Sempre houve um campeão no banco

Fonte
abola.pt
Quem o visse a incentivar os adeptos com fervor e espontaneidade, dificilmente imaginaria que guarda no curriculum dois títulos de campeão nacional, com a camisola da águia ao peito. Mas Álvaro Magalhães, adjunto de Giovanni Trapattoni não é homem de esconder emoções. Sempre foi assim. O primeiro a verter lágrimas nos momentos de alegria ou de tristeza, além dos abraços efusivos que distribui por aqueles com quem ele divide os louros. São já uma imagem de marca. Na verdade, a ligação de afectiva de Álvaro Magalhães com o clube da Luz começou há mais de vinte anos, quando trocou a Académica, o outro clube do coração, pelo Benfica. Longe estavam os adeptos de imaginar que o jovem reforço iria a formar com Fernando Chalana o flanco esquerdo mais mediático de que há memória no clube. Quando Álvaro Magalhães chegou à Luz já se esboçava o domínio do FC Porto no futebol português. Mas, em oito épocas, sagrou- se campeão duas vezes (1983-84 e 1984-85) títulos aos quais somou duas Taças de Portugal. Figura incontornável na estrutura técnica encarnada, pela qualidade do apoio prestado a Trapattoni e relação estreita que mantém com os jogadores, Álvaro foi distinguido pelo seu chefe de equipa com um abraço especial na hora da celebração, o primeiro que Trap deu, antes de correr para o relvado. Uma imagem de cumplicidade e dedicação ao clube e ao trabalho de uma época. Um prémio da velha raposa pela sua lealdade.