Não sou instrumento de campanha

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Fonte
www.abola.pt
O jogador do Milan sentiu ontem a necessidade de colocar um ponto final em qualquer tipo de especulação. Depois de ter lido notícias «relacionadas com o acto eleitoral do Sport Lisboa e Benfica» que, «directa ou indirectamente» o envolvem, emitiu um comunicado, cujo primeiro ponto salvaguarda que «não patrocina ou subscreve qualquer tipo de apoio aos candidatos à presidência» do clube. Lembrando, no segundo ponto do comunicado, que se encontra «sob contrato com o AC Milan frisa que «não pretende, de modo algum, servir de instrumento de propaganda a qualquer das candidaturas concorrentes ao referido acto eleitoral».No terceiro e último ponto, Rui Costa reitera que, «não obstante o seu benfiquismo e eterno respeito por tão prestigiada instituição e respectiva massa associativa, entende manter-se distante de tudo quanto diga respeito ao acto eleitoral do Sport Lisboa e Benfica». O comunicado, datado do dia de ontem, é assinado pelo internacional português. Fruto apetecido Ainda que de forma muito cautelosa e tímida, o certo é que o nome de Rui Costa foi já abordado pelas candidaturas de Jaime Antunes e Guerra Madaleno. Ambos reconheceram o quão complicado é a concretização do sonho de trazer Rui Costa para a Luz, mas não deixaram de se referir ao jogador. Guerra Madaleno chegou mesmo a desloca-se a Vigo anteontem para falar com o jogador, aproveitando o facto de o Milan se ter deslocado a esta cidade espanhola para mais um jogo da Liga dos Campeões. A resposta não poderia ser mais elucidativa e surgiu em forma de comunicado. Rui Costa é o primeiro a ter consciência que o seu apoio e, essencialmente, um hipotético regresso à Luz patrocinado por qualquer dos candidatos seria decisivo no desfecho eleitoral. Também por isso se quer demarcar, dando total liberdade aos benfiquistas de fazerem a sua escolha em consciência e reconhecendo que o seu desejo de regresso é praticamente inexequível. Esta não é a primeira vez que o nome Rui Costa surge na disputa eleitoral. Apenas por uma vez aceitou ser bandeira de campanha. Aconteceu em 1996 quando acordou com Vale e Azevedo o regresso à Luz, dependente das negociações com a Fiorentina, caso vencesse as eleições a Manuel Damásio, o que não viria a acontecer. Só um ano mais tarde Vale ganharia, mas já sem Rui Costa.