Jogar no Benfica é o maior desafio da minha carreira

Fonte
abola.pt
Ídolo do Corinthians e da Gaviões da Fiel, a maior claque organizada do Brasil, Anderson já pensa de encarnado e promete fazer história no futebol português. «Aqui, no Corinthians, tenho a minha história. No Benfica sei que vou ter de começar do zero, iniciar um trabalho, mas também quero ficar com o meu nome ligado ao clube. Tudo será diferente. Não conheço o treinador, não conheço a maioria dos jogadores, não sei qual o modelo e estilo de jogo que mais agradam aos adeptos. Mas, como tenho características um pouco diferentes do tradicional futebolista brasileiro, como a velocidade e a marcação forte, mais ao estilo do futebol europeu, penso que também não terei problemas.» Em entrevista exclusiva a A BOLA, no final demais um treino no Parque São Jorge, complexo desportivo do Corinthians, Anderson viajou pela sua carreira e pelos desafios que o esperam no Benfica. — O processo negocial com o Benfica foi todo ele muito rápido... — Felizmente, sempre tive alguns convites. Mas a verdade é que das anteriores opções que surgiram nenhuma me agradou. Para jogar no Brasil estava bem no Corinthians e se não fosse, de facto, um desafio bem diferente, o maior da minha carreira, como o que me foi apresentado pelo Benfica, não valeria a pena mudar. Estou num grande clube e vou, felizmente, para outro grande clube, podendo também cumprir o sonho de jogar na Europa. Foi tudo muito rápido e agradeço ao Benfica a oportunidade. O Giuliano Bertolluci [empresário que também colocou Luisão, Paulo Almeida e Alcides na Luz] tratou de tudo e, nesta fase, faltam apenas alguns detalhes relacionados com os exames médicos. Mas, como o Benfica já tem conhecimento dos meus exames aqui no Corinthians e como, felizmente, nunca tive qualquer lesão complicada, não haverá problemas. — Tenciona ir a Lisboa, ainda esta época, realizar exames médicos? — Penso que não. Devo viajar para Lisboa no final de Junho ou nos primeiros dias de Julho, para começar a trabalhar e realizar exames a partir do dia 5. Estou ansioso por esse momento. No primeiro mês, na pré-época, vou ficar num hotel para, então, começar a escolher o apartamento onde vou viver com a minha esposa. Mas tudo com calma. Dignificar a camisola — Tem seguido a carreira do Benfica nas últimas semanas? — Desde que surgiu a possibilidade de assinar pelo Benfica que tenho procurado recolher todas as informações possíveis. Tenho visto todos os resumos, sei que o Benfica lidera o campeonato com seis pontos de vantagem sobre a concorrência e precisa de um título importante depois de tantos anos. A pressão, tal como no Corinthians, é sempre bastante forte, até pelo investimento que é feito todos os anos. — Que mensagem pode transmitir aos adeptos do Benfica? — Estou muito feliz e, dentro de pouco tempo, vou estar em Lisboa para fortalecer o grupo e tentar ajudar o Benfica a conquistar ainda mais títulos. Podem esperar um jogador muito profissional e, de certeza, rapidamente vou fazer muitos amigos no clube. É lógico que vou brigar pela minha posição no onze, com muito trabalho e dedicação. Se tudo correr bem os adeptos podem ter a certeza de que passam a contar com um jogador que tudo vai fazer para dignificar a camisola do clube. Quero fazer história no Benfica, tal como aconteceu com Mozer e Ricardo Gomes, por exemplo, meus ídolos de criança.