Laboratório de sucesso

Fonte
abola.pt
A fórmula parece simples: a cada canto ou livre descaído no lado esquerdo do ataque encarnado, segue-se um cruzamento para o primeiro ou segundo poste. Se a bola for curta, surge um jogador rápido, preferencialmente Mantorras, quando este está em campo; quando a bola vai longa, é Luisão a principal referência, ora para cabecear para golo, ora para fazer um passe que possa desequilibrar a teia defensiva do adversário e surgir um colega para empurrar. Mas se a táctica é, aparentemente, detectável, as equipas que têm defrontado os encarnados não têm encontrado soluções para a travar. Nos últimos cinco jogos na SuperLiga, apenas frente ao Penafiel o Benfica não foi eficaz (perdeu por 0-1). No resto, um pleno e totalitarismo: cinco golos, todos de bola parada, com quatro adversários diferentes. A chave do cofre Diz Trapattoni que em alta competição os jogos decidem-se muitas vezes em lances de bola parada. Os últimos encontros dos encarnados parecem dar-lhe razão, uma vez que desde há muito o Benfica tem defrontado adversários bastante fechados e agressivos (Belenenses, Estoril e U. Leiria), que obrigam os médios e avançados benfiquistas a enorme desgaste. As bolas paradas parecem ser, assim, a chave do cofre e muitas vezes a única solução para camuflar a menor capacidade de concretização nas acções corridas. É por esta razão que Trap tem intensificado as jogadas de laboratório nos treinos. E o sucesso está à vista.