Prefiro jogar com dois trincos

Fonte
www.abola.pt
— É este ano que o Benfica conseguirá assumir-se como forte candidato ao título? — Conseguimos manter a base da equipa e reforçarmo-nos com jogadores de grande qualidade. Para além disso, chegou ao clube um treinador com grande experiência, o que nos dá todas a condições de crescermos ainda mais. O jogo de sexta-feira, contra o FC Porto, é para ganhar. É muito importante que isso aconteça para que o apoio dos adeptos seja ainda maior. Este ano, temos todas as condições para ganhar títulos, É fundamental para o Benfica. — Parece confiante... — Os jogadores do Benfica são muito experientes, a maioria deles internacionais. O treinador vem da escola italiana, o que nos pode dar mais solidez. Temos vindo a assimilar os novos métodos de trabalho e espero que isso dê frutos no futuro. — O modelo de jogo difere muito do que foi implementado por José Antonio Camacho? — O sistema é muito idêntico ao do ano passado, apesar de este ano ter mais um trinco a meu lado [Paulo Almeida]. No ano passado, o Tiago subia mais no terreno e por vezes eu acabava por ficar mais desapoiado. Agora, eu e o Paulo estamos mais fixos e esse facto torna a equipa mais sólida defensivamente. — Sente-se melhor com este sistema? — Sempre gostei de jogar com mais um trinco. Lembro-me que há quatro anos, no Boavista, jogava com Rui Bento e fiz duas excelentes épocas. Este ano, tenho o Paulo Almeida, que é um jogador bastante experiente e tem uma cultura táctica muito boa. É sempre bom garantir segurança à frente dos centrais e dar auxílio aos jogadores que jogam mais à frente. — Não se perde em poder ofensivo? — No ano passado fazíamos muitos golos, mas também sofríamos mais do que o desejável. Íamos muito para a frente e a retaguarda ficava desprotegida. Temos de jogar com mais cabeça; com mais frieza. Se queremos estar na Liga dos Campeões e andar até ao fim na corrida para o título, temos de jogar com precaução. — Poderemos esperar um futebol menos espectacular? — O futebol moderno é assim. Se fizermos um ou dois golos, não nos poderemos deixar surpreender, o que nos obriga a termos mais atenção lá atrás. Na temporada passada, fazíamos um ou dois golos e continuávamos a atacar, isso não pode acontecer; temos de ser mais espertos. Somos obrigados a perceber que, quando não dá para marcar mais golos, há que defender bem. O mais importante é o resultado.