Simão pode ser operado na Alemanha

Fonte
abola.pt
O rendimento actual do capitão do Benfica corresponde a cerca de 60 por cento das suas capacidades e tudo por causa de uma hérnia inguinal, indício de pubalgia, que o afecta desde o final do ano passado. O problema não impede a utilização de Simão em competição e o facto é que continua a jogar pelo Benfica e a representar a Selecção Nacional, equipas onde assume um papel importante. Tem, contudo, de fazer trabalho específico durante e fora dos treinos, para evitar o agravamento e também para aliviar a dor, que é uma constante. Este tratamento poderá não ser suficiente e, se isso se verificar, existe uma forte possibilidade de Simão ser operado quando terminar a época e em data a definir, como já foi ontem noticiado. E essa intervenção cirúrgica poderá decorrer na Alemanha. Existe igualmente a hipótese de não ser necessário operar, como, por exemplo, aconteceu com Tiago. O agora jogador do Chelsea teve um problema idêntico, que acabou por ser resolvido apenas com tratamentos e treino específico. Roger, também viu o seu trabalho ficar condicionado por hérnia inguinal e, ao contrário de Tiago, teve mesmo de se submeter a intervenção cirúrgica. A BOLA contactou o chefe do departamento médico do Benfica, João Paulo Almeida, na tentativa de perceber a dimensão do problema, mas o clínico benfiquista não quis comentar o caso. Causas e consequências Muitos jogos - época está a ser desgastante para Simão. Para todos os jogadores do Benfica, mas especialmente para ele, que é o mais utilizado. É ele o único totalista da equipa na SuperLiga. Esteve presente nas 26 jornadas até agora disputadas, contabilizando um total de 2340 minutos em competição, durante os quais marcou 13 golos (é o melhor marcador dos encarnados). Mas não é só na SuperLiga que soma minutos. Na SuperTaça (contra o FC Porto) jogou os 90 minutos e nas competições europeias (préeliminatória da Liga dos Campeões e UEFA) apenas não completou o jogo contra o Dukla Bystrica, na Luz. Mesmo assim actuou durante 60 minutos, a juntar aos 871 dos restantes encontros. No total marcou quatro golos. Na Taça de Portugal jogou 240 minutos e marcou dois golos. Falhou o jogo contra o Beira-Mar, por castigo, e o Oriental, por opção técnica. Muitas dores - A lesão que afecta o jogador do Benfica tem provocado uma queda de rendimento, que, não sendo vertiginosa, se tornou óbvia nas últimas exibições que realizou de águia ao peito. O facto é que Simão sente dores quando joga, sobretudo quando remata com o pé esquerdo. É por essa razão que o capitão encarnado também tem executado livres com menor regularidade, embora, neste caso, o acerto e as características de jogadores como Petit ou Manuel Fernandes sirva igualmente de argumento para a alternância no cumprimento destas funções. Além das limitações nos jogos, Simão faz trabalho específico todas as semanas e tratamentos diários. Nesta altura está ao serviço da Selecção Nacional e foi o próprio seleccionador, Luiz Felipe Scolari, quem assumiu ser necessário alguns cuidados com a condição física de Simão. Ausências - É certo que Simão vai continuar a jogar e ajudar a equipa encarnada nas oito jornadas que faltam para completar o campeonato da SuperLiga, e que podem valer o título nacional ao clube, onze anos após a última conquista. Mas é provável que o capitão faça um esforço, caso seja necessário, para estar presente na Taça de Portugal e sobretudo na final, se a equipa da águia se qualificar. O jogo está marcado para 29 de Maio. Além dos compromissos do Benfica, Simão poderá ainda ter de responder a futuras convocatórias da Selecção Nacional, se Scolari assim o entender. A equipa portuguesa tem os últimos compromissos, antes das férias, agendados para o dia 4 e 8 de Junho. O primeiro embate será a recepção à Eslováquia e o segundo a deslocação Estónia. Após estes dois jogos, a Selecção apenas em Setembro volta a jogar.