«Não quero colocar a fasquia muito alta» (Trapattoni)

Giovanni Trapattoni continua a gozar de grande reputação na Europa, face aos muitos títulos conquistados ao serviço de Juventus, Inter e Bayern Munique. A UEFA entrevistou o agora técnico do Benfica, que se mostrou deliciado com as primeiras impressões naquele que é o regresso ao trabalho em clubes. «Nos clubes contamos com os jogadores a tempo inteiro. Trabalhamos para melhorar e formar a melhor equipa, ao contrário do que sucede na selecção, onde temos sempre poucos dias para trabalhar e transmitir as nossas ideias», afirma o técnico, que aceitou o convite do Benfica logo após ter orientado a selecção italiana durante quatro anos. «Queria regressar às raízes, ou seja, à grande paixão que é o futebol. Tinha outras ofertas, mas o Benfica é muito famoso e nem hesitei em aceitar o convite», prossegue o técnico italiano, que fala já da sua nova realidade: «O futebol em Portugal é um pouco diferente, pois ainda é bem real. O aspecto económico não é o mais importante e podemos construir uma equipa barata. O Benfica tem uma equipa com muita técnica, mas falta-lhe experiência, assim como os pequenos aspectos tácticos que levam à conquista de títulos.» E os objectivos? «Não quero colocar a fasquia muito alta, mas vamos tentar lutar com o FC Porto pela conquista do campeonato. Contudo, e pelo que já observei, estou esperançado em alcançar bom resultados, caso consigamos juntar à nossa qualidade o melhor espírito, vontade e ambição», finalizou.