Geovanni, o talismã

06/10/2004 18:16 Quando marca o Benfica ganha Geovanni, o talismã Geovanni tem tido um percurso atribulado de águia ao peito, fruto de muitas lesões que já sofreu, mas, mesmo assim, o camisola nº11 tem sido de uma utilidade extrema. O brasileiro quando marca o Benfica vence e na fase final da última temporada foi mesmo decisivo para a qualificação da nossa equipa para a pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Chegado à Luz após a reabertura do mercado, em Janeiro, vindo do Barcelona, Geovanni marcou, em 2002/03, três tentos na SuperLiga, em encontros onde o clube da Luz somou outros tantos triunfos - Beira-Mar, em Torres Novas (o brasileiro apontou o único golo da contenda), Belenenses, no Estádio do Restelo, e Sporting de Braga, no 1º de Maio. Na temporada seguinte, o extremo brasileiro estreou-se a marcar no jogo da 1ª mão da 2ª eliminatória da Taça UEFA diante dos noruegueses do Molde, realizado a 6 de Novembro de 2003. Nesse jogo, Geovanni marcou o terceiro tento da nossa equipa, que venceu a formação nórdica por 3-1, através de um forte remate à entrada da grande área. O segundo golo de Geovanni e o seu primeiro no campeonato ocorreu apenas na 2ª volta, mais concretamente na partida com a Académica (3 de Fevereiro). Vindo do banco, o camisola nº11 da nossa equipa apontou o segundo tento do Benfica, que triunfaria por 2-0, dedicando-o ao malogrado jogador Miklos Fehér que na semana anterior tinha falecido em Guimarães. Quase um mês depois, o jogador canarinho voltaria a “facturar” frente ao Gil Vicente (7 de Março), marcando o primeiro golo do jogo com um espectacular remate cruzado à entrada da grande área, após uma assistência de Armando, que levou o esférico a entrar no ângulo superior esquerdo. O quarto tento de Geovanni na última época foi assinado no jogo com o Paços de Ferreira, realizado a 11 de Abril, e foi o mais importante do brasileiro até à altura visto que foi decisivo para a nossa equipa conquistar os três pontos (vitória por 2-1). Mais uma vez o golo do extremo foi muito bonito: remate cruzado novamente à entrada da grande área. Pé canhão que dá vitórias muito saborosas Mas o melhor ainda estava para vir. No dia 2 de Maio (33ª jornada), frente ao Sporting, num jogo decisivo para a nossa equipa tendo em vista a qualificação para a pré-eliminatória da Liga dos Campeões, o Benfica arrancou em Alvalade uma vitória por 1-0 e o golo da vitória foi novamente apontado por Geovanni. Vindo do banco, o brasileiro enviou uma bomba indefensável do meio-campo e colocou o Benfica muito próximo da “Champions”. Esta temporada, e depois de ter recuperado de uma lesão contraída na pré-época, Geovanni foi titular pela primeira vez na partida da 2ª mão da 1ª eliminatória com os eslovacos do Bystrica. O jogador brasileiro não marcou nesse jogo, mas fez uma assistência mortífera que Nuno Gomes concluiu com êxito. Na partida seguinte, frente ao V.Guimarães, o camisola nº11 regressou ao banco, tendo entrado (para felicidade do Benfica) aos 70 minutos. Tal como tinha acontecido em Alvalade, o brasileiro deu os três pontos à nossa equipa com um “petardo” do meio da rua, na marcação de um livre directo. Posto isto chega-se facilmente à conclusão que Geovanni é o talismã do Benfica. Jogue bem ou mal, o certo é que o pequeno brasileiro dá sorte... Texto: Victor Manuel Pinto