Falsidades

Fonte
www.abola.pt
Corria o minuto 80 do encontro entre o Beira-Mar e o Benfica, da primeira jornada da SuperLiga, quando entra em campo o argentino Pablo Rodriguez, número 10 da equipa aveirense. Quem seguia a transmissão em directo através do canal Sport TV, apercebeu-se de uma conversa entre os dois treinadores do Benfica, ficando-se com a ideia que Álvaro Magalhães aconselhava o italiano a lançar Paulo Almeida em jogo. Nesse mesmo dia, mais tarde, a SIC transmite as mesmas imagens e legenda o referido diálogo. Trap questiona Álvaro Magalhães acerca do número 10 do Beira-Mar, ao que o adjunto fica aparentemente sem reacção. E é aqui que surge a polémica, uma vez que surge a sensação que nem Álvaro nem Trapattoni conheciam o atleta em questão. Nos primeiros dias da semana o tema passou despercebido, assumiu agora outras proporções que levou a equipa técnica e a Direcção do clube (não a SAD) a reagir energicamente por considerarem que existiu «violação da privacidade», por um lado, e «truncagem» da conversa entre os técnicos, por outro. Trap defende Álvaro No final do treino, realizado no Jamor, Trapattoni abordou os jornalistas presentes e fez ali uma primeira abordagem ao caso, defendendo pessoalmente Álvaro Magalhães. «Eu defendo a seriedade profissional de Álvaro. Esta notícia é uma grande falsidade, porque o Álvaro colabora a cem por cento comigo. Sobre esse caso, posso garantir que eu tinha falado com o Everson [n.d.r. foi colega de Pablo Rodriguez em França] e com o Moreira no balneário, alertando que Pablo tem umpé esquerdo muito forte.» Qual então o teor correcto da conversa «truncada »? Trap garante que falavam sobre a necessidade de «avisar Moreira» que era aquele o jogador sobre quem tinham conversado no balneário. «Esta é que é a verdade, e temos jogadores que o podem confirmar.» Querem desestabilizar Bem mais alterado que o chefe de equipa, Álvaro Magalhães promoveu uma conferência de imprensa para apresentar a sua versão. «Os sócios conhecem-me bem, como jogador e treinador. Sabem que vou defender esta instituição até à morte. Acabou-se o comodismo neste clube, acabaram-se as baldas. Se alguém pensa que vai desestabilizar o Benfica, está enganado», afirmou sem nunca revelar a identidade do visado. «O treinador adjunto vai fazer tudo para que o senhor Trapattoni se sinta bem no clube. Conhecemos esse jogador (Pablo) antes, durante e depois do jogo. Foi colega do Everson em França. Moreira estava avisado e feznos sinal com o polegar, mostrando que estava tudo bem. Mas o meu advogado vai tomar conta da situação », concluiu.