Fonte
O Jogo
O presidente da SAD do Benfica, Luís Filipe Vieira, está decidido a prosseguir até ao limite das suas possibilidades a via da reestruturação definida em articulação com José António Camacho. O JOGO sabe que o espanhol continua a ser o seu treinador apesar de algum mal-estar nas relações com o empresário Pedro de Felipe e da circunstância de os avanços no mercado não estarem a ser significativos e poderem exigir uma maratona negocial que se arraste por mais algumas semanas. É certo que o líder da SAD acreditou ser possível renovar o contrato com o treinador antes de assegurar a contratação de jogadores e esperaria que Camacho assinasse sob o compromisso da aquisição posterior dos atletas que indicara. Isso não aconteceu.
O ex-seleccionador espanhol já demonstrou várias vezes ao longo da sua carreira ser inflexível em relação ao pleno cumprimento dos requisitos pré-definidos, e o que se passou no Real Madrid é paradigmático, e lembrou, inclusive, o episódio ocorrido com Júnior. A promessa de aquisição do lateral-esquerdo não pôde ser cumprida e esse fracasso deu-se em circunstâncias que o treinador não esqueceu. Por muito que se espere um voto de confiança, Camacho só obedece a factos consumados.
Apesar destes "pequenos" contratempos, Luís Filipe Vieira não desistiu. O presidente da SAD não pensa sequer noutros nomes. Camacho pode parecer momentaneamente um objectivo mais distante, mas é o homem do seu projecto. Aliás, conforme O JOGO noticiou, já foram garantidas ao treinador duas condições fundamentais: a dispensa de nove atletas e a continuidade de quatro jogadores fundamentais. Foram orientações dadas pelo técnico que obrigaram a SAD a um reajustamento estratégico. Camacho continua a ser um eixo fundamental dessa estratégia.