Fonte
www.slbenfica.pt
O Conselho de Administração da Sport Lisboa e Benfica, Futebol SAD vêm informar a comunicação social e os Benfiquistas da sua estranheza pelo facto de dois dos seus atletas inicialmente convocados para os trabalhos da selecção nacional de futebol, relacionados com os próximos jogos Portugal/Eslováquia e Estónia/Portugal, terem sido informados do seu afastamento do Grupo de trabalho. E as razões do espanto com que foi recebida a notícia da “desconvocatória” são de três índoles: de forma, de timing e de substância.
É sabido que o plantel do Sport Lisboa e Benfica se ausentou em viagem para a Hungria com o intuito de cumprir uma promessa feita ao seu malogrado jogador Miki Fehér caso se sagrasse campeão nacional. O Presidente da Direcção anunciou-o, de forma inequívoca e a viagem teve lugar na segunda-feira, dia 30 de Maio. Neste dia, cerca das 18h00, após o encerramento dos serviços, foi recebido nas instalações do Benfica um fax com a informação de que os referidos jogadores estavam “desconvocados”. Cerca das 23h30 do mesmo dia 30, logo que aterraram em Portugal, tiveram os jogadores acesso a rede móvel e tinham nos seus telemóveis uma mensagem escrita, vulgo SMS, com a mesma informação.
Quanto às razões avançadas para a “desconvocatória”, elas são, no mínimo, bizarras. Razões de condição física e técnica foram avançadas para desconvocar dois dos jogadores do Benfica, sendo que, por um lado, não foram realizados aos mesmos jogadores quaisquer testes que permitissem aquilatar da sua condição física. Por outro, se alguns jogadores do Benfica estão em menos boa condição física e vinham dando máximo de si para se manterem ao serviço do Benfica na fase crucial que este atravessou e que culminou com a conquista de mais um título nacional, eles são Simão Sabrosa e Manuel Fernandes. É de todos conhecida a necessidade de Simão Sabrosa ser submetido a uma intervenção cirúrgica e aqueles que de mais perto seguem a vida do Benfica sabem que a mesma foi adiada porque, como é seu timbre, o jogador quis dar tudo de si à selecção de Portugal.
Não querendo tecer considerações sobre decisões técnicas do seleccionador nacional, já as opções tomadas com base em falaciosos critérios de ordem física parecem discutíveis. É, pois, dever da Administração da SAD repor a verdade dos factos e manifestar-se solidária com jogadores que sempre serviram as cores nacionais quando deles tal foi exigido esse esforço, mesmo que, como foi o caso de Nuno Gomes, a entrega total ao serviço de Portugal tivesse por resultado o impedimento de servir o Benfica, num passado recente.
Conselho de Administração da Sport Lisboa e Benfica, Futebol SAD
Lisboa, 31 de Maio