Fonte
www.slbenfica.pt
Azar Karadas é por esta altura o jogador benfiquista mais mencionado. O “gigante” norueguês teve uma estreia brilhante na Superliga 2004/05, contribuindo de forma decisiva para a vitória frente ao Beira-Mar. Dois golos e uma assistência mortífera foram as marcas deixadas pelo ponta-de-lança no Municipal de Aveiro. Aos 23 anos o internacional norueguês tem objectivos bem definidos num futuro próximo. De “águia ao peito” pretende vencer e conquistar muitos títulos para justificar um lugar na selecção do seu país.
P. Melhor começo era impossível?
«Sim comecei da melhor forma. Marquei dois golos, mas o mais importante foi a vitória no encontro e a conquista dos três pontos. Estava um pouco nervoso no início do desafio, mas toda a equipa me apoiou muito. Quando surgiu o primeiro golo fiquei radiante e bem mais tranquilo. A partir daí foi tudo muito mais fácil. Ganhámos por 3-2 e isso é o mais importante».
P. Pelo que já viu que analise faz do Campeonato português?
«Estou em Portugal apenas há um mês e é difícil de dizer. Mas há boas equipas e jogadores de grande qualidade. Na Noruega o futebol é mais físico, em Portugal é sobretudo mais veloz e agressivo. São dois campeonatos distintos, mas penso que me estou a adaptar bem. Apenas necessito de algum tempo porque os treinos são diferentes, os jogos são diferentes, as equipas são diferentes, tudo é diferente… Mas dia após dia tenho melhorado e a equipa tem-me ajudado sempre».
Expectativas e ambições
P. Quando chegou disse que queria marcar golos em todos os jogos. É esse o seu grande objectivo para esta temporada?
«Claro. Eu como qualquer avançado “vivo” dos golos e quero marcar sempre em todos os jogos...».
P. Então ser o melhor marcador da Superliga pode estar nos seus horizontes?
«É um sonho… Qualquer jogador anseia em ser o melhor marcador do campeonato e eu não fujo à regra. Vou fazer o meu melhor jogo após jogo e depois logo se vê. Mas acima de tudo quero marcar golos para ajudar a equipa a conquistar os seus objectivos».
P. Depois da eliminação na Liga dos Campeões, quais as expectativas para a Taça UEFA?
«Queríamos estar na “Champions”, mas isso não sucedeu. Penso que isso já faz parte do passado. Agora estamos na Taça UEFA e vamos tentar ir o mais longe possível. Sabemos que há equipas de grande nível, mas estamos a melhorar e quando chegar a altura vamos dar o máximo para correspondermos às exigências».
P. E na Superliga?
«É difícil dizer se vamos ser campeões ou não. Temos um bom grupo e somos um forte candidato. Queremos estar no topo, mas temos de pensar jogo a jogo. Existem equipas com muito valor e sabemos que não será fácil, mas vamos trabalhar para isso».
P. A adaptação ao Clube e ao país tem sido fácil?
«Sim, tem sido fácil. O único problema tem sido a língua, uma barreira que pretendo vencer, pois quero aprender a falar português. Mas tudo o resto é óptimo. As pessoas são muito acolhedoras e estão sempre a encorajar-me. O país é fantástico. Eu já tinha estado em Portugal algumas vezes e tinha gostado muito. Agora estou fascinado. O clima é bom e gosto muito de aqui estar».
P. Quando poderemos ver o Karadas na Selecção?
«Esse é outro dos meus grandes objectivos. Eu era internacional sub-21 no ano passado e depois de ter sido chamado por três vezes à Selecção “AA”, quero dar o passo em frente e permanecer na equipa principal de uma vez por todas».
O “mundo” benfiquista
P. E como é trabalhar com um grande nome do futebol (Giovanni Trapattoni)?
«É muito bom e eu gosto bastante de trabalhar com ele. É um treinador muito experiente que me pode ajudar muito a melhorar as minhas qualidades. Ele está há muitos anos no futebol e é uma referência para todos os jogadores».
P. Manter a titularidade será difícil, com a forte concorrência que existe para o ataque?
«Eu penso que a competitividade é muito importante para uma equipa. É positivo para o Benfica ter tão bons avançados. Durante a época o número de jogos é sempre muito elevado e a rotatividade é extremamente importante e todas as grandes equipas têm de ter essa qualidade para manterem o mesmo rendimento ao longo da época».
P. Ter vindo para o Benfica foi um sonho realizado?
«Sim… Era muito importante para mim vir para um grande clube europeu como o Benfica e estou muito feliz aqui. O futebol é diferente e eu tinha necessidade de me ambientar a outro tipo de jogo. Foi um salto importante na minha carreira e agora só espero vencer. Eu venci títulos no Rosenborg e quero vencê-los aqui também».
P. Uma mensagem que gostaria de deixar aos sócios e adeptos do Clube?
«Estou absolutamente chocado… Os adeptos são fantásticos e estão em todo o lado. Esta é uma situação nova para mim, porque não estava habituado a isto. No primeiro jogo, frente ao Sp. Braga, tivemos um grande apoio e a qualquer lado que vamos há sempre grandes enchentes. Só espero que eles estejam sempre connosco e nunca deixem de nos apoiar. Sei que é difícil prometer vitórias e títulos. Apenas prometo trabalho e dedicação para ajudar a equipa a vencer em todos os jogos».