Liga sem verdade desportiva

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www.slbenfica.pt
17/11/2004 16:00 Superliga 2004/05 Liga sem verdade desportiva Á passagem para a 11.ª jornada a presente edição da Superliga é uma prova sem verdade desportiva. Jogos desvirtuados por arbitragens de mau nível vão ocorrendo jornada após jornadas e o mais grave é que o prejuízo de uns resulta sempre, ou quase sempre, em benefício de outros. O Benfica tem sido um dos alvos dos constantes erros de arbitragem, que têm passado a fronteira dos meros enganos. Depois de três jornadas a vencer, a quarta jornada trouxe uma má arbitragem de João Ferreira. Ás diversas falhas cometidas ao longo da partida pelo juiz de Setúbal, junta-se uma grande penalidade não assinalada, num empurrão sofrido por Sokota, já no interior da área bracarense. Uma jornada depois a arbitragem de Jorge Sousa bem tentou impedir a vitória benfiquista, ao assinalar um pénalti inexistente aos 76 minutos, a favorecer os da casa. Para já não falar nas duas expulsões perdoadas a Silva e Paulo Turra. Depois do jogo frente ao F.C. Porto, o Bernfica venceu o Nacional da Madeira, por 2-1 e empatou em Barcelos, frente ao Gil Vicente a uma boa. Nos dois jogos mais razões de queixa. No primeiro um golo validado de indevidamente aos madeirenses; No segundo um exagerado número de faltas não assinaladas aos jogadores “gilistas” sem a devida sanção disciplinar culminou num empate alcançado a “ferros”: Por marcar ficaram duas grandes penalidades, uma sobre Karadas e outra sobre Sokota. Benefícios ao F.C. Porto Com um começo de temporada irregular os “portistas” foram conseguindo subir na tabela classificativa, graças a arbitragens de má qualidade que levaram a pouco e pouco a equipa de Pinto da Costa ao topo da prova. O momento da viragem acabou por ocorrer à 6.ª jornada no tão badalado clássico da Luz, que parece cair em esquecimento. De qualquer forma, os benefícios ao F.C. Porto foram ocorrendo jornada após jornada. Na primeira, frente à União de Leiria, o juiz de Portalegre (Paulo Baptista) perdoou um pénalti, depois de Jorge Costa ter empurrado Krpan na área “portista”, quando o resultado estava empatado a uma bola. Á terceira jornada, frente ao Estoril, o árbitro Augusto Duarte também ajudou “à festa”, ao assinalar um pénalti duvidoso a favor dos “portistas” e ignorar uma falta (em cima do minuto 90) de Jorge Costa sobre Pinheiro, que isolaria o jogador do Estoril, num jogo que terminou com um empate (2-2). A jogar uma vez mais em casa o F.C. Porto recebeu e venceu o Belenenses por 3-0. Á primeira vista parece ter sido uma vitória tranquila, mas não foi. Para alcançar esse resultado os “portistas” tiveram de esperar pela ajuda do juiz madeirense, Elmano Santos, que expulsou indevidamente uma das principais unidades do Belenenses (Juninho Petrolina), que foi agredido no chão por Costinha e Ricardo Costa. Mas o jogo mais flagrante é por todos nós conhecido. O clássico da 6.ª jornada impediu o Benfica de conquistar três pontos, fruto de uma actuação desastrosa de Olegário Benquerença. Um pénalti não assinalado sobre Karadas e um golo não validado estiveram na origem do escândalo que assolou a Superliga 2004/05, que carece de verdade desportiva. Á oitava e décima jornadas, o F.C. Porto empatou a dois golos na Madeira, frente ao Nacional, e venceu em Barcelos por 2-0, frente ao Gil Vicente. Em ambos os jogos, mais dois benefícios: No primeiro um fora-de-jogo não assinalado a Derlei e que resulta num dos dois tentos dos “portistas”; No segundo um pénalti não assinalado a favor da equipa “gilista”, quando o resultado estava ainda em 0-0. Processos abafados A operação “Apito Dourado” parecia vir pôr “às claras” todas as obscuridades e irregularidades que surgiram no futebol português. Mas na realidade nada disso ocorreu. Os processos foram abafados e parecem ter caído em esquecimento. Outros casos há, que parecem ter o mesmo rumo. Á quarta jornada da presente edição da Superliga, a Comissão Disciplinar da Liga multou Pinto da Costa, em 200 euros, com base no artigo 110 (que penaliza dirigentes ameacem, protestem ou adoptem atitudes incorrectas para com os elementos da equipa de arbitragem). Uma multa leve e branda tal a gravidade do que ocorreu no túnel do Estádio D. Afonso Henriques. Porque será?