Fonte
www.abola.pt
A pesada derrota sofrida na véspera frente ao Belenenses deixou fortes marcas em todo o universo benfiquista e as reacções não foram as melhores, a ponto de anteontem à noite o autocarro que transportou os jogadores do Restelo para a Luz ter sido alvo do arremesso de algumas pedras. Ontem à noite, à entrada para o circo Cardinalli, Luís Filipe Vieira mostrou o desagrado pelo episódio e chamou «cobardes » aos autores: «Os adeptos não podem fazer disparates e apedrejar o autocarro da nossa equipa. Foi um acto cobarde e de certo que quem fez não deve ser benfiquista!» O líder dos encarnados compreende que a goleada não pode agradar aos adeptos mas pede maior contenção. Na sua óptica, o que se passou não foi algo totalmente anormal, justificando as suas palavras com a «competitividade do futebol português»: «Há três resultados possíveis no futebol e ontem [anteontem] perdemos. Qual é o grande mal? As ditas pequenas equipas estão melhores e com isso beneficia o campeonato. Só no fim se saberá quem é campeão.»
Mantenho convicção
«Não será por causa de um resultado menos bom que nos vamos desviar dos nossos objectivos», foi esta a forma encontrada por Vieira para tentar passar uma mensagem positiva para os adeptos, realçando a crença relativamente à capacidade da equipa de Trapattoni: «Ou somos homens de convicção ou não! Eu continuo a acreditar que seremos campeões porque temos um plantel forte. Também não se pode esquecer que ontem [anteontem] jogámos desfalcados de cinco ou seis jogadores importantes que teriam lugar em qualquer equipa da Europa. Não serve para justificar tudo mas...»
Reajustamentos no plantel
Apesar da confiança manifestada nos jogadores, Luís Filipe Vieira voltou a prometer reforços em Janeiro— «reajustamentos», disse. Mas quanto a mais prendas, o dirigente frisou que muitas já foram oferecidas: «A nossa instituição já deu muitas prendas aos benfiquistas. Já liquidámos muitas dívidas e temos vindo a respeitar os nossos compromissos. Os sócios e adeptos do Benfica não podem ter a memória curta!»