Futsal: ENTREVISTA AO NOSSO JOGADOR ESTRELA!

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Fonte
http://www.futsalbenfica.net
Aos 25 anos idade, Estrela, assinou pelo clube do seu coração, segundo ele é um orgulho vestir a nossa camisola, ou seja, cumpriu um desejo de criança. O Futsal Benfica quis saber mais sobre este novo reforço, que com uma grande alma benfiquista, assume o seu amor pelo nosso clube e conta-nos alguns segredos da sua vida. Flash Interview Dados Pessoais Nome – Luís Gonçalo Marques Estrela Idade – 25 Data de nascimento – 27/06/79 Nacionalidade – Português Naturalidade – Lisboa Altura – 1.80m Peso – 72kg Estado civil – Solteiro Posição – Ala Clubes representados – Portela, Olivais (Seniores) Gostos Pessoais Livro preferido – Mossad – Serviços Secretos Israelitas. Filme preferido – Os Suspeitos do Costume. Melhor actor – Robert De Niro. Melhor actriz – A representar, a Holly Hunter, mas a mais sexy é a Angelina Jolie. Música – Alternativa (Punk-Rock e Ska). Prato – Bifinhos com natas. Bebida – Coca-cola. Carro – Não percebo muito de carros, mas um ferrari vermelho não recusava. Perfume – Tommy. Brinquedo favorito de infância – Uma bola. Cor – Vermelha. Hobbies – Snowboard, praia, música e muito cinema. Quem convidava para jantar – Os meus amigos. Um fim-de-semana ideal – Na Serra Nevada a fazer Snowboard ou em Lagos no Verão com os amigos. Viagem de sonho – Caraíbas, Jamaica, Brasil e por fim uma semana na neve. Ídolo – Ronaldo do Real Madrid, futebol 11. Melhor jogador – Pedro “Bolas”. Melhor treinador – Nuno Paiva pela sua leitura de jogo e Luis Alves por ser um treinador que domina o futsal em todas as vertentes do jogo. Maior defeito – Confiar em todas as pessoas. Maior virtude – Bom coração. Entrevista • O que é para ti ser jogador do Benfica? Para mim ser jogador do Benfica é o concretizar de um sonho de criança. Estou muito feliz, pois saí da Portela, clube pelo qual tenho muito carinho, precisamente para poder ter a possibilidade de jogar na 1º divisão e assim ter mais hipóteses de cumprir o meu objectivo. Respondendo à pergunta, para mim ser jogador do Benfica é um orgulho pois eu sofro imenso com este clube e estou muito contente por poder vestir a camisola do melhor clube do mundo! "...o pavilhão com muita gente a ver o jogo motiva-me muito..." • O apoio dos adeptos nos jogos é importante? Porquê? Qualquer jogador sabe que o apoio dos adeptos é de uma importância crucial. Jogar num pavilhão vazio ou com ele cheio não tem nada a ver. Para mim a adrenalina de ter o pavilhão com muita gente a ver o jogo motiva-me muito, logo tem uma correlação directa com o meu rendimento. Penso que há jogadores que lidam de maneira diferente com o apoio dos adeptos. Para uns é indiferente, para outros inibe-os um bocado nas suas acções e para outros ainda, provoca um sentimento de desejo de ganhar e de entrega ao jogo muito maior. Eu pessoalmente gosto muito de jogar com muitos adeptos nos jogos, pena é que na minha carreira ainda não tenha tido a possibilidade de jogar tantos como gostaria. • Porque é que tens jogado com o número 10 na tua camisola? Em relação ao número 10, esse número sempre foi a minha única superstição na prática deste desporto. Como desde criança sempre sonhei jogar futebol 11 e o futsal só tenha aparecido numa fase mais tarde, sempre fiquei fascinado pela qualidade técnica que normalmente os números 10 de cada equipa possuíam. Como tal, sempre procurei imitar as fintas e a maneira de jogar desses jogadores, e a partir do momento em que comecei a praticar futsal procurei tentar dar um toque de qualidade técnica às minhas acções (o que nem sempre foi conseguido). Como tal sempre procurei jogar com o número 10 nas equipas que integrei, sinto-me muito mais confortável no desempenho das minhas acções quando posso jogar com esse número. • Como se passa um dia na tua vida? De manhã normalmente