Regresso ao futuro – parte III

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www.abola.pt
Quem acompanha o caso há muito que compreendeu: não se pode dizer quando será que os adeptos do futebol voltarão a ver Mantorras jogar. Faz no dia 15 três anos desde que começou o calvário do internacional angolano e o treino de ontem marcou o seu regresso ao trabalho depois da quarta intervenção cirúrgica efectuada ao joelho direito. Durante duas horas, o camisola 9 participou sem limitações na peladinha ligeira que Trapattoni ministrou no campo principal do Estádio Nacional emarcou dois golos—não havia guarda-redes. Bem-disposto e com a habitual força de vontade em disputar cada lance, Mantorras deu mostras de querer convencer o técnico italiano do seu valor depois da oportunidade que este lhe deu na pré-época. Isso foi notório na parte final da sessão. Já com os titulares com o Estoril de fora, ficou um pequeno grupo de jogadores a exercitar a finalização em confrontos um para um e num desses lances o angolano fez lembrar tempos idos: finta sobre Alcides (não é fácil passar o brasileiro...) e um míssil de tal forma potente que quase enviava Moreira para dentro da baliza... Pouco entusiasmo A onda de entusiasmo dos benfiquistas em torno do regresso aos relvados de Mantorras já não é a mesma. Os próprios adeptos presentes no treino de ontem não revelaram grande euforia, ao contrário do que aconteceu noutras circunstâncias. Talvez por cepticismo, talvez por acreditarem só no momento em que o dianteiro marca rum golo em jogos oficiais. No entanto, Pedro Mantorras tem algumas razões para viver um Natal diferente. Porque voltou a treinar- se sem limitações depois de quatro operações ao joelho direito, em três anos de verdadeiro sacrifício físico e psicológico. O angolano continuará, nos próximos tempos, a intercalar o trabalho de relvado com o ginásio, na esperança de jogar na presente época.