Só falta dizerem que temos coxos!

Cumprido o protocolo de inauguração oficial da Casa do Benfica em Odivelas (a número 172 do clube)—Nuno Gomes foi, simbolicamente, o primeiro subscritor da comissão instaladora, quando o processo de candidatura avançou — Luís Filipe Vieira tomou a palavra. «Quero deixar uma palavra de muito apreço aos nossos profissionais. Ontem [segunda-feira] as coisas não nos correram muito bem, mas logo a seguir fomos vítimas de ataques por parte de alguma comunicação social, sem justificação alguma. Chegámos ao ridículo, por exemplo, de, no jornal O Jogo o ex-árbitro Rosa Santos chamar palhaço ao Karadas. Recordo-me perfeitamente de quando esse senhor era árbitro e não vale a pena estar a falar do seu passado... », expressou. Queixando-se dos constantes ataques da comunicação social, garantiu que o projecto da actual Direcção seguirá o seu rumo. «Doa a quem doer», sublinhou. E prosseguiu. «Independentemente de muitas lesões chatas, ainda hoje [ontem] estive no balneário e eram oito os jogadores lesionados, o grupo deu uma grande demonstração da sua vontade, frente ao Estoril, e conseguiu a vitória. Será assim até final. Teremos de fazer alguns reajustamentos em Janeiro, mas espero que seja a última vez que digo isto, para não começar a feira de vaidades. Os reforços não são aquilo que as pessoas possam pensar, são para colmatar algumas lesões e dar mais qualidade. O nosso plantel tem algum equilíbrio, mas às vezes só falta dizerem que temos coxos! Vamos resistir a tudo isso», disse, lembrando que o Benfica está em todas as frentes e que no final «saberá festejar». O «caso DVD» No já habitual apelo à transparência, Luís Filipe Vieira voltou a abordar o caso do DVD. «Quando fomos falar com o ministro não levámos nenhuma cassete para discutir nenhum penalty, isso com certeza que não. Fomos falar de coisas mais profundas, algumas delas com gravidade, daquelas que dizemos que se passam no futebol português e que têm a ver com corrupção», afirmou.