Coloco o lugar à disposição

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Fonte
www.abola.pt
Não foi a primeira vez que abordou as eleições mas nunca tinha feito tal declaração: «Quando sair um vencedor das eleições, a minha obrigação é colocar o lugar à disposição do novo presidente, para que ele tenha toda a liberdade do Mundo para fazer o seu trabalho. Tal como eu gosto de trabalhar livremente, também quero que o novo presidente tenha essa liberdade. » Foi assim que o treinador espanhol cortou pela raiz futuros comentários sobre a sua posição acerca das eleições de 31. Sem pronunciar o nome de qualquer um dos candidatos e sabendo que continua firme no comando da equipa, Camacho preferiu desta vez optar por um discurso mais político, ao contrário do que se verificou anteriormente. Assim, mantém o prestígio interno e evita que o acusem de tomar partido por um dos candidatos. Só não gostou muito de ouvir críticas recentes sobre algumas contratações. Cristiano, Fernando Aguiar e Zahovic foram alguns nomes focados por Jaime Antunes, a resposta do técnico foi pronta: «Se não gostarem deles que os troquem! É para isso que serve um presidente. Mas uma coisa é o que se diz, outra é o que se pode fazer.» De qualquer modo, Camacho aplaude a forma como está a decorrer a campanha. «Quando há eleições fala-se sempre de jogadores novos. Se estou disposto a aceitá-los? Isso será discutido depois. Mas não têm havido faltas de respeito. Por isso, os jogadores não se devem sentir incomodados. Sabem que estão a lutar pelo Benfica e não outros.» Muralha de Barcelos Quanto à análise do jogo de amanhã, Camacho espera uma equipa muito defensiva. E pede paciência aos adeptos. «Vão pensar que temos de estar a ganhar aos 10 minutos. Eu também quero isso. Mas em teoria vai ser um jogo de paciência, de buscar o momento certo para abrir o marcador. Sabemos que vai estar muita gente atrás e que será difícil romper para fazer um golo», alertou, afirmando que estratégias destas seriam impossíveis em Espanha, quando instado a analisar a diferença entre os dois campeonatos: «É difícil jogar 90 minutos frente ao Real Madrid muito perto da área, defendendo o resultado. Uma equipa com sete bolas de ouro encontra sempre soluções. Nós temos jogadores com outras características... » Outro tema focado foi a ausência de golos de Sokota: «Quando os avançados estão com veia goleadora, os golos aparecem do nada. É sempre assim. Mas estou contente com ele, está a trabalhar bem. Em teoria, basta marcar o primeiro para os restantes aparecerem.»