tenho aulas, à tarde, se não tiver aulas, estou com os amigos ou com a namorada. Procuro, sempre que tenho oportunidade, ir à praia ou aproveitar um bocadinho do sol numa esplanada. Á noite normalmente tenho treino, e depois do treino ou vou para a cama ou aproveito para ver um filme no cinema ou em DVD. Se não existirem filmes de qualidade, aproveito sempre para jogar PS2 pois existe um jogo que sou muito “dedicado” – Pro-Evolution Soccer. Se estiver na altura de exames procuro utilizar a noite para estudar. • Já pensaste o que fazer depois de acabar a tua carreira no futsal? Bom a minha carreira de futsal, só a partir deste ano é que vai tornar-se a minha actividade principal. Até hoje sempre procurei assegurar o meu futuro através da finalização do meu curso superior. Estou no fim do meu curso de Educação Física e vou procurar conciliar dentro do possível o futsal com o meu curso. Quando acabar o meu curso logo se verá as opções que terei pela frente e as mais indicadas para apostar. • O que é que te levou a optar pelo futsal e não por outra profissão? Penso que já respondi a essa questão, neste momento optei pelo futsal pois tive um convite do melhor clube do mundo e para mim era impossível recusar. Para o próximo ano vou procurar finalizar o meu curso e vamos ver como correm as coisas no Benfica, depois seguirei as opções que achar mais indicadas na altura. • Se não pudesses ser jogador de futsal o que gostarias de ser? Procuraria ter um trabalho na área do desporto, agora como todos sabemos neste momento a área do ensino está completamente lotada. Apesar disso o meu curso é mais virado para a área da saúde, reabilitação, fisioterapia etc...Como tal procurarei especializar-me numa dessas áreas e tentarei também praticar uma das minhas grandes paixões que é Professor de Ténis. Mas como sabemos, temos que por vezes seguir pelas portas que no momento estão abertas e o meu caso também não será excepção. A parte da Gestão do Desporto também me motiva, mas neste momento ainda não iniciei o meu estágio e não sei quais serão as hipóteses que terei no mundo do trabalho. • Os desportistas de hoje em dia são verdadeiros "modelos" para os mais jovens. Tens algum cuidado em especial na sua prestação como atleta? Tenho muitos cuidados neste momento com a minha prestação como atleta. Desde há 2 anos a esta parte, que estou consciente da minha aposta na modalidade, com os meus objectivos bastante claros e sei que para os atingir tenho que prescindir de certas coisas. Tenho tido cuidado com a minha forma física, tanto durante a época como na pré-época. Tenho também procurado regrar a minha vida extra futsal, de modo a que não afecte o meu rendimento e penso que fiz as opções correctas. No fundo penso que os atletas sabem o que têm que fazer tanto dentro como fora do campo para alcançarem um rendimento elevado. "...seguir o que o coração mandasse, que foi o que acabei de fazer neste momento ao assinar pelo Benfica." • O interesse pelo futsal tem vindo a aumentar e hoje em dia há muitos jovens que sonham em ter uma carreira como jogadores de futsal. Que conselhos darias aos jovens que ambicionam ser futsalistas? Penso que neste momento a modalidade está em franca expansão, mas não sabemos o dia de amanhã, como tal penso que os jovens não devem apostar só numa carreira de futsal. Neste momento existem quartro equipas profissionais e não sabemos se vai avançar uma liga de clubes profissionais. Como tal, existem poucas vagas em relação ao número de praticantes para essas chamadas equipas profissionais. Mesmo esses atletas que têm o privilégio de actuar nessas equipas têm a perfeita consciência que o que ganham não chega para ter uma boa “base” para o resto da vida. Talvez os melhores jogadores nacionais já se aproximem de determinados valores que lhes poderão dar alguma segurança, mas eu estando nos seus lugares procurava sempre acautelar o futuro