Fonte
www.abola.pt
A sessão de trabalho, realizada no Estádio Nacional, estava já na recta final quando José Veiga apareceu. Instantes depois, uma troca de impressões com Trapattoni. Situação particularmente interessante, não fosse este um período conturbado, face aos resultados negativos e às notícias de entradas e saídas de jogadores. Abordado pelos jornalistas, José Veiga mostrou-se reticente em fazer declarações, mas perante alguma insistência acabou por ceder. «Depois do jogo com o Penafiel vamos analisar toda a situação e nessa altura informaremos a Comunicação Social», começou por dizer, sem descartar a saída de alguns jogadores. Recorde-se que ontem foi noticiada a possível dispensa de Paulo Almeida, Argel, Zahovic e Yannick. «Temos é de ganhar ao Penafiel, é um jogo muito importante», sublinhou o responsável encarnado, acrescentando: «Tudo está a ser estudado em conjunto com a equipa técnica. Depois vocês saberão.» A pergunta seguinte teve como tema Everson, jogador que chegou à Luz lesionado (pubalgia) e foi submetido a uma intervenção cirúrgica na segunda-feira. Estará José Veiga arrependido pela contratação? «Não, não estou arrependido de nada do que fiz até agora. Estou de consciência tranquila e em perfeita sintonia com a equipa técnica. Estamos optimistas quanto ao futuro», expressou. E mais não disse. Segundo A BOLA apurou, os reajustamentos ontem confirmados por José Veiga podem envolver a saída de quatro ou mais jogadores, assim como a entrada de igual número de reforços (quatro). Os sectores que os responsáveis do Benfica pretendem ver melhorados são o meio-campo e o ataque, pelo que as transferências de André Luiz (defesa central do Santos) e Rui Duarte (lateraldireito do Estoril) não são consideradas fundamentais e podem ficar adiadas para Junho. Em Janeiro a grande aposta continua a ser Robinho (Santos), devendo ser o único brasileiro a integrar o plantel. Os demais jogadores pretendidos actuam na Europa.
Luís Filipe Vieira desdramatiza
Entretanto, o presidente Luís Filipe Vieira falou ontem também à Rádio Renascença. «Estou de consciência tranquila por tudo o que temos feito, mas há coisas que não podemos controlar, como por exemplo esta onda de lesões. Mantenho uma grande confiança no treinador e nos jogadores. As coisas podem não estar a correr exactamente como estávamos à espera, mas ainda estamos nas três frentes, não vale a pena entrarmos em dramatismos. Não sou pressionável, não vamos estragar o que está bem feito por causa de um resultado negativo », frisou.