de jogar em pavilhões assim, cheios de público”.
Ficha do jogo
Benfica: Joel Perosa (1), André Lukianetz (8), Carlos Fidalgo (5), Marcílio Silva (22), André Lopes (15) e Aurélio Silva (5). Carlos Teixeira (líbero). Pedro Fiúza e Marco Ferreira.
Não jogaram: André Cabacinha e João Vicente.
Treinador: José Jardim
Castêlo: Luís Sousa (2), Nélson Brízida (15), Oton França (1), Rogério Castaldelli (11), Lee Montgomery (6) e Fábio Jardel (10); João Coelho (líbero). Jeremy King (1), Pedro Sousa e Rui Santos (4).
Não jogaram: Josh Muise e Nuno Pereira.
Treinador: Paulo Cunha
Numa época difícil e com muitas contrariedades (João Dias foi suspenso por 4 jogos uma semana antes da final da Taça devido aos acontecimentos de Guimarães), o Benfica teve muito crer e conquistou uma brilhante vitória. O Benfica jogou com muitos atletas com mazelas, mas lá dentro nada doeu, só mesmo o suor até à vitória. Bravo rapazes!
Vitória dedicada a Dudu, a Luís Filipe Vieira e a todos os benfiquistas que nunca deixaram de acreditar na equipa de voleibol.
Obrigado muito grande a José Jardim, por tudo o que representa para os benfiquistas!
PARABÉNS BENFICA!!!