3,6 milhões para começar

Fonte
abola.pt
A conquista do campeonato nacional não representou apenas o quebrar de um jejum de 11 anos, mas simultaneamente o regresso à Liga dos Campeões – na pior das hipóteses, os encarnados poderiam ter ficado em segundo lugar e teriam acesso directo à prova ganha pelo Liverpool -, sete anos após a última presença, então sob o comando de Graeme Souness, que bateu o Beitar de Jerusalém na pré-eliminatória. Por isso, a SAD começa já a fazer contas. E serão contas por alto. À cabeça estão já garantidos 3,6 milhões de euros, como prémio de presença na prova milionária. Verbas que andaram afastadas da Luz nas duas épocas anteriores, por força da eliminação na pré-eliminatória, frente a Anderlecht e Lazio, respectivamente. Cada ponto vale mais de 30 mil contos É sem dúvida uma realidade diferente aquela em que o Benfica volta a estar inserido. É muito melhor aceder, apenas, à Liga dos Campeões, que vencer a Taça UEFA, competição onde os encarnados participaram nesta época e foram eliminados pelo CSKA de Moscovo, nos 16 avos de final. Para perceber melhor a discrepância em termos financeiros, diga-se apenas que os 3,6 milhões de euros pagos no imediato ao Benfica é uma verba superior àquela que os russos receberam por terem vencido o troféu em Alvalade... Mas os euros não deverão ficar por aqui. A formação da Luz não será candidata a vencer a Champions, mas terá condições para realizar uma prova equilibrada e arrecadar vários milhares para os seus cofres. Cada vitória na fase de grupos vale 325 mil euros, ao passo que o empate garante 162,5 mil euros, mais de 30 mil contos na moeda antiga por, somente, um ponto. Exemplo do FC Porto O FC Porto foi o expoente máximo daquilo que uma equipa portuguesa pode aspirar na Liga dos Campeões. Não só venceu a prova como amealhou quase 30 milhões de euros, num somatório das vitórias com as receitas de bilheteira e direitos televisivos. Na Luz não se vai pedir um feito como o de Mourinho, mas pode-se exigir, teoricamente (e ainda sem conhecer os adversários na fase de grupos), algumas vitórias e a passagem aos oitavos. Num mero exercício académico, imagine-se este cenário: três vitórias em seis jogos, com a consequente passagem à fase seguinte. Só isso daria mais de seis milhões de euros. Já com a próxima temporada em preparação, é hora de começar a fazer contas. E tentar pensar alto.