Fonte
abola.pt
O treinador que viu terminar recentemente a sua ligação ao Desportivo da Corunha, Javier Irureta, dedicou palavras elogiosas ao Benfica, um clube em que «trabalharia com agrado». O técnico basco está de férias, na sua casa em Bilbau, mas preparado para partir a todo o momento rumo a um novo desafio. À forma diplomática como informa que não está em contacto com o Benfica acrescenta palavras elogiosas, sublinhando tratar-se de «um grande clube», que «muito bem» conhece.
Confortavelmente instalado em sua casa, que fica a 15 quilómetros de Bilbau, País Basco, de onde é natural, Javier Irureta recebeu com agrado contactos de Portugal. Não sabemos se os de Luís Filipe Vieira ou de José Veiga, presidente e director-geral do Benfica, respectivamente, mas certamente aqueles que foram promovidos pelos jornalistas portugueses.
Irureta, um dos nomes mais fortes do mercado técnico disponível e que facilmente se incorporaria na estrutura encarnada, dado o currículo farto e a experiência num campeonato tão competitivo como é o espanhol, mostrou-se «disponível para conversar com o Benfica».
Não obstante, e de forma diplomática, foi deixando a ideia de que não foi contactado. Ainda assim, admitiu que o sigilo com que os dirigentes encarnados estão a tratar do assunto não facilitaria uma conversa tão franca quanto o desejado.
Javier Irureta, que passou «os últimos dois dias a atender muitos telefonemas », sabe do interesse de Olympiakos, da Grécia, mas não se compromete. «Passou pouco tempo desde a saída do Depor e estou a descansar um pouco », explicou.
Sobre o Benfica, apenas elogios. «É um grande clube, onde trabalharia com agrado. É, sem dúvida, atractivo e ainda para mais quando se sabe que vai disputar a Liga dos Campeões na próxima época», comentou o treinador, negando que «jamais» conversou com José Antonio Camacho sobre o Benfica.
Finalmente, negou ainda que o seu representante, Miguel Santos, pudesse estar envolvido em negociações com os encarnados, tanto mais que o agente «está concentrado no acto eleitoral da Real Sociedade».
Ronald Koeman na primeira linha
À margem, e numa altura em que os contactos mantidos pela Administração do Benfica com treinador (es) não serão suficientes para afirmar garantidamente a existência de um compromisso, o holandês Ronald Koeman mantém-se na expectativa. Este, apontado desde o início como hipótese consistente para o cargo, continua a reunir consenso entre os benfiquistas e o perfil ajusta-se perfeitamente às características certamente desejadas pelo Benfica. Já foi, por exemplo, campeão pelo Ajax, um dos grandes da Holanda, e sabe perfeitamente o que é andar pelos grandes palcos europeus.
Já o gaulês Guy Lacombe, que dirigiu o Sochaux de França, perde para Irureta e Koeman no que ao currículo diz respeito e tal aspecto parece afastá-lo quase decisivamente da Luz.