Não deviam ter saído...

Fonte
abola.pt
Mário Stanic, croata, passou pela Luz sem que lhe tivesse sido dispensada muita atenção. Corria a temporada de 1994/95 e Artur Jorge era o treinador. O avançado chegou, proveniente de Espanha, durante o mercado de Inverno e nunca foi levado muito a sério, apesar de ter marcado 5 golos no campeonato, realizando uma recta final da prova de grande fôlego. Dispensado da Luz, Stanic fez-se à vida e de que maneira. Um ano depois era titular da sua selecção, em1998 fez um soberbo Campeonato do Mundo, em França, onde a Croácia foi terceira classificada, e viria a afirmar-se como um futebolista de excelente craveira no Parma, de Itália, e no Chelsea, de Inglaterra. Outro tiro no pé dado pelo Benfica aconteceu com Brian Deane, inglês possante, rompedor, que ligava como Deus e os anjos com Nuno Gomes, numa fórmula que ainda contemplava João Vieira Pinto. Depois de uma fase de adaptação complicada, devido ao estilo pouco académico que possuía, Brian Deane, internacional pela Inglaterra em duas ocasiões, que o Benfica adquirira por 300 mil contos, revelou-se de enorme utilidade. Porém, no início da época de 1998/99, uma oferta por Deane na ordem dos 900 mil contos levou-o da Luz, chegando, para o seu lugar, o sueco atípico Martin Pringle. Apesar do lucro com a operação os danos desportivos mostrar- se-iam irreparáveis. Começava aí o fim da gestão de Vale e Azevedo. Finalmente, o exemplo mais recente de um erro crasso na dispensa de um jogador aconteceu com Pierre van Hooijdonk, um excelente ponta-de-lança holandês, de nível internacional, que actuou na Luz em 2000/01, saindo, já no consulado de Manuel Vilarinho, por, alegadamente, o seu salário ser incomportável. Desde então nunca mais o Benfica possuiu um avançado tão completo como o holandês, antigo pupilo de Ronald Koeman no Vitesse, que ainda hoje brilha no Fenerbahçe, da Turquia.