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O Jogo
Um clássico é sempre... um clássico, mas este tem características bem "sui generis", na óptica de António Tavares. Fugindo ao discurso circunstancial, o base encarnado garantiu a O JOGO que se a teia benfiquista enlear o virtuosismo de um norte-americano que tantas dores de cabeça tem dado aos adversários do FC Porto, estará cumprido meio caminho para a vitória das "águias". "O jogo vai decidir-se na defesa. Se conseguirmos travar o jogo interior do FC Porto, nomeadamente o Heshimu Evans, penso que iremos ganhar", atira o internacional português. O favoritismo, esse, pende um pouco mais para a equipa da casa. "Neste momento, diria que temos 55% de hipóteses de ganhar este jogo. Os cinco por cento que temos a mais referem-se ao público", analisa o jogador, com um sorriso nos lábios.
Do outro lado da barricada estará um habitual concorrente na Selecção Nacional e um homem que bem conhece, José Costa, pois os dois "pilares" dividem a posição um com o emblema das quinas ao peito. "Conheço muito bem o José. Um óptimo lançador e um jogador com uma grande experiência, que já ajudou muito o FC Porto este ano, bem ao estilo do que sabe fazer. Não há jogadores iguais. Eu sou mais forte em algumas coisas e ele noutras. Quem conseguir pôr as suas características melhor ao serviço da equipa... será o melhor", esclarece o jogador.
O FC Porto, diz, "é uma equipa que consegue praticar um jogo muito intenso e defender muito bem", mas o Benfica logrou conquistar, de há uns meses a esta parte, um verdadeiro espírito de grupo. "Passámos um mau bocado, principalmente em Novembro e Dezembro, mas penso que agora já conseguimos entrar nos carris da vitória. Estamos a ser uma equipa. Tínhamos um grupo de jogadores e agora já existe química entre todos. Penso que, agora, podemos sonhar com voos mais altos", sublinha António Tavares.
O base regressou da Oliveirense "para ganhar" e a diferença entre este Benfica e aquele que foi assolado repetidamente pelo sabor da derrota está no fim da Taça ULEB. "O afastamento dessa competição acabou por ser decisivo nessa mudança, porque uma equipa estar sempre a perder é muito mau psicologicamente. Depois de ter acabado para nós, demos um pulo muito grande e agora encarrilámos. E, se ganharmos agora ao FC Porto, ficamos mais motivados para o resto da fase regular", remata.