Simão admite terminar carreira no Benfica

Fonte
abola.pt
QUANDO terminar o contrato como Benfica, Simão terá 30 anos e ainda muito futebol para dar. Sem querer abordar as expectativas para o futuro, não fecha a porta a uma eventual saída para o estrangeiro... mas também não rejeita a hipótese de permanecer na Luz além de 2010, quando termina o vínculo. Simão diz que gosta de traçar objectivos época a época. Ser o melhor marcador da SuperLiga não é uma das metas, até porque, salienta, é praticamente impossível competir com Liedson. - Ainda se sente com espírito de emigrante. Esta época chegou a falar-se do interesse do Manchester? - Não tive convite algum. Para mim o mais importante é sentir-me bem onde estou e sinto-me muito bem aqui no Benfica. Estou no meu país, junto da minha família, tenho contrato até 2010. Nunca sabemos o dia de amanhã, não se pode prever. Estive dois anos em Barcelona onde evoluí em certos aspectos, não deixou de ser uma experiência positiva. Se tiver de ser, não tenho qualquer problema em voltar para o estrangeiro um dia. Mas por vezes, mais importante do que ir para outro lado com um melhor contrato são os aspectos familiares. - Já lhe passou pela cabeça terminar a carreira no Benfica? - Quando terminar o contrato estarei com 30 anos, até é possível que termine a carreira aqui no Benfica. Não gosto de pensar em ses, mas neste momento esta é a realidade, é nela que tenho de pensar, não em qualquer outra possibilidade. Tenho os meus objectivos pessoais e penso época a época. Impossível competir com Liedson - Conquistar o título de melhor marcador do Campeonato é um desses objectivos? - Houve uma época em que estive lá quase [n.d.r empatado com Fary, com 18 golos, em 2002/2003]. Liderei quase todo o ano, mas na última jornada o Fary marcou dois golos e empatou comigo. Como ele tinha menos minutos jogados... Nesse ano fiquei muito triste. Mas não é das metas que traço à partida. Tenho consciência de que é um objectivo muito difícil de conquistar. Por exemplo, é impossível competir contra o Liedson. Ele é impressionante a finalizar, as bolas parece que vão ter com ele, ou se calhar ele é que está sempre no sítio certo... Isso é de avançado, coisa que eu não sou. Para competir com ele só encontrando uma forma de eu ganhar marcando metade dos golos que ele marca: por exemplo, se eu fizer 18 e ele 36, sou eu que ganho (risos)... Competir com ele está fora de causa.