Nunca fui contestado

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www.abola.pt
Giovanni Trapattoni aproveitou a quadra natalícia para dar um salto às Caraíbas, mas nem assim resistiu a falar de futebol. Em entrevista ao jornal Gazzetta dello Sport, Trap falou do problema da arbitragem nos países onde já trabalhou, abordou alguns temas do futebol italiano e, claro, falou do seu Benfica, «uma equipa formada por jovens», lamentando a lesão de Nuno Gomes e queixando-se de um «roubo clamoroso» no golo anulado frente ao FC Porto. Começando por comparar as polémicas da arbitragem portuguesa com a italiana, Trap considerou: «Não é como na Alemanha, onde quase não existe o replay, mas em Portugal fala-se menos. Um episódio grave extingue-se em poucos dias. Não é como em Itália onde não se fala durante meses, mas sim durante anos», observou. Confrontado com o desagrado dos adeptos sobre a carreira do Benfica, Trapattoni respondeu com tranquilidade: «Sinto-me bem, estamos em segundo lugar, a um ponto do FC Porto e roubaram-me um golo clamoroso e ficou um penalty por marcar no confronto directo. Continuamos na corrida em três competições, incluindo a Taça UEFA. Infelizmente, Nuno Gomes lesionou-se e outros estão KO. É verdade que ouvi alguns assobios, mas nenhuma contestação fora de campo. É preciso tempo, mas estou sempre optimista.» Trapattoni explicou ainda as razões que o levam a manter-se no banco, divergindo de funções como a que Arrigo Sacchi foi desempenhar no Real Madrid. «Apraz-me dar corpo à ideia, aos 65 anos continuo a amar o futebol. Em Itália, a idade é uma desvantagem, mas fora, anos e sucessos são sinónimos de respeito e riqueza de trabalho.»