Argel, patrão da defesa

Afinal, Argel vai ser o patrão da defesa encarnada frente ao Belenenses. Ainda há 48 horas, o central brasileiro era tido como ausência confirmada no onze, por opção técnica, mas, face ao infortúnio que atingiu Ricardo Rocha, terá de ser ele a fazer valer a sua experiência ao lado do jovem e irreverente Amoreirinha. Curiosamente, é chamado a desempenhar papel tão preponderante numa altura que dava mostras de não estar no seu melhor. Nos últimos dois jogos, com Leiria e Estoril, o central foi, inclusive, um dos alvos do público afecto ao Benfica, que lhe dispensou um coro de assobios nas duas ocasiões. No entanto, também não é menos verdade que Argel já mostrou a sua utilidade muitas vezes, em que se impôs pela maneira aguerrida como encara qualquer jogo. No fundo, trata-se de alguém que gosta de ambientes escaldantes e este pode ser o jogo ideal para Argel ganhar moral e assim, reconciliar-se com os adeptos. Paciência, Alcides! A utilização de Argel atrasará, por outro lado o lançamento de Alcides, o terceiro central disponível, sob as ordens de Trapattoni. Elogios não faltam a este jogador, vindo de colegas e dirigentes, mas Trapattoni não encontrou ainda o timing certo para arriscar, concedendo-lhe a titularidade. O treinador admite utilizá-lo no Restelo, dando a entender, porém, que Alcides não tem ainda pulmão para actuar durante 90minutos. Para além de Argel e Amoreirinha, o onze deve integrar ainda Moreira, João Pereira, Fyssas, Bruno Aguiar, Petit, Geovanni, Zahovic, Simão e Karadas.