antes de tomar uma decisão de arriscar uma carreira de futsal. Finalizando assim, eu aconselharia os jovens a investirem com toda a energia nos estudos procurando conciliar o futsal como uma actividade paralela e não exclusiva. Depois, se surgisse uma boa oportunidade penso que deviam seguir o que o coração mandasse, que foi o que acabei de fazer neste momento ao assinar pelo Benfica. • Todos os desportistas de alta competição têm os seus momentos menos bons, como as lesões por exemplo. Como se ultrapassam estas situações? Em relação a essas situações penso que se trata de uma luta interior e depende muito da força de vontade de um jogador. A lesão tem uma componente física e depois tem a parte psicológica. Um jogador tem que ter muita força de vontade para cumprir o plano de recuperação e tentar debelar a lesão completamente. O pior que pode existir é uma recuperação apressada que proporciona a repetição da lesão e normalmente o agravamento da mesma. Na minha perspectiva e por experiência própria a lesão é o pior inimigo do desportista e penso que as lesões devem ser tratadas com o máximo de rigor e profissionalismo. • Quais foram para ti os momentos mais marcantes, pela positiva e pela negativa, na sua carreira? Positivamente, sem dúvida o ponto mais alto foi a conquista da taça de Portugal! Penso que acabamos a época a praticar um futsal de alto nível e já tínhamos o processo de consolidação do modelo de jogo perfeitamente definido. Como tal, a boa qualidade dos jogadores dos Olivais veio ao de cima e pessoalmente não foi surpresa nenhuma o facto de termos ganho ao Freixieiro e posteriormente vencido a final, apesar de sabermos da dificuldade pois tratavam-se de 2 equipas muito fortes e com grande espírito de luta. O ponto mais negativo da minha carreira prende-se com o facto de nunca ter conseguido durante quatro anos, a subida de divisão representando a Portela. Estivemos sempre muito próximo, mas acontecia sempre algo o que me deixou muito triste. • Qual é a sensação de um jogador defrontar um clube que já representou? Como é ter os teus antigos colegas de equipa como adversários? Felizmente essa situação nunca me aconteceu enquanto sénior. Apenas me recordo de um jogo que joguei pelo Sporting em juniores e defrontei a Portela. Sinceramente não me senti muito bem a defrontar a minha ex-equipa. Quando encontrar os Olivais para o ano, reconheço que irá ser um jogo bastante especial para mim, pois fui muito bem tratado neste ultimo ano e penso que a melhor resposta que poderei dar é esforçar-me ao máximo e respeitar os meus antigos colegas como eles merecem. Em relação a defrontar antigos colegas de equipa como adversários, sinceramente não gosto muito, pois os meus ex-colegas tem muito valor e preferia tê-los a jogar pela minha equipa. • Tens superstições? Quais e porquê? Não tenho superstições, apenas tenho o desejo de jogar com a camisola nº 10. Não sei explicar porquê, não é aquela situação de querer ser a vedeta da equipa, mas a verdade é que me sinto muito mais confiante quando tenho o nº 10 nas costas. Esta situação já vem de miúdo, portanto é mais uma questão de hábito, penso eu. "Era uma vez um miúdo que sempre sonhou jogar no Benfica..." • Gostarias de partilhar connosco uma história que tenhas vivido no futsal? Era uma vez um miúdo que sempre sonhou jogar no Benfica e perseguiu esse sonho durante muito tempo. Por diversas razões esse míudo não pôde singrar no futebol de 11 porque teve que se aplicar nos estudos. Esse miúdo começou a jogar futsal, por amor ao jogo e foi crescendo. Quando o Benfica apareceu em futsal, esse jovem, pensou para si mesmo que teria ali a sua oportunidade de cumprir o seu sonho. Durante 3 anos esse jovem, trabalhou só com um objectivo: Vestir a camisola do Benfica. Passados 3 anos o sonho concretizou-se! Obrigado a todos os que me ajudaram directa ou indirectamente a cumprir o meu sonho!