Camacho elogia os checos mas... «Favorito? É Portugal»

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www.maisfutebol.iol.pt
Camacho, numa entrevista concedida ao «AS» em Ibiza, deixou grandes elogios à prestação da Rep. Checa no Euro-2004, mas a formação de Nedved e companhia não é a favorita à vitória final: «Dá gosto ver a forma como os checos circulam a bola e tratam o jogo. Correm riscos. Quem é o favorito para mim? Não os checos, se era o que esperava que dissesse. Para mim é Portugal. Foram do menos ao mais, superaram todas as dificuldades e têm carácter ganhador. Depois de perderem perante a Grécia, previ que fariam algo grandioso. De alguma coisa me serviram os dois anos em estive com eles, não?» O treinador aponta que às grandes selecções, como a Itália, a França, a Alemanha, a Inglaterra e a Espanha, «faltou mais imaginação e isso acontece quando não se está bem fisicamente». Perante a questão sobre se o preocupa o facto de quatro dos seus galácticos ¿ Raul, Zidane, Beckham e Figo ¿ se terem apresentado no Euro abaixo das expectativas, Camacho estendeu o estatuto dos jogadores do Real a uma estrela checa: «O único jogador, dos que chamam de galácticos, que esteve bem foi Nedved e, talvez, Figo. Nem Henry brilhou. Os craques não estiveram ao nível esperado, não foi só um problema dos jogadores do Real Madrid.» David Beckham queixou-se de que houve má preparação física no clube madridistas. Camacho não quis entrar em polémicas, até porque não comenta o que desconhece: «Só sei que neste Europeu estiveram jogadores que trabalharam comigo como Sokota, Fyssas, Simão, Nuno Gomes, Miguel ou Petit e sei por que funcionaram bem ou mal. Mas no Real não sei se treinaram mal ou se houve treino a mais. O que sei é que um jogador para mostrar a sua grandeza e poder ingressar num grande como o Madrid tem de estar bem fisicamente. Vou tentar que estes jogadores estejam bem fisicamente.» O espanhol defende que Zidane deve continuar na selecção francesa, apesar dos seus 32 anos, porque é uma forma de se «manter no topo do futebol e de manter a autoestima». O técnico vai dirigir uma equipa de estrelas, mas lança o aviso: «O que tem de prevalecer é o todo, a equipa. Fica acima de qualquer jogador, por mais peso que tenha.»