U.Leiria 0–3 S.L. Benfica: Vitória alegre na Marinha Grande

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O Benfica partiu para esta partida com um único pensamento: a vitória! Depois do empate cedido na jornada anterior, diante o Moreirense no Estádio da Luz, Camacho pediu ânimo aos seus jogadores, dado que para o técnico espanhol, a sua equipa jogava sem alegria. Assim, os jogadores entraram em campo este sábado com vontade de dar uma resposta às pretensões de Camacho e claro está, dos adeptos que tanto desejam vitórias para um acesso à Liga dos Campeões.

Camacho colocou então em campo Moreira na baliza; Ricardo Rocha, Hélder, Argel e Miguel na defesa; Simão Sabrosa, Tiago, Petit e Geovanni no meio-campo, e Nuno Gomes na frente do ataque apoiado pelo esloveno Zahovic que parece estar de volta às boas exibições.

1ª Parte: Alegria benfiquista deixa o Leiria «KO»

A equipa do Benfica iniciou a partida determinada a arrancar três pontos e a apagar a má imagem deixada na última jornada diante o Moreirense. Os adeptos presentes no Estádio Municipal da Marinha Grande – casa emprestada da U. Leiria – viam aos poucos o Benfica tomar conta da partida e quer Tiago, quer Simão Sabrosa ou até mesmo Zahovic iam aos poucos furando a defensiva da equipa da «casa».

Aos 14 minutos de jogo, já o Benfica inaugurava o marcador, através de uma excelente jogada de entendimento ao primeiro toque entre Zahovic e Nuno Gomes. O esloveno aparece no eixo da defesa adversária e coloca de calcanhar para Nuno Gomes que após tirar o adversário da frente coloca a bola no fundo das redes de Costinha. Estava feito o 1-0 e para o Benfica.

Nesta primeira parte só dava mesmo Benfica e aos 22 minutos Nuno Gomes faz um passe de morte para Geovanni que atira por cima da barra isolado na área. Podia ter sido o 2-0 para a turma da Luz que mostrava futebol espectáculo como à muito se pedia. Geovanni voltaria a estar de novo em destaque aos 38 minutos após um remate de longe, mas muito ao lado da baliza de Costinha.

Só aos 42 minutos de jogo é que o Leira criou perigo para a baliza de Moreira, mas Miguel "in-extremis" intercepta o lance impedindo a progressão de Douala na área. A equipa da Luz mostrava então que para além de estar a atacar bem, defendia com cabeça e sem hesitações. O jogo «encarnado» era estudado e praticamente ao primeiro toque.

Já bem perto do intervalo a equipa da Luz iria carimbar mais um golo na baliza de Costinha. Aos 44 minutos, o defesa Ricardo Rocha recebe na ala esquerda a bola e domina preparando-a para o centro para o coração da área onde Tiago aparece de cabeça para dilatar a vantagem para 2-0. De facto até começam a escassear as palavras para descrever a espectacular exibição da equipa lisboeta. Geovanni, Simão Sabrosa, Zahovic, Nuno Gomes, etc... tantos nomes candidatos a melhor elemento «encarnado» em campo.

Ao contrário de outras partidas anteriores, este sábado não se recomendava substituições ao intervalo e Camacho colocou de facto, em campo para o segundo tempo os mesmos jogadores.

2ª Parte: Exibição exemplar dá três pontos à equipa da Luz...

A vontade dos jogadores no regresso para a segunda parte era exactamente a mesma do primeiro tempo e o Benfica entrou mais uma vez impondo-se perante um Leiria que à partida estava demasiado confiante de que tinha pela frente um Benfica fragilizado e sem ânimo, factos estes que se vieram a provar contrariamente. Dentro das quatro linhas só dava Benfica e o árbitro que também esteve muito bem nesta partida. Não mostrou um único cartão durante toda a partida.

O Benfica pressionava o Leira e os homens da cidade do Liz não tinham mãos a medir para tantos ataques «encarnados» que ora se realizavam pela direita, ora pela esquerda. E foi mesmo pelo sector onde alinhou Simão Sabrosa que o Benfica voltaria de novo ao golo e de novo por intermédio de Tiago que marcaria assim o seu 9º golo da SuperLiga e o segundo nesta partida. Simão Sabrosa recebe a bola na esquerda, avança no terreno, «foge» aos adversários e centra irrompendo a defesa da “casa” onde no coração da área aparece Tiago para apontar o golo que ditaria o resultado final deste encontro.

Manuel Cajuda arriscava então colocando avançados e o Leira começava então a criar mais perigo para o Benfica que parecia ter recuado no terreno após a marcação do 3º golo. Aos 53 minutos, uma jogada confusa junto à baliza de Moreira após grande defesa deste leva a bola a andar pela linha de golo sem que o árbitro considerasse o tento. Esteve bem, porque de facto Argel impediu o esférico de ultrapassar a linha de golo.

65 minutos decorridos, Camacho apostava e bem em Drulovic para o lugar de Geovanni que também jogou bem este sábado. Dez minutos após foi a vez de Zahovic ter cedido o seu lugar a Andersson que veio refrescar um meio-campo que aos poucos se ia fragilizando.

Aos 76 minutos Maciel remata peremptório e Moreira defende por instinto. Na resposta, Drulovic poderia ter marcado o 4º golo para a turma da Luz, após um remate brilhante com o seu pé esquerdo «mágico» que levou a bola a acabar nas mãos de Costinha. Na equipa da Luz, entrou ainda João Manuel Pinto para o lugar de Simão Sabrosa que passou a braçadeira de «capitão» a Drulovic. O final da partida chegaria poucos minutos depois e com um resultado mais que justificado.

Durante os 94 minutos de jogo só houve mesmo Benfica. É assim que os adeptos pretendem ver a sua equipa jogar todas as jornadas. Á muito que não se via uma exibição tão elogiada. A última terá sido, talvez quando a turma da Luz defrontou o rival Sporting em Alvalade. Nesta partida muitos eram os nomes candidatos a melhor em campo, mas por ter marcado dois golos e por ter sido determinante na transposição defesa – ataque, destacamos Tiago.

A equipa da Luz esteve bem em todos os sectores e toda a comitiva está de parabéns por ter realizado um trabalho que devem repetir já na próxima jornada diante o Nacional, no Estádio da Luz.

Reportagem: Rafael Santos
Fotos: Hugo Manita